Especiais
20 camiões. Biden elogia presidente egípcio por reabrir Raffah
O presidente dos Estados Unidos da América afirmou que o seu homólogo Abdel Fattah al-Sisi concordou com a reabertura da passagem de Raffah, para autorizar a entrada em Gaza de 20 camiões de ajuda humanitária.
"Sisi merece reconhecimento porque foi conciliador", referiu Joe Biden aos jornalistas no regresso ao país vindo de Israel.
A presidência egípcia confirmou, quarta-feira à noite, que os dois líderes debateram num telefonema formas de acelerar a entrada do auxílio humanitário em Gaza.
A chamada realizou-se a bordo do Air Force One, o avião presidencial norte-americano, durante o regresso a Washington, e durou cerca de uma hora, conforme informações passadas pelo próprio Joe Biden aos jornalistas que o acompanharam na viagem.
"Ele concordou que o que ia fazer seria abrir a passagem para fazer duas coisas", revelou o presidente dos EUA, referindo-se a al-Sisi. "O meu embaixador está no Cairo, agora, e vai coordenar isto" Tem a minha autoridade para fazer o necessário para implementar isto", acrescentou.
Biden disse que estava ao telefone com o presidente egípcio todo o tempo que o Air Force One esteve na pista da base de Ramstein, na Alemanha, a ser reabastecido. A paragem durou mais de uma hora, tempo que durou o telefonema. "Foi por isso que não levantamos", explicou o presidente.
Joe Biden revelou ainda que a estrada para Gaza tem de ser reparada antes dos camiões poderem passar, uma operação que deverá levar umas oito horas esta quinta-feira.
Os camiões deverão começar a andar na sexta-feira, frisou Biden.
A passagem de Raffah só será aberta para a ajuda entrar, não para retirar habitamtes de Gaza, acrescentou. É "com este objetivo, não para deixar uma série de pessoas sair mas para isto", referiu ainda o líder norte-americano.
A ajuda será recebida e distribuída pela ONU. "O acordo é de facto que atravessem a passagem e a ONU irá estar do outro lado e então distribuir, o que irá demorar algum tempo a organizar", reconheceu Biden, sublinhando que o acordo era de que "se o Hamas confiscar o auxílio ou não o deixar passar - então para tudo. Porque não vamos enviar ajuda humanitária ao Hamas".
"Foi uma negociação muito franca" com al-Sisi, classificou ainda Biden, elogiando o presidente egípcio pela sua atitude de "verdadeira conciliação". Merece "verdadeiro crédito" pelo acordo, aplaudiu.