Em declarações aos jornalistas, João Faria Conceição, administrador da REN, indicou que a zona do Grande Porto deverá retomar a normalidade "dentro de duas horas". Na Grande Lisboa "vai demorar mais tempo", até porque há menos centrais na proximidade da capital.

Ainda assim, o responsável espera que pelo menos os consumos "mais prioritários" em Lisboa estejam restabelecidos "dentro de cinco a seis horas".

João Faria Conceição enumerou como consumos prioritários os hospitais, forças de segurança, infraestruturas de abastecimento de água e transportes.

O responsável adiantou que ocorreu recentemente uma situação semelhante no Chile, em que a recuperação total de consumos "demorou mais de 24 horas".

João Faria Conceição espera que, neste caso, o sistema fique totalmente equilibrado "durante esta noite" e que o país possa acordar amanhã com a situação normalizada.

O administrador da REN estimou que haja neste momento "300 mil consumidores já ligados" e explicou que a recuperação é mais complicada em Portugal do que em Espanha devido ao posicionamento periférico.

João Faria Conceição salientou que numa situação destas, "é absolutamente crucial" não dar passos em falso, sob pena de comprometer toda a recuperação efetuada até ao momento.

Se Espanha conseguiu contar com o apoio de França nas zonas de fronteira para recuperar do apagão, o apoio a Portugal só poderia ter origem em Espanha, que também estava em situaçáo de apagão, explicou João Faria Conceição.