Reta final da campanha marcada por descida do Chiado e ausência de Ventura

A dois dias das eleições legislativas de 18 de maio, a campanha encerra com a tradicional descida do Chiado pelos dois maiores partidos. O derradeiro dia é também marcado pela ausência do líder do Chega por motivos de saúde, depois de ter sido hospitalizado por duas vezes esta semana.

Joana Raposo Santos - RTP /
Manuel de Almeida - Lusa

A Baixa de Lisboa volta este ano a ser o palco da reta final da campanha eleitoral. Luís Montenegro começa o dia a descer o Chiado e segue depois para um almoço com mulheres na Estufa Fria, terminando o dia com um comício no Campo Pequeno, em Lisboa.

Já o socialista Pedro Nuno Santos vai estar durante a manhã na zona de Moscavide, almoçando depois com apoiantes na Cervejaria Trindade, na zona do Chiado, e seguindo para uma festa no jardim da sede nacional do partido no Rato.

André Ventura vai estar fora do último dia de campanha, depois de ter sido hospitalizado duas vezes esta semana por se ter sentido mal em ações do seu partido. O líder do Chega realizou ontem um cateterismo e não foi detetado nenhum problema cardíaco, mas os médicos recomendaram que repousasse. Mesmo sem Ventura, a caravana do Chega vai manter a agenda, arrancando no Mercado do Livramento, em Setúbal, e encerrando com uma arruada no Chiado, em Lisboa.

O líder da Iniciativa Liberal vai estar a norte do país, passando a manhã no mercado municipal de Guimarães e a tarde em Braga, onde se vai encontrar com o Movimento Cívico contra a Abstenção e terminar com um jantar-comício.

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, vai encontrar-se esta tarde com voluntários da campanha no Porto e terminar com uma festa em Setúbal.

A CDU começa a manhã com um desfile na Moita, também em Setúbal, seguindo depois para o norte, onde ao final da tarde Paulo Raimundo tem agendado um desfile no Porto e à noite um comício em Braga.

O Livre dedica o último dia de campanha ao distrito do Porto. Rui Tavares começa o dia com uma ação no jardim do Palácio de Cristal, seguindo depois para uma ação de rua em Cedofeita. Da parte da tarde, o partido tem uma ação de rua em Vila Nova de Gaia e termina a campanha com jantar-comício na escola artística Ginasiano.

Já a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, tem agenda em Lisboa, estando prevista uma visita a um canil, uma caminhada e um jantar de encerramento.Partidos confiantes na reta final da campanha
Na quinta-feira, antes de ter sido conhecido o resultado da sondagem da Universidade Católica para a RTP que deu à AD uma sólida vantagem de oito pontos em relação ao PS, Luís Montenegro disse que o país não acaba se não houver uma maioria estável.
O primeiro-ministro acredita que os portugueses vão dar condições para a AD governar, mas desdramatiza os resultados eleitorais de domingo.

Pedro Nuno Santos afirmou, no mesmo dia, que as pessoas têm de se questionar se "quem atirou o país para eleições por se sentir apertado" merece ser reeleito.
Na histórica descida de Santa Catarina, no Porto, o secretário-geral socialista insistiu na concentração de votos no PS como única forma de derrotar a AD.

Na véspera do encerramento da campanha, André Ventura anunciou que não iria regressar "com muita pena", depois de lhe ter sido recomendado repouso pela equipa médica.
O presidente do Chega esteve internado duas vezes esta semana e ontem realizou um cateterismo, mas não foi detetado qualquer problema cardíaco. O diagnóstico atual é de espasmo esofágico.

No penúltimo dia de campanha, Rui Rocha criticou os apelos ao voto útil e garantiu uma "governação de quatro anos com a Iniciativa Liberal".
O liberal disse querer um governo de centro-direita "que faça aquilo que a AD não conseguiu fazer".

A coordenadora do Bloco de Esquerda pediu, por sua vez, mais votos no partido e garantiu que merece a confiança dos eleitores, por tudo o que os deputados bloquistas têm feito no Parlamento.
O comunista Paulo Raimundo também centrou o discurso no apelo ao voto, prometendo melhorar os serviços públicos e as condições de vida dos portugueses.
O secretário-geral do PCP manifestou-se confiante nos resultados de domingo.
Num comício em Lisboa, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, disse que se Luís Montenegro não tiver "estaleca" para uma comissão de inquérito sobre a empresa familiar, não tem "estaleca" para governar o país.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, afirmou-se otimista quanto à eleição no domingo do deputado que por 800 votos não alcançou nas últimas eleições legislativas no Porto, destacando que recebeu muito apoio nos últimos dias a norte.

c/ Lusa
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