Verão de clima extremo custou à Europa mais de 40 mil milhões de euros

Das ondas de calor, à seca ou às cheias, este verão o clima extremo custou à Europa cerca de 43 mil milhões de euros. O valor do prejuízo macroeconómico é divulgado num estudo da universidade alemã de Mannheim e que envolve elementos do Banco Central Europeu.

Cristina Santos - RTP /
Foto: Horácio Antunes - Antena1

Os investigadores basearam a projeção em dados meteorológicos e modelos económicos de estimativa dos danos diretos e indiretos. Prejuízos provocados pelas inundações, ondas de calor e secas.

A avaliação de danos diretos parte da destruição de estradas, edifícios ou plantações durante inundações.

Quanto às consequências indiretas, são analisadas perdas de produção causadas, por exemplo, pela perda de vidas, pelo tempo necessário para reconstruir uma fábrica ou custos de adaptação.

O estudo, liderado pela economista Sehrish Usman, da Universidade de Mannheim (Alemanha), com dois coautores do Banco Central Europeu, também inclui impactos de longo prazo. "O verdadeiro custo de eventos extremos (...) vai muito além dos efeitos imediatos", sublinha a responsável pelo relatório.
Sehrish Usman dá como exemplo a escassez ou a destruição de certos produtos devido à seca. O que pode levar ao aumento da inflação a médio/ longo prazo.

Por isso, considerando todos estes fatores, o estudo estima que, até 2029, os custos macroeconómicos gerados pelos fenómenos climáticos do verão de 2025 podem alcançar os 126 mil milhões de euros.

Entre os países europeus mais atingidos, o relatório destaca Espanha, França e Itália.

Cada um deles regista, este ano, perdas superiores a 10 mil milhões de euros.

No entanto, estes prejuízos podem ultrapassar os 30 mil milhões de euros a médio prazo.
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