Economia
Portugal perde petróleo iraniano
Os embaixadores de seis países europeus em Teerão, entre eles Portugal, foram convocados ao ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, esta manhã. Foi-lhes comunicado que o Irão poderá rever a venda de petróleo a estes países, mas que não o fará "para já", por "razões humanitárias". Além de Portugal, o grupo inclui a Espanha, a França, a Itália, a Holanda e a Grécia. A Galp já reagiu, diz que a medida não afeta a produção nacional.
O preço do barril de petróleo Brent subiu um dólar logo após o anúncio para a cotação de 118,35 dólares.
Em reação ao anúncio da televisão iraniana um porta-voz da petrolífera portuguesa Galp afirmou que o país não será afetado pela decisão de Teerão, já que as importações portuguesas deste petróleo são residuais.
"Em 2010 as nossas importações de petróleo iraniano foram apenas marginais e em 2011 foram inexistentes", afirmou o porta-voz.
O ministérios iraniano do petróleo negou entretanto que as exportações de petróleo à Europa vão ser suspensas, sublinhando que um anúncio dessa natureza seria feito através do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão.
Carta a Ashton
Além de ameaçar rever o fornecimento de petróleo aos seis países europeus, Teerão mostrou-se disposto a retomar as conversações com a União Europeia, sobre o seu programa nuclear.
A televisão iraniana al-Alam informou que foi entregue esta quarta-feira, no gabinete da responsável pela diplomacia europeia, Catherine Ashton, uma carta a dar parte da intenção iraniana de retomar o diálogo "de forma construtiva", em resposta a uma proposta nesse sentido, enviada pela própria Ashton.
Os países ocidentais afirmam que o programa nuclear de Teerão se destina a desenvolver armas atómicas. O Irão nega as acusações e mantém que o seu programa nuclear é pacífico, tendo por objetivo fornecer energia às populações.
A 23 de janeiro de 2012, a UE decidiu terminar todos os contratos de fornecimento de petróleo iraniano até um de julho, como forma de pressionar o Irão a abandonar o seu programa nuclear.Suspensão não é para já
O Irão afirma que a decisão comunicada hoje é a resposta às sanções impostas pela UE. Teerão já tinha dito que ia retaliar e o aviso foi agora formalizado.
Segundo a Al Alam, o que o Irão fez hoje foi uma "advertência" e o país não irá suspender "para já" o fornecimento de petróleo à Europa, "por razões humanitárias".
Segundo a televisão de língua árabe, o Irão já encontrou "outros compradores" para o petróleo habitualmente fornecido à União Europeia.
No entanto, foi assegurado aos embaixadores chamados que, apesar de poder por isso interromper as suas vendas, Teerão "não irá fazê-lo por agora, por razões humanitárias e devido ao frio".
Reuniões em Teerão
Terá sido este o teor da comunicação feita pelo diretor do departamento de Assuntos Europeus do ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hassan Tajika, que "convidou" os embaixadores dos seis países europeus para um encontro.
Uma fonte ocidental afirmou que o responsável iraniano expressou ainda preocupação com as consequências de um embargo petrolífero iraniano nas economias europeias.
O Irão é o segundo maior produtor da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), depois da Arábia Saudita, extraindo cerca de 3,5 milhões de barris por dia, dos quais exporta 2,5 milhões. A sua economia depende das exportações do "ouro negro".
Em reação ao anúncio da televisão iraniana um porta-voz da petrolífera portuguesa Galp afirmou que o país não será afetado pela decisão de Teerão, já que as importações portuguesas deste petróleo são residuais.
"Em 2010 as nossas importações de petróleo iraniano foram apenas marginais e em 2011 foram inexistentes", afirmou o porta-voz.
O ministérios iraniano do petróleo negou entretanto que as exportações de petróleo à Europa vão ser suspensas, sublinhando que um anúncio dessa natureza seria feito através do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão.
Carta a Ashton
Além de ameaçar rever o fornecimento de petróleo aos seis países europeus, Teerão mostrou-se disposto a retomar as conversações com a União Europeia, sobre o seu programa nuclear.
A televisão iraniana al-Alam informou que foi entregue esta quarta-feira, no gabinete da responsável pela diplomacia europeia, Catherine Ashton, uma carta a dar parte da intenção iraniana de retomar o diálogo "de forma construtiva", em resposta a uma proposta nesse sentido, enviada pela própria Ashton.
Os países ocidentais afirmam que o programa nuclear de Teerão se destina a desenvolver armas atómicas. O Irão nega as acusações e mantém que o seu programa nuclear é pacífico, tendo por objetivo fornecer energia às populações.
A 23 de janeiro de 2012, a UE decidiu terminar todos os contratos de fornecimento de petróleo iraniano até um de julho, como forma de pressionar o Irão a abandonar o seu programa nuclear.Suspensão não é para já
O Irão afirma que a decisão comunicada hoje é a resposta às sanções impostas pela UE. Teerão já tinha dito que ia retaliar e o aviso foi agora formalizado.
Segundo a Al Alam, o que o Irão fez hoje foi uma "advertência" e o país não irá suspender "para já" o fornecimento de petróleo à Europa, "por razões humanitárias".
Segundo a televisão de língua árabe, o Irão já encontrou "outros compradores" para o petróleo habitualmente fornecido à União Europeia.
No entanto, foi assegurado aos embaixadores chamados que, apesar de poder por isso interromper as suas vendas, Teerão "não irá fazê-lo por agora, por razões humanitárias e devido ao frio".
Reuniões em Teerão
Terá sido este o teor da comunicação feita pelo diretor do departamento de Assuntos Europeus do ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hassan Tajika, que "convidou" os embaixadores dos seis países europeus para um encontro.
Uma fonte ocidental afirmou que o responsável iraniano expressou ainda preocupação com as consequências de um embargo petrolífero iraniano nas economias europeias.
O Irão é o segundo maior produtor da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), depois da Arábia Saudita, extraindo cerca de 3,5 milhões de barris por dia, dos quais exporta 2,5 milhões. A sua economia depende das exportações do "ouro negro".