Logo depois do chumbo da moção de confiança, o líder parlamentar social-democrata lembra que em última tentativa o Governo propôs uma CPI à empresa do primeiro-ministro com prazo de 60 dias até final de maio, mas, "o PS não quis".
"O PS quis derrubar o Governo e provocar eleições e o que há a faze ré prepara o país para eleições e procurar convencer os portugueses das políticas que este governo em 11 meses implementou", explica.
Hugo Soares não considera um erro a apresentação da moção de confiança. "O Governo tinha de perguntar ao Parlamento se este lhe dava razões para poder continuar a governar", considera.
"A questão é muito simples, o governo perguntou ao Parlamento sepodia governar, o PS uniu-se com o Chega e derrubou o governo", acrescentou.
Negando-se a revelar quaisquer conversas tidas com os socialistas, Hugo Soares garantiu que o governo "esgotou todas as possibilidades".
"O povo percebeu o que nós fizemos, fomos até à última para evitar eleições", refere também, referindo a necessidade de proteger as instituições.
O líder parlamentar social-democrata explica também que, com o prazo de 90 dias pretendido pelo Partido Socialista para a CPI ameaçava arrastar a questão até depois das férias, pelo que, para o governo, seria necessário por um fim à questão mais rapidamente, rebatendo quaisquer acusações de intransigência para o PS.
Hugo Soares afirma ainda que "confia na maturidade democrática do país", mostrando-se confiante de que a AD vai voltar a vencer as eleições mas que não foi esse o objetivo. "Não estamos a olhar para o interesse partidário", garante. "O PS foi mais Chega do que o próprio Chega".