Economia
Santos Silva acusa Governo de "rapar o tacho" com fins eleitoralistas. "Abstenção do PS será a maior maldade"
Foi numa intervenção ao final da tarde de segunda-feira, em Penafiel, que Augusto Santos Silva, ex-ministro e antigo presidente da Assembleia da República, criticou o Governo de Luís Montenegro pela forma como se tem apresentado aos portugueses.
Para Santos Silva, não há dúvidas de que a AD teve motivações "eleitoralistas" para beneficiar alguns setores da Administração Pública e avançar com gastos orçamentais que colocaram em causa o investimento nos serviços públicos e na melhoria do atendimento às populações.
"O atual Governo tem sido especialista em degradar os serviços públicos, olhando apenas para os interesses conjunturais de alguns segmentos dos funcionários públicos", afirmou o ex-governante, perante algumas dezenas de deputados do PS, durante um painel de debate dedicado ao tema "Serviços Públicos e Território".
Segundo Santos Silva, o primeiro-ministro identificou nalguns setores - como os professores ou as forças de segurança - os segmentos que "eleitoralmente lhe escapavam" e fez uso de um excedente orçamental que recebeu do PS para "conquistar" esses segmentos.
"Aliás, eu acho que a maior maldade que o Grupo Parlamentar do PS vai fazer ao atual Governo - maldade que o atual Governo merece - é mesmo abster-se no Orçamento do Estado, impedindo-os de continuarem a ser uma mera comissão eleitoral, rapando o fundo do tacho que receberam bem recheado do ministro das Finanças, Fernando Medina, e dos seus predecessores", acusou.
Ex-presidente da Assembleia da República faz reparo a sindicatos
Augusto Santos Silva, que em tempos ocupou o lugar de segunda figura do Estado, aponta ainda o dedo aos sindicatos da Função Pública, que acusa de defenderem, sobretudo, os "interesses" dos funcionários e não dos serviços Às populações.
"Os serviços públicos existem para se servir os públicos e devem servir-se os interesses dos funcionários públicos na exata medida em que servir os interesses melhore os serviços que prestamos aos públicos", disse. Foi neste ponto que o ex-governante socialista deixou um recado aos representantes sindicais de quem trabalha no Estado.
"Muitas vezes funciona ao contrário, a começar pelos sindicatos da Administração Pública, que entendem que ser um serviço público significa ter a garantia de que esse serviço serve os interesses dos funcionários", concluiu.
"O atual Governo tem sido especialista em degradar os serviços públicos, olhando apenas para os interesses conjunturais de alguns segmentos dos funcionários públicos", afirmou o ex-governante, perante algumas dezenas de deputados do PS, durante um painel de debate dedicado ao tema "Serviços Públicos e Território".
Segundo Santos Silva, o primeiro-ministro identificou nalguns setores - como os professores ou as forças de segurança - os segmentos que "eleitoralmente lhe escapavam" e fez uso de um excedente orçamental que recebeu do PS para "conquistar" esses segmentos.
"Aliás, eu acho que a maior maldade que o Grupo Parlamentar do PS vai fazer ao atual Governo - maldade que o atual Governo merece - é mesmo abster-se no Orçamento do Estado, impedindo-os de continuarem a ser uma mera comissão eleitoral, rapando o fundo do tacho que receberam bem recheado do ministro das Finanças, Fernando Medina, e dos seus predecessores", acusou.
Ex-presidente da Assembleia da República faz reparo a sindicatos
Augusto Santos Silva, que em tempos ocupou o lugar de segunda figura do Estado, aponta ainda o dedo aos sindicatos da Função Pública, que acusa de defenderem, sobretudo, os "interesses" dos funcionários e não dos serviços Às populações.
"Os serviços públicos existem para se servir os públicos e devem servir-se os interesses dos funcionários públicos na exata medida em que servir os interesses melhore os serviços que prestamos aos públicos", disse. Foi neste ponto que o ex-governante socialista deixou um recado aos representantes sindicais de quem trabalha no Estado.
"Muitas vezes funciona ao contrário, a começar pelos sindicatos da Administração Pública, que entendem que ser um serviço público significa ter a garantia de que esse serviço serve os interesses dos funcionários", concluiu.