Marcelo pede que se mantenha "o essencial de Abril" mas que se entenda "um Portugal muito diferente"

RTP /

Para Marcelo Rebelo de Sousa, depois da pandemia, de 2022 até 2025 foi “um galope” de vários fatores de mudança: envelhecimento, economia, imigração, guerras, problemas na saúde, habitação.

Criou-se, para o chefe de Estado, uma "tensão crescente em quem sabe, ao mesmo tempo, que a economia e sociedade precisam de abertura, circulação de pessoas e mão de obra", mas que "adere instintivamente ao medo, incompreensão e rejeição".

Isto mesmo quando os que chegaram se integraram em criação de emprego e contribuições para a Segurança Social, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa voltou ainda à crítica na aplicação dos fundos europeus, a "demorarem teimosamente a chegar às pessoas", numa referência ao PRR.

Considerou que Luís Montenegro "já demonstrou que é determinado e resistente" e garante que este conta "com a solidariedade deste presidente da República até ao fim do respetivo mandato".

Por fim, pediu ao primeiro-ministro que procure assegurar que "o essencial de Abril permanece em liberdade, democracia e justiça social".

Mas que "esse Abril" seja "capaz de entender e dar futuro a um Portugal muito diferente" ao de 1974.
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