Economia
Ricardo Salgado defende-se diluindo culpas
O antigo homem forte do Banco Espírito Santo (BES) optou por começar a sua intervenção esta manhã no Parlamento contra-atacando.
Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Nicolau Santos recorda ainda que Salgado sublinhou que “o Banco de Portugal tinha acesso a todas as atas do conselho de administração em tempo real, e, nem o Banco de Portugal, nem os acionistas estrangeiros contestaram a estratégia seguida para salvar o banco dos problemas”.
Ouvido pelo jornalista Nuno Rodrigues, o comentador resume que Salgado pretendeu defender-se através da “atribuição de responsabilidades a todos os administradores do banco” e do argumento de que “o supervisor devia ter feito mais e nunca se opôs ao que estava a ser feito”.
Para além disso, Nicolau Santos refere que o ex-presidente executivo do BES pretendeu dizer que “tudo teria conseguido resolver se lhe tivessem dado tempo para se manter à frente do banco e fazer a transição suave para outro modelo de governação e outras pessoas”. Ricardo Salgado chegou a indicar Morais Pires para a sua sucessão, mas esta solução não foi aceite pelo Banco de Portugal.