Portugal sobe sete lugares em tabela de competitividade

Portugal subiu, pelo segundo ano consecutivo, no ranking da competitividade elaborado pelo Institute for Management Development (IMD), uma escola de gestão suíça, ocupando agora o 36.º lugar.

Cristina Sambado - RTP /
O estudo destaca como casos mais positivos a qualidade das infraestruturas, a mão-de-obra qualificada, os acessos e velocidade e o rácio estudantes/aluno Nacho Doce, Reuters

Portugal foi o segundo país, entre os 61 avaliados, que mais melhorou a sua posição em 2015, ao subir sete lugares face a 2014.

O primeiro lugar do ranking continua a ser ocupado pelos Estados Unidos, segue-se Hong Kong, Singapura, Suíça (que passou do segundo lugar em 2014 para 4.º em 2015) e o Canadá. Dos países da União Europeia, o Luxemburgo, em 6.º lugar, é o mais bem classificado, seguindo-se a Noruega, Dinamarca, a Suécia e a Alemanha. Portugal ultrapassou a Espanha, que também subiu duas posições e está em 37.º lugar.

A Itália foi o país que deu o maior salto de competitividade ao subir oito degraus e ocupa o 38.º lugar. Apesar da subida de sete lugares, Portugal permanece na metade inferior da tabela atrás da Irlanda (que caiu um lugar para 15.º), ou da Polónia (que subiu três lugares para 33.º).

Os últimos cinco lugares da lista são ocupados pela Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela.
Portugal inverte tendência
Depois de quatro anos a cair, Portugal inverteu a tendência em 2014 e continua no ano em curso a marcar pontos. Com esta subida, o país aproxima-se do recorde registado em 2009, ano em que ficou em 34.º lugar.

O ranking de competitividade da IMD é publicado desde 1989, e o indicador final resulta da ponderação de mais de 300 indicadores, quantitativos e qualificativos, que são ordenados em quatro grandes áreas relevantes para a competitividade: desempenho económico, eficiência governamental, infraestruturas e eficiência das empresas.

Em 2015, Portugal melhorou a sua posição em todos os indicadores. Em desempenho económico passou da 54ª posição para a 45ª, entre 61 países. Já na eficiência do Governo, sobe do 48.º lugar para o 34.º. No que toca à eficiência das empresas, passa da 52ª posição para a 48ª.
Analisando os indicadores do ranking da IMD à lupa, Portugal ocupa o primeiro lugar com as leis da emigração e a 60ª posição quando o indicador é a dívida das empresas.
O estudo destaca como casos mais positivos, a qualidade das infraestruturas, a mão-de-obra qualificada, os acessos e velocidade e o rácio estudantes/aluno.

O desemprego elevado (sobretudo entre os mais jovens), os preços dos combustíveis, a elevada dívida pública e a persistência de défices orçamentais, são os pontos fracos que Portugal apresenta em termos de competitividade.

Para elaborar esta lista, o Institute for Management Development pediu a vários especialistas em gestão para escolherem de uma lista de 15 indicadores os que consideram mais importantes para a economia.
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