Zelensky aplicou sanções a empresário envolvido em caso de corrupção
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, impôs hoje sanções ao empresário Timur Mindich acusado de orquestrar um dos maiores escândalos de corrupção do país nos últimos anos na Ucrânia.
As medidas, que visam Mindich, 46 anos, bem como outro empresário ucraniano envolvido no escândalo, incluem o congelamento dos bens, de acordo com um decreto emitido pela Presidência da Ucrânia.
O caso de corrupção que abalou o Governo ucraniano foi revelado na segunda-feira pelo Gabinete Anticorrupção da Ucrânia (NABU).
O empresário Timur Mindich, ex-sócio de Zelensky e proprietário de 50% da produtora que ambos fundaram quando o atual Presidente era ator, foi apontado como suspeito de liderar o alegado esquema de corrupção.
Mindich fugiu do país horas antes de elementos do NABU iniciarem uma operação de buscas na segunda-feira, durante a qual foram detidos cinco suspeitos, segundo a imprensa ucraniana.
Entretanto, a ministra da Energia ucraniana, Svitlana Grinchuk, apresentou a demissão na quarta-feira na sequência de um escândalo de corrupção numa empresa estatal que supervisionava.
O anúncio ocorreu pouco depois de Zelensky ter afirmado que tinha pedido à primeira-ministra, Yulia Svirydenko, que demitisse Grinchuk e o ministro da Justiça, Herman Galushchenko, que foi responsável pela pasta da Energia até ao passado mês de julho.
"O ministro da Justiça e a ministra da Energia não podem permanecer nos cargos", declarou Zelensky numa mensagem publicada nas redes sociais.
Segundo a imprensa ucraniana, Galushchenko é suspeito de ter feito parte de um suposto esquema de comissões na empresa pública de energia atómica, a Energoatom, quando era ministro da Energia.
Galushenko já tinha sido suspenso de funções pela primeira-ministra, que anunciou entretanto ter enviado uma moção ao parlamento para aprovar as demissões.