TAP com lucro de 65,6 milhões de euros em 2022

por RTP
Pedro Nunes - Reuters

Os resultados financeiros da TAP foram dados a conhecer ao início da manhã desta terça-feira. A companhia aérea encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, que se traduz num aumento de 1.664,7 milhões de euros em relação ao ano anterior. A empresa consegue resultados positivos antes do previsto no plano de reestruturação. A CEO cessante, Christine Ourmières-Widener, fala de um resultado histórico.

No ano passado, lê-se em comunicado, a TAP transportou um total de 13,8 milhões de passageiros, “um aumento de 136,1% em relação ao ano anterior e atingindo 81% dos níveis de 2019”.

Em 2022, as receitas atingiram 3 485 milhões de euros, 151% acima do ano fiscal de 2021, juntamente com um nível de atividade mais elevado (ASK aumentou 94,2%).
A companhia aérea regressou aos lucros, que tinha registado pela última vez em 2017, altura em que o grupo obteve um resultado positivo que rondou os 21 milhões de euros.
O comunicado veicula a posição da ainda CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener. Considera, face a estes resultados, que “durante o quarto trimestre de 2022 a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais.

“Durante o primeiro ano completo do Plano de Reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um recorde histórico para a empresa. A TAP gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem”, refere a empresária.
O plano de reestruturação da TAP, aprovado pela Comissão Europeia no final de 2021, previa que a companhia aérea começasse a dar lucro em 2025 e que obtivesse um resultado operacional positivo em 2023, algo que a empresa atingiu no primeiro semestre de 2022. Aumento do número de voos
O número de voos ainda não atingiu níveis pré-crise. Aumentou significativamente em 74,9% o ano passado, e atingiu 79% dos níveis pré-crise. A capacidade atingiu 87% dos níveis pré-crise, aumentando 94,2% em comparação com o ano anterior.

Os custos operacionais recorrentes também aumentaram em 73,4% para 3.236,2 milhões de euros, resultando num EBIT recorrente positivo de 248,8 milhões de euros, um aumento de 726,7 milhões de euros, ou 4,7 vezes o montante no ano fiscal de 2019, refere o comunicado da empresa.

O custo do combustível mais do que triplicou, aumentando em 756,2 milhões de euros numa base anual para 1.096,7 milhões de euros. “Apesar de levar a um efeito positivo de 85,5 milhões de euros, o hedging só reduziu marginalmente o efeito do aumento dos preços do combustível, que só por si contribuiu com 458,4 milhões de euros para o aumento dos custos com combustível”.

No ano passado, o lucro antes dos juros e impostos (EBIT), foi também positivo, alcançando 268,2 milhões de euros, incluindo itens não recorrentes de 19,4 milhões de euros.
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