Reportagem

Cimeira bilateral. O encontro entre Trump e Putin no Alasca

O Alasca recebeu esta sexta-feira a reunião entre os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos. Donald Trump e Vladimir Putin falaram num reunião "construtiva" e "muito produtiva", mas sem sinais de um acordo.

Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP /

Emissão da RTP3


Kevin Lamarque - Reuters

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"Ainda não chegamos lá"
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Trump e Putin falam em reunião "construtiva" mas sem acordo

Em conferência de imprensa no final do encontro no Alasca, Donald Trump e Vladimir Putin falaram num reunião "construtiva" e "muito produtiva", mas sem mais detalhes e sem sinais de um acordo.

Donald Trump disse que concordou “em muitos pontos” com o seu homólogo russo, mas salientou que os dois não chegaram a acordo sobre o aspeto “mais significativo”, sem especificar qual.

“Muitos pontos foram acordados. Restam apenas alguns. Alguns não são tão significativos. Um é provavelmente o mais significativo, mas temos boas hipóteses de lá chegar. Não chegámos lá, mas temos boas hipóteses de lá chegar", disse Trump aos jornalistas em Anchorage, no Alasca.
 
"Não há acordo até haver um acordo”, acrescentou.
O presidente norte-americano adiantou que ia agora telefonar ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e aos líderes da NATO para lhes transmitir o que foi falado nesta reunião.

Vladimir Putin, por sua vez, garantiu estar empenhado em terminar a guerra na Ucrânia, mas salientou que para isso é preciso “eliminar as raízes primárias deste conflito" e pediu à Ucrânia e à União Europeia para "não criarem obstáculos".

Numa crítica ao ex-presidente norte-americano, Joe Biden, o presidente russo disse que as relações entre Moscovo e Washington atingiram “um ponto muito baixo” nos últimos quatro anos, e deixou elogios a Trump, afirmando que "se Trump fosse presidente dos EUA em 2022, não havia guerra". 

No final da conferência de imprensa, que não teve direito a perguntas dos jornalistas, Trump disse que “provavelmente” iria encontrar-se com o seu homólogo russo “em breve”. “Da próxima vez é em Moscovo”, sugeriu Putin. 

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Trump e Putin já falam em conferência de imprensa

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Enviado especial russo diz que conversações entre Putin e Trump correram "notavelmente bem"

As conversações no Alasca entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente norte-americano, Donald Trump, correram "notavelmente bem", disse o enviado especial russo, Kirill Dmitriev, à televisão estatal russa.
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Encontro entre Trump e Putin terminou

As conversações entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, no Alasca terminaram, segundo informou o Kremlin. O encontro durou cerca de duas horas e meia.

Os dois deverão falar em conferência de imprensa dentro de momentos.
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Cimeira Trump-Putin. A análise da editora de internacional da RTP

A editora de internacional da RTP, Márcia Rodrigues, faz uma análise sobre o que está em cima da mesa na reunião entre Trump e Putin.

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Ucranianos seguem com preocupação frente-a-frente do Alasca

Foto: Gleb Garanich - Reuters

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Estados Unidos, Rússia e Ucrânia. Como é vista a cimeira de Anchorage?

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Anchorage, o palco onde se esboça o futuro da Ucrânia

Foto: Jeenah Moon - EPA

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Reunião entre Trump e Putin já começou

Já arrancou a reunião entre os líderes norte-americano e russo, que decorre no Alasca.

Contrariamente ao que estava previsto, Trump e Putin já não vão reunir-se a sós e serão acompanhados por conselheiros.

O presidente norte-americano está acompanhado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e pelo enviado especial Steve Witcoff. 

O motivo da alteração em relação ao programa anunciado ainda não foi divulgado, não tendo sido também divulgados os nomes dos dirigentes russos que acompanharão Putin no primeiro encontro da cimeira.
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Trump e Putin cumprimentam-se à chegada ao Alasca

O presidente dos EUA, Donald Trump, cumprimentou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na Base de Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no Alasca. 

Os dois líderes mundiais seguem agora para uma reunião onde vão debater o futuro da Ucrânia.
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Delegação russa
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Putin chega ao Alasca

O avião que transportou a comitiva russa, encabeçada pelo presidente Vladimir Putin, acaba de aterrar na Base de Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no Alasca.
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Trump já aterrou no Alasca

O Air Force One onde segue o presidente norte-americano e alguns membros da sua administração já aterrou em Anchorage, no Alasca.

Donald Trump vai reunir-se com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para discutir o futuro na Ucrânia.

Na reunião, o presidente dos EUA estará acompanhado pelo secretário de Estado Marco Rubio e pelo enviado especial Steve Witkoff.

