Operação Furacão chega às instalações do grupo Media Capital

O grupo Media Capital, que detém a TVI, foi alvo de buscas no âmbito da Operação Furacão. Estiveram envolvidos homens da Brigada Fiscal da GNR, da Inspecção Tributária e do Departamento Central de Investigação e Acção Penal.

RTP /
Buscas decorrem "com normalidade", indica o grupo RTP

Em comunicado remetido à Comissão de Mercado de Valores Imobiliários, o grupo Media Capital informou que a sociedade e empresas do grupo estavam a ser alvo de buscas relativas a informação financeira de exercícios anteriores a 2005.

Três dezenas de efectivos da Brigada Fiscal da Guarda Nacional Republicana deram início, cerca das 10h00 desta quarta-feira, às buscas nas instalações do grupo Media Capital.

Fonte do comando da GNR, citada pela Agência Lusa, adiantou que as buscas decorreram com a participação de peritos técnicos no domínio de finanças e contabilidade da Inspecção Tributária e foram coordenadas pelo DCIAP. A mesma fonte indicou que a operação não contou com qualquer elemento da Polícia Judiciária.

Fundado em 1992 por Miguel Pais do Amaral, o grupo Media Capital é actualmente detido maioritariamente pela Vertix SGPS, do Grupo Prisa.

Numa fase inicial, o grupo dedicava-se ao sector da imprensa, detendo o semanário O Independente. Mais tarde, concretizaria a aquisição de publicações como os jornais Diário Económico e Semanário Económico e a revista Fortunas & Negócios. Em 1997, adquiriu a Rádio Comercial e a Rádio Nostalgia, antecessora do actual Rádio Clube Português.

Em 1998 o grupo investe no sector da televisão e adquire uma participação de 30 por cento na TVI. Um ano depois, passa a controlar aquela estação televisiva.

De 1999 a 2003, o grupo alarga a sua actividade no domínio da rádio e entra no mercado da publicidade. No mesmo período lança-se na Internet com a criação da marca IOL.

A avaliação, em 2001, das operações na imprensa ditou uma redução de actividade, designadamente a saída de publicações económicas e de O Independente. As operações ficaram, então, focadas em revistas com grande procura, casos da Lux, Lux Woman e Maxmen.

O Grupo Prisa assumiu-se, em Novembro de 2005, como o maior accionista da Media Capital.
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