Vice-presidente da Câmara de Lisboa admite sistema próprio de autocarros entre Lisboa e Oeiras
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Começou por ser idealizado como um metro ligeiro de superfície, mas, quatro anos depois de anunciada a intenção, o sistema de transportes que irá ligar os concelhos de Lisboa e de Oeiras poderá deixar os carris e circular no asfalto.
Esta hipótese continua em cima da mesa. "A Câmara Municipal de Lisboa aguarda pela conclusão de estudos", indica fonte oficial da autarquia à Antena 1, perante as críticas de presidentes de juntas de freguesia.
"Era um projeto muito ambicioso e forte", descreve o autarca da Ajuda, Jorge Marques. Um metro ligeiro de superfície permitiria um transporte "de maneira rápida e eficiente" ao centro da cidade. Receia que a troca de sistema transporte menos passageiros: "se não tiver essa capacidade, é um investimento que servirá de muito pouco".
Esta ideia também é partilhada por Davide Amado, presidente da Junta de Freguesia de Alcântara: "esta solução não responde às necessidades da zona ocidental da cidade na quesstão da mobilidade". O traçado ligará Oeiras a Alcântara, um dos pontos terminais da linha vermelha do Metro de Lisboa, concluída até 2026. "Vamos ter um desfasamento de pelo menos dois anos" entre a conclusão das duas obras, antevê Davide Amado.
Do lado de Loures, o sistema de transporte não foi uma questão levantada até ao momento, mas o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Leão, defende prolongar o traçado até Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela. O projeto inicial liga Santa Apolónia (Lisboa), Portela e Sacavém.