Num almoço após a reunião, juntar-se-ão a Rubio e Witkoff o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, e a chefe de gabinete de Trump, Susie Wiles.

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Reunião no Alasca. Zelensky conta com uma "posição forte" dos EUA

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Ucrânia. Trump acredita que Putin quer um acordo

O presidente dos EUA falou com jornalistas no avião durante a viagem para Achorage.

Num dia em que o Kremlin anunciou a tomada de mais uma localidade ucraniana, o presidente norte-americano revela que as forças russas perderam sete mil soldados na última semana.
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Zelensky diz que a Rússia continua a atacar a Ucrânia apesar da cimeira

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que a Rússia continua a atacar a Ucrânia antes da cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin.

"No dia das negociações, também matam pessoas. E isso diz muito", denunciou Zelensky no Telegram.

"A guerra continua. Continua precisamente porque não há ordem, nem qualquer indicação de que Moscovo se esteja a preparar para terminar esta guerra", acrescentou.
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Lusa /

Zelensky envia reforços para leste para travar avanço russo

"Hoje, foi tomada a decisão de reforçar esta e outras áreas na região de Donetsk", disse Zelensky no Telegram, horas antes da cimeira entre os Presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, para discutir o fim da guerra.

"Os militares russos continuam a sofrer pesadas perdas, enquanto tentam garantir melhores posições políticas para a liderança russa na reunião no Alasca", acrescentou.

Sobre o encontro, que tem início previsto para as 11:30 locais (20:30 em Lisboa), Zelensky disse contar com Donald Trump para pôr fim à guerra na Ucrânia.

"É tempo de pôr fim à guerra, e a Rússia deve tomar as medidas necessárias. Contamos com os Estados Unidos", acrescentou, numa publicação na rede social X.

Para o chefe de Estado ucraniano, a cimeira Trump-Putin deve abrir caminho para um diálogo a três sobre a paz no conflito, iniciado em fevereiro de 2022 com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

"O fundamental é que esta reunião abra um caminho real para uma paz justa e um debate substantivo entre os líderes num formato trilateral: Ucrânia, Estados Unidos e Rússia", declarou Zelensky, numa mensagem publicada na sua conta de Facebook.

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RTP /

Manifestação pró-Ucrânia antecede cimeira entre Trump e Putin no Alasca

Foto: Sergey Dolzhenko - EPA

A cidade norte-americana de Anchorage, no Alasca, é palco de manifestações contra esta cimeira e contra os presidentes americano e russo.
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Cimeira bilateral
RTP /

Putin e Trump discutem futuro da Ucrânia em Anchorage

O futuro mapa da Ucrânia começa esta sexta-feira a ser traçado em Anchorage, no Alasca. Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia reúnem-se num frente-a-frente sem a participação do presidente do país invadido pelas tropas de Moscovo.A cidade de Anchorage é palco de manifestações contra a cimeira e os presidentes norte-americano e russo.


Na sequência de uma conversa inicial na presença de intérpretes, as delegações dos dois países juntam-se a Donald Trump e Vladimir Putin para uma reunião que passará também por um almoço de trabalho. Isto de acordo com a agenda divulgada pelo Kremlin.

O início da cimeira está previsto para as 11h30 locais, 20h30 em Lisboa. O palco é uma base militar próxima de Anchorage, a capital daquele que é o maior dos 50 Estados norte-americanos, antiga colónia russa.

Vai realizar-se numa base militar perto de Anchorage, a capital do maior dos 50 estados norte-americanos, "encravado" entre o Canadá e a Rússia, situada a meros 82 quilómetros do outro lado do estreito de Bering.Na quinta-feira foi anunciada nova troca de 84 prisioneiros de guerra russos e ucranianos.

Sublinhe-se que, para além de Volodymyr Zelensky, nenhum dos líderes europeus foi convidado. O presidente ucraniano e os aliados do Velho Continente procuraram, ao longo dos últimos dias, influenciar Trump, com quem falaram por videoconferência na passada quarta-feira. Objetivo: garantir que a discussão do futuro do país invadido passe por Kiev.

O presidente norte-americano colocou já sobre a mesa dois possíveis desfechos: a cimeira de Anchorage produz resultados positivos e haverá novo encontro, incluindo já o presidente ucraniano, ou não produz qualquer resultado e o processo cai por terra.

A Rússia de Putin continua a reclamar que a Ucrânia abra mão de quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Zaporizhia e Kherson, a somar à Crimeia, assim como do armamento ocidental e das aspirações de adesão à NATO. Exigências rejeitadas por Kiev.

