"Prioridade foi proteger vidas". Marcelo diz que teria feito "exatamente o mesmo" no combate aos incêndios

RTP /

O presidente da República falou aos jornalistas a partir da Feira do Livro do Porto esta tarde de sexta-feira.

Questionado sobre os incêndios que têm afetado o país nas últimas semanas, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a prioridade foi "proteger vidas humanas", ainda que isso tenha custado "uma maior área ardida" por comparação a 2017, por exemplo.
 
"No comando de uma operação destas o que é que fariam? Eu acho que faria exatamente o mesmo. Pouparia as vidas humanas, e na medida possível as povoações, sabendo que o preço era a área ardida ser maior”, apontou.

Sobre as críticas endereçadas à ministra da Administração Interna, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a assinalar a governante tinha assumido o cargo há dois meses, sendo que esta é uma questão complexa até para um ministro experiente, vincou.

Em relação às críticas feitas ao Governo, o chefe de Governo enfatizou que houve durante várias noites consecutivas o agravamento repentino com reacendimentos e que, mesmo com meios aéreos, tornava-se "impossível intervir" em alguns casos. 

Considerou, nesse sentido, que não houve um "problema de prevenção" e que, mesmo quando os meios eram "usáveis", tentavam travar "aquilo que a força dos fatores naturais tornava quase impossível travar".

A respeito das medidas apresentadas pelo Governo na quinta-feira após o Conselho de Ministros extraordinário, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que se procurou criar um "quadro de medidas" para não ter de se "aprovar uma lei cada vez que há uma calamidade pública". 

Para além das medidas mais imediatas, há também um plano de futuro "a pensar a 25 anos", com a criação de um pacto sobre este tema. É uma ideia "que já vem desde 2017" e que o presidente aplaude. 

No entanto, prometeu apenas acompanhar de perto a aplicação de medidas mais imediatas e urgentes. "O meu mandato está a seis meses de acabar", lembrou.
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