Ventura põe de parte os 5% em Defesa exigidos pela NATO

Assegurando "pragmatismo e responsabilidade" do seu partido em matérias de Defesa, André Ventura advertiu entretanto que a meta dos 5% para despesas militares exigida pela NATO e que deverá estar em cima da mesa na cimeira da Aliança Atlântica na próxima semana não tem cabimento nas atuais capacidades de Portugal.

RTP /

"Neste momento 5% é impraticável em Portugal, para sermos honestos. Portanto, nós temos que ser realistas, quem disser que o fará de um dia para o outro, não o fará. Porém, temos que compreender que estamos num contexto de guerra regional, local e com impacto internacional, e provavelmente vamos ter que ir alargando progressivamente estas metas", assinalou o líder do Chega.

Ventura avisa ainda que o reforço de despesa em Defesa não pode ser feito "à custa de diminuir pensões" ou "desinvestir nas forças de segurança (...) Mas acho, desde há muito tempo, que nós podemos ter um investimento sólido em Defesa, que tenha retorno para o PIB português e para o orçamento português, com um desenvolvimento industrial próprio".

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, tem isistido naquela meta e propôs há duas semanas de forma oficisal na cimeira marcada para a Haia os membros da Aliança Atlântica rubriquem o aumento de gastos com Defesa em 5% do PIB: 3,5% para "gastos puros" com Defesa e 1,5% do PIB anual em investimentos relacionados com a defesa e a segurança, como infraestruturas e indústria.
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