Miranda Sarmento vê greve geral como decisão política e ranking da Economist como resultado da governação

Sobre a greve geral, o ministro das Finanças aponta uma economia que está a crescer e com níveis significativos de emprego.

Paulo Alexandre Amaral - RTP /
Rodrigo Lobo - RTP

O ministro Miranda Sarmento esteve na RTP para um comentário ao ranking de Portugal na revista The Economist, que atribui às políticas dos últimos anos a favorecerem o emprego e os salários. Questionado sobre a greve geral de dia 11, o responsável máximo das Finanças retoma a leitura que vem sendo feita pelo Governo da AD de que se trata de uma decisão dos sindicatos ditada por razões políticas.

“Esta distinção que a The Economist faz de Portugal ser a economia com melhor performance em 2025 é sobretudo o reconhecimento do extraordinário trabalho que as famílias e as empresas têm tido nestes anos e eu salientaria a questão do emprego e os salários”.
“Portugal foi no ano passado, em 2024, um dos países da OCDE, da 38 economias mais avançadas, onde o rendimento líquido médio mais subiu e subiu por três fatores: mais emprego [3%], melhores salários [7%] e redução do IRS”."Este ano o Governo voltou a repetir a redução de IRS de mais 500 milhões de euros".

Fazendo as contas com a inflação, próxima de 2%, Miranda Sarmento aponta um ganho para os trabalhadores na ordem dos 5%, o que vê como "um desempenho muito significativo (...) com as famílias a terem maiores rendimentos e mais emprego do que tinham nos últimos anos".

O ministro das Finanças sublinha o desejo do Governo de prosseguir nesta linha de esforço e colocar o país "em patamares de crescimento cada vez maiores".

Sobre a greve geral, o ministro das Finanças aponta uma economia que está a crescer e com níveis significativos de emprego para dizer não compreender o que vê como uma iniciativa de "razões políticas".

"A CGTP, conhecemos perfeitamente o seu alinhamento político e nunca participou em nenhum acordo de concertação social e tem sempre uma posição contrária, seja de um Governo AD, PSD ou até mesmo governos socialistas. No caso da UGT, há aqui de facto uma condicionante política que é aqui evidente aos olhos dos portugueses", apontou o ministro das Finanças.
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