O excesso de opinião do Presidente da República no espaço público tem condicionado o Governo

por Antena1

Foto: Antena1

Rui Moreira considera que o excesso de opinião do Presidente da República no espaço público tem condicionado o Governo.

Em entrevista à Antena 1, o presidente da Câmara Municipal do Porto defende que, num primeiro mandato Marcelo Rebelo de Sousa serviu de amortecedor ao Governo, mas no segundo mandato em Belém acabou por ter uma atuação diferente.

O presidente da câmara do Porto, que cumpre o terceiro e último mandato, eleito como independente com o apoio do CDS e, neste último mandato, com o apoio também da Iniciativa Liberal, considera que a maioria de António Costa não está fragilizada, “talvez o exercício dessa maioria não esteja a ser completamente exercido”.

Mas Rui Moreira considera que a legislatura tem condições para chegar ao fim, apesar da agitação social. “Seria muito anormal se isso não acontecesse”.

Sobre o futuro e uma possível coligação de direita no governo com o Chega, Rui Moreira diz que preferia que não fosse com “este Chega”, mas alerta que “marginalizar o Chega, pode ser excelente para André Ventura, mas mau para o sistema político”.

Rui Moreira diz que quer cumprir este seu terceiro mandato até ao fim e que depois se retira da vida política ativa. Quanto a uma possível candidatura nas eleições Europeias, “sinto-me muito lisonjeado, mas nunca recebi nenhum convite”.

A propósito da Jornada Mundial da Juventude, o presidente da Câmara do Porto lamentou que “no Porto é sempre muito difícil fazer qualquer coisa, em Lisboa, consegue-se fazer tudo” e ironiza com o caso da Jornada Mundial da Juventude.

Entrevista conduzida pela editora de política da Antena1, Natália Carvalho.
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