Pedro Nuno Santos critica atitude "vergonhosa" e diz que PSD tentou "condicionar" CPI com moção

por RTP

À saída da votação, questionado pelos jornalistas sobre se os portugueses vão perceber que por 30 dias de prazo de comissão de inquérito o país vá a eleições, Pedro Nuno Santos respondeu que "a verdade não tem tempo" e que o que se passou esta terça-feira no Parlamento "foi uma vergonha" e mesmo "indecoroso".
Pedro Nuno Santos acusa o executivo de usar a moção de confiança como moeda de troca para condicionar o inquérito. O líder do PS diz que o "inquirido" tentou "condicionar as regras da comissão parlamentar".

O secretário-geral do PS adiantou que apresentou um "tempo razoável" de 90 dias. No entanto, vincou que esse prazo poderia ser prorrogado em caso de necessidade.

Só se coloca um prazo "quando se quer fugir ao apuramento da verdade", sublinhou.

Pedro Nuno Santos censurou Luís Montenegro de uma "atuação vergonhosa", considerando que o primeiro-ministro "não tem condições, nem dimensão, nem estatuto para governar o nosso país".

Montenegro tentou "mercadejar" a comissão parlamentar de inquérito, tento tentado no início do debate uma resposta às perguntas do PS à porta fechada. Pedro Nuno Santos apontou ao executivo a tentativa de "criar a ideia de intransingência do PS", mas salientou que "os portugueses não são tontos" e que "não se goza com o país".
PUB