Web Summit. Prémio de 500 mil euros para detetar resíduos nos oceanos

por RTP
Mário Cruz - Lusa

A quarta edição da Web Summit começa esta segunda-feira em Lisboa. Em declarações à RTP, o ministro de Estado da Economia e Transição Digital anunciou o lançamento de um prémio aberto à comunidade científica, com um valor de 500 mil euros, para detetar resíduos nos oceanos.

“Vamos lançar um prémio de 500 mil euros para cientistas de todo o mundo, para desenvolverem sistemas de deteção, localização e monitorização de resíduos no oceano. É uma iniciativa da Fundação da Ciência e Tecnologia, com a Agência Espacial Portuguesa e com a Agência Espacial Europeia, com um conjunto de outros parceiros, designadamente a startup portuguesa Unbabel”, afirmou Pedro Siza Vieira no programa Bom Dia Portugal.


Segundo o ministro, “basicamente trata-se de tentar ver como é que podemos usar as tecnologias espaciais. E Portugal está neste momento a lançar um concurso para desenvolver um porto espacial nos Açores. Usar as tecnologias espaciais e a inteligência artificial para fazer observação da terra e dos oceanos”.

Pedro Siza Vieira sublinhou ainda que a Web Summit em Portugal tem permitido chamar a atenção e investimento do mundo para o perfil do país no setor tecnológico.

“Nós conseguimos, a partir do momento em que tivemos a Web Summit chamar a atenção do mundo para aquilo que se estava a passar em Portugal ao nível da tecnologia. Ajudou-nos a atrair um conjunto de investimentos importantes na parte do desenvolvimento informático, de comunicações em várias áreas – desde a ciência da computação, inteligência artificial. E tivemos vários investimentos que aconteceram porque a partir da presença em Portugal de decisores importantes se viram as condições em termos de recursos humanos e segurança que existem no país”, sublinhou. A quarta edição da Web Summit realiza-se em Lisboa entre hoje e 7 de novembro.

“E também chamou a atenção para o nosso sistema de empreendedorismo e inovação que nos tem permitido também atrair, não só, muitos empreendedores estrangeiros, que depois aqui acabam por de instalar, ter aqui a sua atividade. Como também um conjunto de investidores que acedem às nossas startups”, acrescentou.

Para o ministro, “esta continuada subida da reputação de Portugal no plano da digitalização e da nova economia digital, fez-nos também agora participar no chamado D9, o grupo dos países que tentam ter uma estratégia para o digital, que é liderada essencialmente por países como a Nova Zelândia, Estónia, Reino Unido e Israel e à qual Portugal se juntou já durante este ano”.
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