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Genebra, palco de iniciativa diplomática
- Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Reino Unido, França e Alemanha contam reunir-se esta sexta-feira, em Genebra, com o homólogo iraniano. O objetivo é abrir caminho ao regresso à via diplomática para a resolução do conflito entre Israel e Irão;
- Teerão sublinha que se mantém disponível para a via diplomática, mas exorta desde já os interlocutores europeus a pressionarem Israel no sentido de um ponto final aos bombardeamentos;
- A reunião de Genebra tem lugar um dia depois de um presidente norte-americano, Donald Trump, ter remetido para as “próximas duas semanas” uma decisão sobre a eventual participação da máquina de guerra dos Estados Unidos, ao lado de Israel, na ofensiva contra a República Islâmica;
- Qualquer forma de envolvimento norte-americano na guerra, reitera Teerão, terá “retaliação imediata”;
- O Governo israelita volta a declarar abertamente a preferência por uma mudança de regime no Irão. O ministro da Defesa, Israel Katz, veio mesmo afirmar que “não se pode permitir” que o líder supremo do regime, Ali Khamenei, “exista”;
- Israel voltou ser alvo, já esta manhã, de mísseis iranianos. A cidade de Beersheba, no sul do país, foi a mais atingida. Os projéteis causaram estragos em zonas residenciais. Há notícia de pelo menos cinco feridos ligeiros;
- As Forças de Defesa de Israel desencadearam, por sua vez, ataques ao reator iranianio de água pesada no complexo do Arak. A televisão estatal do Irão noticiou que “não há qualquer perigo de radiação” decorrente deste bombardeamento. Foi também visada a central de Natanz;
- As autoridades da Faixa de Gaza adiantam que, na quinta-feira, morreram pelo menos 76 pessoas no território - 20 foram abatidas quanto tentavam chegar à ajuda humanitária. Israel impôs, em Março, um bloqueio à entrada de ajuda em Gaza, que foi parcialmente levantado no mês seguintes. Quase 400 pessoas morreram já em ataques junto aos pontos de distribuição de alimentos;
- No espaço de uma semana, segundo a organização Ativistas dos Direitos Humanos, sediada em Washington, morreram pelo menos 657 pessoas e outras 2.037 ficaram feridas no Irão;
- Os ataques iranianos da manhã de quinta-feira sobre solo israelita fizeram pelo menos 240 feridos;
- Chegaram na última noite a Lisboa 69 pessoas, entre as quais 48 portugueses, que haviam pedido para abandonar Israel. O Ministério dos Negócios Estrangeiros não garante que haja mais operações de repatriamento.