Conselho Nacional do PSD afina estratégia eleitoral

por Lusa
Rui Rio lidera os trabalhos do PSD que definem as estratégias para as próximas eleições legislativas RTP

O Conselho Nacional do PSD reúne-se esta terça-feira à noite em Évora para votar as listas de candidatos a deputados às próximas legislativas e, se a direção decidir fazer a proposta, uma coligação pré-eleitoral com o CDS.

Esta será a primeira reunião do Conselho Nacional depoi de Rui Rio ter sido reeleito presidente do PSD em eleições diretas, derrotando Paulo Rangel (o eurodeputado ainda não decidiu se irá ou não a Évora) por cerca de 52,4% dos votos.

Rui Rio começará por reunir a Comissão Permanente (o núcleo duro da direção), seguindo-se a reunião da Comissão Política Nacional (CPN), pelas 15h00, e finalmente, a partir das 21h00, o Conselho Nacional.

O líder social-democrata já afirmou que será a Comissão Política a decidir se propõe ao Conselho Nacional que o PSD concorra sozinho às eleições de 30 de janeiro a nível nacional ou coligado com o CDS-PP e, eventualmente, com o PPM, como se verifica atualmente numa aliança governativa nos Açores.

Aliás, as duas estruturais regionais do partido (que têm autonomia nessa matéria) já aprovaram coligações: no caso dos Açores, entre os partidos que atualmente integram o Governo, PSD, CDS-PP e PPM; no caso da Madeira, com o CDS-PP, partido parceiro dos sociais-democratas no Governo Regional.

No sábado, Rio escusou-se a avançar a sua posição pessoal, admitindo que existe divisão na direção sobre esta matéria, depois de na campanha para as diretas ter admitido em várias entrevistas ser “tendencialmente” favorável a listas conjuntas com o CDS-PP.

Também no sábado, o presidente do PSD reiterou a sua defesa de um "recentramento" do PSD, considerando que é nesse espaço ideológico que as eleições legislativas se decidem, recusando encostar o partido à direita para disputar “meia dúzia de votos” ao CDS, Chega e Iniciativa Liberal.

Numa primeira reunião da CPN que abordou o tema, antes das diretas, a maioria dos membros manifestou-se contra uma coligação com os democratas-cristãos, mas não houve uma votação.
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