PSD lembra que "sem estrangeiros a Segurança Social estaria pior"

RTP /

"Portugal é um país seguro", diz, mas, esse "património não pode ser tomado como garantido". "As alterações que a sociedade enfrenta conduzem a tensões, que precipitam a degradação da percepção de segurança, o que exige uma resposta firme, mas proporcional e adequada" porque "sem resposta, cresce quem não tem resposta" ou "quem deseja que não haja resposta", afirma.

O PSD considera que é necessária “uma resposta firme mas adequada” no reforço da segurança em Portugal. O deputado Cristóvão Norte pede uma “resposta para os que mais sofrem”, para os mais vulneráveis, e uma imigração controlada.

"Nos últimos anos, muitos procuraram o nosso país para terem uma vida melhor. Em oito anos, o número de cidadãos estrangeiros quase quadruplicou. Há sectores económicos que sem mão de obra estrangeira não funcionariam. A Segurança Social estaria bem pior, não duvidem".
Contudo, o deputado social-democrata recordou que a imigração não se pode medir apenas por dinheiro ou "se é ou não rentável".

"Mede-se por valores, tolerância, humanidade, dignidade. Onde não há dignidade há crueldade, onde não há humanidade há exploração, onde não há tolerância deixamos de ser comunidade", afirmou Cristóvão Norte.

"Não podem entrar todos que o desejem e os que nos propomos a receber devem ser exemplarmente tratados: ter lugar para viver e trabalhar, sem discriminações", continuou dirigindo-se ao deputado do Chega Pedro Pinto.

Ainda assim, apelou ao fim da "imigração sem controlo" que tem desumanizado quem o país recebe e potenciando o abuso e a exploração de pessoas.

"Foi um erro. O Estado não estava preparado, os serviços públicos não estavam preparados, a sociedade não estava preparada". 

O deputado defende que "é imperioso rever a lei da nacionalidade". Argumentando que a "cidadania não pode ser "um círculo fechado", diz que "é preciso apego à língua" e "conhecer o património histórico".
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