"Não gostei". Gouveia e Melo fala em "tentativa de assassinato de carácter"

O candidato a Belém voltou a assegurar que é transparente e frisou que "a população percebeu perfeitamente o que é que estava aqui em causa".

Joana Raposo Santos - RTP /
Foto: Homem de Gouveia - Lusa

O candidato presidencial Henrique considerou esta terça-feira que o facto de as notícias sobre a investigação do Ministério Público a ajustes diretos na Marinha terem surgido a menos de três semanas das eleições foi uma “tentativa de assassinato de carácter”.

A coisa que mais me aborrece (…) é que tivesse sido posta [em causa] a minha integridade. Eu não sou uma pessoa rica, não tenho nada de meu a não ser as coisas que eu sempre prezei ao longo da minha vida. Uma delas é a integridade”, disse Gouveia e Melo aos jornalistas esta tarde.

“Quando essas coisas são postas em causa, estão-me a atacar verdadeiramente no meu âmago, enquanto ser humano e enquanto pessoa. Portanto, não gostei”, acrescentou.

O candidato a Belém voltou a assegurar que é transparente. “Eu não me escondo atrás de nenhuma função, de nenhuma proteção, não sou opaco e não fujo às minhas respostas”, afirmou.

O almirante reiterou ainda que acha suspeito o timing das notícias sobre a investigação. “A população percebeu perfeitamente o que é que estava aqui em causa: era uma tentativa de assassinato de carácter. Foi isso que aconteceu”, declarou aos jornalistas.

“Graças a deus não tenho medo. A minha coragem (…) é baseada na minha integridade” e “não tenho nada a temer”.

A revista Sábado avançou na segunda-feira que o Ministério Público está a investigar ajustes diretos na Marinha aprovados pelo almirante Henrique Gouveia e Melo quando era comandante naval, entre 2017 e 2020. 

Hoje, a Procuradoria-Geral da República adiantou que a investigação se encontra “em fase final” e que o candidato à Presidência da República não é arguido.
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