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Ventura vaticina: "Esta será a última legislatura da nossa terceira República"
O líder do Chega, André Ventura, felicitou o presidente da Assembleia da República pela eleição. No momento em que se inicia a nova legislatura, frisou que os portugueses "querem que este Parlamento lhes diga que vai fazer a mudança da vida deles", sem estar preocupado "com balelas de abril nem com balelas de março".
Seis anos depois desde eleição do primeiro deputado do partido, Ventura realça o papel de líder da oposição, afirmando que os portugueses "saíram de casa e escolheram o Chega", após anos de "gozo, humilhação e perseguição".
Considera que as eleições de 18 de maio e o seu resultado são avisos "à bolha político-mediática", criticando sondagens "absolutamente manipuladas" e as "tentativas ignóbeis de configurar o Parlamento fora da vontade do povo".
André Ventura fez também referência às comunidades, que "sabem o que é ter de sair do país" após governos do PSD e PS.
Por fim, o líder do Chega deixou um "repto" à coligação AD, que venceu estas eleições: "Que não desista e não tenha medo das reformas de que o país precisa".
Destacou que, pela primeira vez na história dos últimos 50 anos, é possível fazer uma mudança constitucional sem necessitar o PS. E enfatizou, neste aspeto, a importância de consagrar "a luta contra a corrupção", mas também uma Constituição em que "as minorias podem ser protegidas mas têm de ter tantos deveres como as maiorias".
Ventura salientou de novo o resultado do Chega nestas eleições e comprometeu-se no esforço de "mudar a face do país", indo mais longe para declarar que "esta será a última legislatura da nossa terceira República" e que "nada ficará como dantes".
"A partir de agora é para mudar. (...) É para ir atrás de quem tivermos de ir", acrescentou ainda.