Política
Eleições Europeias 2014
PS de Seguro sela lista paritária para as eleições europeias
A Comissão Política Nacional do PS aprovou na última noite, por unanimidade, a lista desenhada pela direção de António José Seguro para as eleições europeias, um grupo de candidatos que, pela primeira vez, estabelece a paridade entre homens e mulheres. E foi esse o elemento que o líder socialista quis destacar após a reunião partidária, falando mesmo de “um dia histórico” para o regime democrático. Já o cabeça-de-lista social-democrata Paulo Rangel não tardou em acusar o Rato de se “reconciliar” agora com o “despesismo”, ao submeter a sufrágio nomes das governações de José Sócrates e António Guterres.
“Para todos os defensores da igualdade de género é um dia histórico na nossa democracia”, clamou Seguro após a reunião da Comissão Política Nacional do PS que selou a lista do partido para as eleições de 25 de maio.
“Nós apresentámos esta lista ao país. É a nossa responsabilidade e eu considero que cumpri com o meu dever”, disse ontem à noite o líder do PS.
Dizendo-se “muito satisfeito” com a aprovação unânime daquele órgão socialista, o líder da maior força política da oposição quis “destacar a importância de, pela primeira vez na história da democracia, um partido na área da governação apresentar uma lista paritária, metade homens, metade mulheres”.
António José Seguro sustentou, em seguida, que o que o PS “oferece” ao eleitorado português é “uma lista de enorme qualidade e sobretudo que aposta em áreas fundamentais para o nosso país”: “A criação de emprego, a necessidade de completar e equilibrar a união económica e monetária, a prioridade ao mar, que é muito importante quando Portugal tem uma candidatura nas Nações Unidas para alargar a sua zona económica exclusiva”.
O secretário-geral socialista acrescentaria ao conjunto de “áreas fundamentais” a política de energia, “no que isso representa de a Europa ter energia própria e ter uma política autónoma que ajude a tornar mais competitivas as economias”.
Entradas e saídas
A lista agora aprovada tem como número um Francisco Assis, seguindo-se Maria João Rodrigues, antiga ministra de António Guterres e atualmente conselheira da União Europeia. Pedro Silva Pereira, antigo ministro da Presidência na governação de José Sócrates, surge em sétimo lugar.
Carlos Zorrinho, ex-líder da bancada parlamentar socialista, é o número três. Mantêm-se em posições elegíveis as eurodeputadas Elisa Ferreira (quarta na lista) e Ana Gomes (sexta). O açoriano Ricardo Serrão Santos, especialista em assuntos do mar, é quinto, a docente universitária madeirense Liliana Rodrigues é oitava, Manuel dos Santos é nono, Maria Amélia Antunes é décima e José Junqueiro ocupa a 11ª posição.
No 21.º lugar da lista do PS, o derradeiro dos efetivos, está o ensaísta Eduardo Lourenço. Deixam o Parlamento Europeu Vital Moreira, Edite Estrela, Capoulas Santos e Correia de Campos.
“Tradição de gastador”
Quem não perdeu tempo a atacar as escolhas socialistas foi o social-democrata Paulo Rangel, que apontou o dedo à inclusão de nomes “importantíssimos” das governações de Sócrates e Guterres. O cabeça-de-lista da coligação entre PSD e CDS-PP estimou mesmo que a lista “reconcilia o PS” com o “despesismo e tradição de gastador”.
“Esta lista é composta por pessoas que foram rostos importantíssimos das políticas de José Sócrates e de António Guterres, das políticas do despesismo, que trouxeram o país à bancarrota”, atacou o candidato laranja, para quem o conjunto de adversários socialistas “não augura nada de bom”.

Foto: Nuno André Ferreira, Lusa
Em declarações recolhidas pela agência Lusa, à margem de uma conferência do PSD na Maia com o tema “Portugal e a Europa”, Rangel afirmou também que “o PS dá todos os dias sinais errados”.
“Um dia diz uma coisa, outro dia faz outra. O PS diz que até queria um comportamento responsável e às tantas não poderia repor os salários e as pensões e, portanto, mostrava alguma responsabilidade orçamental e no dia seguinte apresenta uma lista em que estão os principais responsáveis do descalabro das finanças públicas do país”, insistiu.
“Nós apresentámos esta lista ao país. É a nossa responsabilidade e eu considero que cumpri com o meu dever”, disse ontem à noite o líder do PS.
Dizendo-se “muito satisfeito” com a aprovação unânime daquele órgão socialista, o líder da maior força política da oposição quis “destacar a importância de, pela primeira vez na história da democracia, um partido na área da governação apresentar uma lista paritária, metade homens, metade mulheres”.
António José Seguro sustentou, em seguida, que o que o PS “oferece” ao eleitorado português é “uma lista de enorme qualidade e sobretudo que aposta em áreas fundamentais para o nosso país”: “A criação de emprego, a necessidade de completar e equilibrar a união económica e monetária, a prioridade ao mar, que é muito importante quando Portugal tem uma candidatura nas Nações Unidas para alargar a sua zona económica exclusiva”.
O secretário-geral socialista acrescentaria ao conjunto de “áreas fundamentais” a política de energia, “no que isso representa de a Europa ter energia própria e ter uma política autónoma que ajude a tornar mais competitivas as economias”.
Entradas e saídas
A lista agora aprovada tem como número um Francisco Assis, seguindo-se Maria João Rodrigues, antiga ministra de António Guterres e atualmente conselheira da União Europeia. Pedro Silva Pereira, antigo ministro da Presidência na governação de José Sócrates, surge em sétimo lugar.
Carlos Zorrinho, ex-líder da bancada parlamentar socialista, é o número três. Mantêm-se em posições elegíveis as eurodeputadas Elisa Ferreira (quarta na lista) e Ana Gomes (sexta). O açoriano Ricardo Serrão Santos, especialista em assuntos do mar, é quinto, a docente universitária madeirense Liliana Rodrigues é oitava, Manuel dos Santos é nono, Maria Amélia Antunes é décima e José Junqueiro ocupa a 11ª posição.
No 21.º lugar da lista do PS, o derradeiro dos efetivos, está o ensaísta Eduardo Lourenço. Deixam o Parlamento Europeu Vital Moreira, Edite Estrela, Capoulas Santos e Correia de Campos.
“Tradição de gastador”
Quem não perdeu tempo a atacar as escolhas socialistas foi o social-democrata Paulo Rangel, que apontou o dedo à inclusão de nomes “importantíssimos” das governações de Sócrates e Guterres. O cabeça-de-lista da coligação entre PSD e CDS-PP estimou mesmo que a lista “reconcilia o PS” com o “despesismo e tradição de gastador”.
“Esta lista é composta por pessoas que foram rostos importantíssimos das políticas de José Sócrates e de António Guterres, das políticas do despesismo, que trouxeram o país à bancarrota”, atacou o candidato laranja, para quem o conjunto de adversários socialistas “não augura nada de bom”.
Foto: Nuno André Ferreira, Lusa
Em declarações recolhidas pela agência Lusa, à margem de uma conferência do PSD na Maia com o tema “Portugal e a Europa”, Rangel afirmou também que “o PS dá todos os dias sinais errados”.
“Um dia diz uma coisa, outro dia faz outra. O PS diz que até queria um comportamento responsável e às tantas não poderia repor os salários e as pensões e, portanto, mostrava alguma responsabilidade orçamental e no dia seguinte apresenta uma lista em que estão os principais responsáveis do descalabro das finanças públicas do país”, insistiu.