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Delegações de PAN e estreante JPP rumam ao Palácio de Belém
Termina esta sexta-feira a primeira ronda de audiências, iniciada há quatro dias, processo pós-eleitoral que desembocará na indigitação do primeiro-ministro pela mão do presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa vai receber o PAN e o JPP, partidos que elegeram um deputado cada, às 15h30 e às 16h30, respetivamente.
O presidente já fez saber que tenciona repetir as audiências a PSD, PS e Chega na próxima semana, uma vez divulgados os resultados dos círculos da imigração, responsáveis pela eleição de quatro deputados. Números que deverão definir a segunda formação mais votada: os socialistas ou o partido de André Ventura.Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição da República, "o primeiro-ministro é nomeado pelo presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".
Na quinta-feira, o chefe de Estado auscultou o CDS-PP, o PCP e o Bloco de Esquerda.
O secretário-geral dos comunistas, Paulo Raimundo, quis deixar claro que o seu partido está a preparar-se para uma política de combate e resistência. Via materializada pelo anúncio da apresentação de uma moção de rejeição ao programa do próximo governo.
Por sua vez, no termo da audiência em Belém, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, alertou para o que considera ser o risco que pende sobre a Lei Fundamental do país, na esteira do anúncio, por parte da Iniciativa Liberal, de uma proposta de revisão constitucional.
Já o líder CDS-PP, Nuno Melo, parceiro do PSD na AD, deixou por aclarar se é a favorável a uma revisão da Constituição da República.
Brechas no PAN
Na sequência das eleições, foi entretanto conhecida a notícia de dois elementos da comissão política do PAN que se demitiram.
Os elementos demissionários, que integravam a lista da atual líder, Inês Sousa Real, acusam direção de desrespeito pela democracia interna, centralização de poder e silenciamento dos críticos.
Em comunicado, o Pessoas-Animais-Natureza confirmou as saídas e agradeceu o trabalho dos demissionários.
Sucessão de Pedro Nuno Santos no PS
No processo de sucessão desencadeado pela demissão de Pedro Nuno Santos, na noite de domingo, Fernando Medina já clarificou que não é candidato ao cargo de secretário-geral do PS.
O antigo ministro das Finanças de António Costa vinha sendo dado como possível candidato. Mas, até à data, José Luís Carneiro é o único na corrida.O presidente do Partido Socialista, Carlos César, pretende que a escolha do sucessor de Pedro Nuno tenha lugar entre o fim de junho e início de julho.
Também Mariana Vieira da Silva descartou a hipótese de se candidatar à liderança dos socialistas. A ex-ministra havia deixado essa possibilidade em aberto, com base no apoio dos militantes. Todavia, no Instagram, sustentou que, face à aproximação das eleições autárquicas, o PS não deve enveredar por lutas internas.
Os scores
Recorde-se que a AD venceu as legislativas antecipadas com mais de 32 por cento dos votos, aquém da maioria absoluta. A coligação elegeu 89 deputados - 87 do PSD e dois do CDS-PP.
Quando falta apurar o resultado dos círculos da emigração, o PS obtém 23,38 por cento e 58 deputados eleitos. O Chega tem o mesmo número de mandatos, mas uma menor votação de 22,56 por cento.
Seguem-se a IL, com 5,53 por cento dos votos e nove deputados, e o Livre, com 4,2 por cento e seis mandatos.
A CDU conquistou 3,03 por cento dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O Bloco de Esquerda, com dois por cento, e o PAN, com 1,36 por cento, elegeram um deputado cada, tal como o JPP, com origem na Madeira, que teve 0,34 por cento dos votos.
c/ Lusa
O presidente já fez saber que tenciona repetir as audiências a PSD, PS e Chega na próxima semana, uma vez divulgados os resultados dos círculos da imigração, responsáveis pela eleição de quatro deputados. Números que deverão definir a segunda formação mais votada: os socialistas ou o partido de André Ventura.Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição da República, "o primeiro-ministro é nomeado pelo presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".
Na quinta-feira, o chefe de Estado auscultou o CDS-PP, o PCP e o Bloco de Esquerda.
O secretário-geral dos comunistas, Paulo Raimundo, quis deixar claro que o seu partido está a preparar-se para uma política de combate e resistência. Via materializada pelo anúncio da apresentação de uma moção de rejeição ao programa do próximo governo.
Por sua vez, no termo da audiência em Belém, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, alertou para o que considera ser o risco que pende sobre a Lei Fundamental do país, na esteira do anúncio, por parte da Iniciativa Liberal, de uma proposta de revisão constitucional.
Já o líder CDS-PP, Nuno Melo, parceiro do PSD na AD, deixou por aclarar se é a favorável a uma revisão da Constituição da República.
Brechas no PAN
Na sequência das eleições, foi entretanto conhecida a notícia de dois elementos da comissão política do PAN que se demitiram.
Os elementos demissionários, que integravam a lista da atual líder, Inês Sousa Real, acusam direção de desrespeito pela democracia interna, centralização de poder e silenciamento dos críticos.
Em comunicado, o Pessoas-Animais-Natureza confirmou as saídas e agradeceu o trabalho dos demissionários.
Sucessão de Pedro Nuno Santos no PS
No processo de sucessão desencadeado pela demissão de Pedro Nuno Santos, na noite de domingo, Fernando Medina já clarificou que não é candidato ao cargo de secretário-geral do PS.
O antigo ministro das Finanças de António Costa vinha sendo dado como possível candidato. Mas, até à data, José Luís Carneiro é o único na corrida.O presidente do Partido Socialista, Carlos César, pretende que a escolha do sucessor de Pedro Nuno tenha lugar entre o fim de junho e início de julho.
Também Mariana Vieira da Silva descartou a hipótese de se candidatar à liderança dos socialistas. A ex-ministra havia deixado essa possibilidade em aberto, com base no apoio dos militantes. Todavia, no Instagram, sustentou que, face à aproximação das eleições autárquicas, o PS não deve enveredar por lutas internas.
Os scores
Recorde-se que a AD venceu as legislativas antecipadas com mais de 32 por cento dos votos, aquém da maioria absoluta. A coligação elegeu 89 deputados - 87 do PSD e dois do CDS-PP.
Quando falta apurar o resultado dos círculos da emigração, o PS obtém 23,38 por cento e 58 deputados eleitos. O Chega tem o mesmo número de mandatos, mas uma menor votação de 22,56 por cento.
Seguem-se a IL, com 5,53 por cento dos votos e nove deputados, e o Livre, com 4,2 por cento e seis mandatos.
A CDU conquistou 3,03 por cento dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O Bloco de Esquerda, com dois por cento, e o PAN, com 1,36 por cento, elegeram um deputado cada, tal como o JPP, com origem na Madeira, que teve 0,34 por cento dos votos.
c/ Lusa