Primeira assinatura de contratos com projetos da Évora 2027 representa 2,7 milhões de euros

A Associação Évora 2027 realizou, na quinta-feira, a primeira cerimónia de assinatura de contratos com 13 projetos que constam do livro de candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura, que correspondem a 2,7 milhões de euros.

Lusa /

Em comunicado, no qual não são elaborados detalhes sobre os vários projetos, a associação refere que "a assinatura destes primeiros contratos representa um marco importante, constituindo a transição da fase de planeamento para a fase de execução de Évora_27".

Na quinta-feira, foram assinados contratos com o Centro de Arte João Cutileiro (cujo projeto, que em 2025 já estaria em fase de produção, inclui residências para seis artistas europeus, uma exposição e um guia cultural), com o Centro de Arte Quetzal (que, através da curadora Filipa Oliveira, vai "desafiar artistas que são simultaneamente ativistas ambientais, a nível internacional, para estimular o diálogo entre a geologia alentejana e europeia") e com a Universidade de Évora (para o projeto "Lá nas Árvores", que consiste numa "`open call` destinada a músicos de países mediterrânicos que queiram dar concertos para um público diferente: as árvores").

Com a universidade foi também assinado o contrato para a bienal de literatura afro-ibero-americana Guadiana, que vai ter, em 2027, curadoria de Antonio Saez Delgado e de Gabriela Harac, segundo o dossiê de candidatura, no qual estavam orçamentados 400 mil euros para duas edições.

Com a associação É Neste País foi assinado contrato para o projeto "Parasitas e Fungos: Fábulas para uma Nova Era", que tem por objetivo convidar "contadores de histórias europeus a criar e a apresentar novas fábulas -- algumas para crianças, outras nem tanto -- inspiradas na relação entre parasitas, fungos, natureza, animais e humanos", também de acordo com o dossiê de candidatura.

Segundo o `bidbook`, a Alma d`Arame vai convidar "cinco companhias de teatro de marionetas de diferentes pontos do mundo para trabalharem a solo com idosos do Alentejo, criando marionetas para cada pessoa, inspiradas nas suas histórias pessoais (sejam reais ou fictícias)", num projeto intitulado "Solitude".

Com a Praça Filmes foi assinado o contrato para o projeto "Estórias em Movimento". No dossiê de candidatura, o projeto da Praça Filmes tinha o título "Liberdade para Repensar o Mundo" e previa a produção de "curtas-metragens de animação que inspirarão a humanidade a agir, a mudar", envolvendo nomes como Mia Couto, Regina Pessoa, José Eduardo Agualusa, Pedro Serrazina, Virgílio Ferreira, Alê Abreu e João Gonzalez.

Pela Efémera Coleção, foi assinado o contrato para o projeto "Colecionar para Ensaiar o Mundo", que "reunirá colecionadores e coleções de Portugal, e não só, para demonstrar, através do ato obsessivo de colecionar, como o tempo é essencial para construir uma nova ordem para a humanidade".

O músico António Bexiga vai desenvolver "Voz Comum", no âmbito do Cante Alentejano, enquanto a Trienal de Arquitetura de Lisboa vai desenvolver o programa cultural "Sob o Céu da Malagueira", numa relação com o bairro projetado por Álvaro Siza, com curadoria de Nuno Grande.

Já a Estação Cooperativa de Casa Branca vai trabalhar "Travão de Emergência", que pretende implementar "um conjunto de atividades transdisciplinares destinadas a restaurar a biodiversidade e imaginar soluções criativas e baseadas na natureza para produzir paisagens mais acolhedoras e estimulantes e para reavivar áreas vazias e negligenciadas".

Com as Oficinas do Convento foi assinado contrato para o projeto "Terracronia", enquanto o Cortéx Frontal vai trabalhar uma iniciativa de nome "Hypertextile".

De acordo com as informações disponíveis no dossiê de candidatura, os orçamentos somados dos projetos previstos por estas estruturas totalizavam mais de 3,7 milhões de euros e vários deles já estariam em fase de produção este ano.

Tópicos
PUB