"Haverá concessões mútuas no que diz respeito às fronteiras, aos territórios", atirou Trump na antecâmara do encontro desta sexta-feira.

Foto: Leah Millis - Reuters
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RTP /

Ucranianos aguardam com expetativa encontro entre Trump e Putin

Após três anos e meio do início da invasão russa na Ucrãnia, os ucranianos desejam um cessar-fogo mas não querem perder as quatro regiões que Moscovo foi anexando ao longa da sua ofensiva: Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia, Kherson, sem esquecer a Crimeia ocupada desde 2014.
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RTP /

RTP na Ucrânia. Peritos desconfiam da iniciativa de Trump

Foto: Gleb Garanich - Reuters

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Manifestação pró-Ucrânia no Alasca antes de encontro entre Trump e Putin

Nathaniel Wilder - Reuters

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Encontro trilateral com Zelensky e Putin será obrigatório após cimeira no Alasca, defende Trump

Yulia Morozova - Reuters

Nas vésperas do encontro entre os líderes dos EUA e Rússia, o presidente norte-americano Donald Trump está pronto para apresentar ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, uma proposta que inclui várias concessões económicas à Rússia em troca pela paz na Ucrânia.

A proposta inclui vários incentivos, entre os quais o acesso aos recursos naturais do Alasca, bem como aos minerais de terras raras ucranianos e o levantamento de algumas sanções contra a indústria aeronáutica russa, segundo o The Telegraph, citado na Euronews, nesta quinta-feira.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e outros altos funcionários da Administração estão, aparentemente, a preparar as propostas para sexta-feira.

As expectativas sobre a reunião no Alasca entre Putin e Trump são cada vez mais altas, embora Donald Trump já tenha dito, neste mesmo dia, que esta reunião serve para "abrir caminho para uma outra. 

Sublinhou a necessidade de um encontro seguinte e esse já contará com o presidente da Ucrânia. Será então uma cimeira trilateral.

"A segunda reunião será muito, muito importante, porque será aquela em que eles - Putin e Zelensky - chegarão a um acordo. E não quero usar o termo 'dividir as coisas', mas, de certa forma, não é um termo mau", defendeu Trump.

De qualquer forma, o presidente dos EUA disse estar esperançoso de que Putin esteja pronto para um acordo sobre a Ucrânia, porém o Kremlin já alertou contra a expectativa de um grande resultado da reunião do Alasca.

Na mesma entrevista à Fox News e perante todo o contexto de pressão internacional, o presidente dos EUA estimou o risco das conversações no Alasca não serem bem sucedidas em “25 por cento”.

A cimeira bilateral no Estado norte-americano será centrada sobretudo nas possibilidades de paz na Ucrânia, não estando prevista a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O encontro entre Trump e o seu homólogo russo irá realizar-se numa base aérea dos EUA, nos arredores de Anchorage.

Entretanto, uma intensa ofensiva russa a alvos ucrânianos e a exclusão de Zelensky da reunião de sexta-feira fez aumentar os receios na Europa de que Trump e Putin possam chegar a um acordo que force concessões territoriais à Ucrânia. 

O líder dos EUA inicialmente adiantou que "haveria concessões em fronteiras e territórios", mas reencaminhou esse tópico para falar com líderes europeus na quarta-feira.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também enfatizou que, embora a reunião do Alasca possa ter sucesso na interrupção dos combates na Ucrânia a curto prazo, vai ser preciso mais tempo para se atingir uma solução de paz duradoura.
Rússia diz que não vai assinar nenhum documento

Entretanto, também nesta quinta-feira, a presidência russa comunicou que prevê "discussões complexas" na reunião no Alasca e observou que não vão assinar nenhum documento.

"Não é esperado. Nada foi preparado. Dificilmente haverá um documento", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em declarações à televisão pública russa, a propósito da possibilidade de os dois presidentes subscreverem um texto formal sobre a guerra na Ucrânia.

O porta-voz afirmou que o lado russo parte para a reunião com "boa vontade política demonstrada pelos presidentes de ambos os países para resolver os problemas através do diálogo" e que serão abordadas "as questões mais difíceis".

Quando questionado se os dois líderes planeiam discutir uma troca de territórios entre a Rússia e a Ucrânia para resolver o conflito, Peskov respondeu que "obviamente, serão abordadas questões relacionadas com a solução ucraniana", ressalvando que esse "é um assunto muito complexo e multifacetado".

O líder russo "explicará os acordos e entendimentos alcançados" numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo norte-americano, referiu Peskov.

Na véspera da cimeira, Putin elogiou os esforços "enérgicos e sinceros" dos Estados Unidos para pôr fim aos combates na Ucrânia.

c/ Lusa
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