Manuela Teixeira deixa presidência da UGT e sindicalismo

por Agência LUSA

A presidente da UGT, Manuela Teixeira, despediu-se hoje da central sindical e do sindicalismo, após 30 anos de envolvimento no movimento de defesa dos direitos dos trabalhadores, sobretudo na área da educação.

Manuela Teixeira encerrou a sua longa carreira sindical com uma intervenção na abertura do IX Congresso da UGT, embora continue até domingo a dirigir os trabalhos da reunião magna.

A ainda presidente da UGT aproveitou a oportunidade para fazer uma análise da situação económica e social do país, salientando o agravamento das condições de vida.

Lembrou o percurso de 25 anos de sindicalismo da UGT e exortou a central sindical a continuar na mesma linha.

"Este é um momento único na minha vida sindical, iniciada em Maio de 1974", disse, acrescentando que pelo facto de deixar a actividade sindical nunca deixará de acompanhar o quotidiano social e os problemas dos trabalhadores.

A sindicalista, social-democrata, foi presidente da UGT durante seis anos, tendo sido antes vice-secretária geral da central.

Manuela Teixeira deixa a presidência da UGT no âmbito da sua decisão de abandonar por completo todas as responsabilidades sindicais.

Em Abril já tinha abandonado o cargo de secretária-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), que ocupava desde a fundação desta estrutura, há cerca de 22 anos.

A sindicalista foi também presidente do Sindicato dos Professores da Zona Norte.

Manuela Teixeira deverá ser substituída na presidência da UGT por João Dias da Silva, que já a substituiu na liderança da FNE e na presidência do congresso dos Trabalhadores Social Democratas.

Há alguns meses atrás Manuela Teixeira revelou à agência Lusa que pretendia abandonar a vida sindical não por desilusão mas porque queria ter mais tempo para se dedicar aquilo que mais gosta, o ensino e a investigação.


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