Portugal ainda tem muito a fazer sobre inovação apesar de melhorias diz ANI

por Lusa

Porto, 17 jun (Lusa) -- O presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI), José Carlos Caldeira, disse hoje que Portugal ainda tem muito a fazer no domínio da inovação, apesar da evolução significativa dos últimos 20 anos.

José Carlos Caldeira falava à Lusa antes do começo, no domingo no Porto, da conferência da Sociedade Internacional para a Gestão da Inovação Profissional, que reúne "anualmente cerca de 500 participantes de cerca de 50 países, com o objetivo de discutir os temas relevantes e atuais na área da gestão da inovação".

"Portugal é um país que, do ponto de vista da inovação, evoluiu de forma considerável nos últimos 20 anos. Primeiro com um investimento muito forte do lado da criação de conhecimento científico e tecnológico e de formação de recursos humanos, sem o qual não seria possível alavancar os processos de inovação", disse José Carlos Caldeira.

No entanto, o responsável da ANI salientou que o país não está ainda "nos patamares almejados", tendo um "caminho grande a fazer".

"O que importa salientar é que, nos últimos anos, tem havido uma progressão interessante quer em termos dos setores ditos mais tradicionais da nossa economia, que têm vindo a apostar mais em tecnologia e conhecimento, quer no aparecimento e na emergência de realidades empresariais em setores mais emergentes tirando partido da criação de conhecimento e de recursos humanos altamente qualificados", declarou José Carlos Caldeira.

O presidente da ANI frisou que a agência tem procurado aprofundar a colaboração entre entidades do sistema científico e empresas.

José Carlos Caldeira lembrou que, a nível dos fundos comunitários, tem havido um aumento do número de projetos e do investimento no âmbito da investigação e desenvolvimento colaborativo.

A 27.ª edição da conferência da Sociedade Internacional para a Gestão da Inovação Profissional decorre entre domingo e quarta-feira no Porto, onde vão ser "debatidas as tendências mais recentes nesta área do conhecimento através da presença de `keynote speakers` de renome mundial e de iniciativas para promover a cooperação entre as instituições nacionais e internacionais".

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