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Comunicado iraniano "Sobre a Agressão Militar do Regime Sionista"
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Itão enviou às redações de todo o mundo uma declaração a denunciar os ataques israelitas desta sexta-feira perante os cidadãos iranianos e a reservar-se o direito de retaliar.
O comunicado apela ainda às Nações Unidas e a todas as potências regionais para reagirem contra as ações de Israel.
"Em Nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso, Nobre Povo do Irão, Caros iranianos,
A nossa amada pátria, o Irão, foi injustamente atacada por um regime criminoso e perverso", começa por referir o texto.
"Esta manhã, o regime sionista ocupante e desonesto violou a integridade territorial e a soberania nacional do nosso querido Irão, atacando diversos locais, incluindo zonas residenciais em Teerão e noutras cidades do nosso país. Como resultado, vários nobres e servidores mais patriotas da nação – aqueles que defenderam a dignidade, a soberania e os avanços científicos e tecnológicos do Irão – juntamente com outros civis inocentes, foram martirizados.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros expressa as suas condolências ao Venerado Líder e ao nobre povo do Irão pelo martírio destes defensores e servidores da pátria, que sacrificaram as suas vidas pela nossa nação perante o imperdoável ataque do regime sionista.
Os ataques do regime sionista ao Irão constituem uma violação do artigo 2º(4) da Carta da ONU e um flagrante acto de agressão contra a República Islâmica do Irão.
De acordo com o artigo 51.º da Carta da ONU, o Irão reserva-se o direito legítimo e legal de responder a esta agressão. As Forças Armadas da República Islâmica do Irão não hesitarão em defender a soberania iraniana com toda a força e da forma que considerarem adequada.
Enquanto membro fundador das Nações Unidas – uma organização cujo propósito é prevenir agressões, violações da paz e ameaças à paz – a República Islâmica do Irão sublinha a obrigação do Conselho de Segurança de tomar medidas imediatas contra esta violação da paz e da segurança internacionais, resultante da flagrante agressão do regime sionista.
Apelamos ao Presidente e aos membros do Conselho para que atuem sem demora a este respeito. O Ministério dos Negócios Estrangeiros recorda ainda ao Secretário-Geral das Nações Unidas os seus deveres de acordo com a Carta da ONU e exige a sua intervenção imediata nesta matéria.
Esperamos que todos os Estados-membros das Nações Unidas, particularmente os países regionais e islâmicos, os membros do Movimento dos Países Não Alinhados e todos os governos que prezam a paz e a segurança internacionais, condenem prontamente esta agressão criminosa e tomem medidas urgentes e colectivas para combater este aventureirismo imprudente, que inegavelmente colocou a paz e a segurança globais sob uma ameaça sem precedentes.
Os actos de agressão do regime sionista contra o Irão não poderiam ter sido realizados sem a coordenação e aprovação dos Estados Unidos. Consequentemente, o governo dos EUA, como principal patrocinador deste regime, será também responsável pelas perigosas repercussões das acções imprudentes do regime sionista".