Luís Montenegro em Kiev para levar "apoio" e "afeto" a encontro com Zelensky

O primeiro-ministro português está este sábado na Ucrânia. É a primeira vez que Luís Montenegro visita o país e é também o primeiro líder europeu a visitá-lo depois do Conselho Europeu de quinta-feira.

RTP /
Foto: Manuel de Almeida - Lusa

Luís Montenegro chegou na manhã deste sábado a Kiev, onde tem encontro marcado com o presidente ucraniano. Até hoje, o chefe de Governo só teve dois encontros presenciais com Volodymyr Zelensky.

O primeiro foi em Lisboa, a 28 de maio de 2024, quando Zelensky visitou Portugal e foi assinado um acordo bilateral de cooperação e segurança.

O segundo foi em Copenhaga, a 2 de outubro deste ano, quando se encontraram à margem de uma cimeira e discutiram o apoio português continuado a Kiev.

Esta é a primeira visita de Luís Montenegro à Ucrânia, país invadido pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022 , desde que chefia o Governo PSD/CDS-PP.

O líder do Executivo português, acompanhado pelo ministro da Defesa, Nuno Melo, viajou num comboio noturno para Kiev a partir da estação ferroviária de Medyka (Polónia), tendo desembarcado na estação ferroviária de Kiev às 08h13 (menos duas horas em Lisboa).

Durante a sua presença na capital ucraniana, no plano institucional, além da reunião com Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro português terá também um encontro com a sua homóloga ucraniana, Yulia Svyrydenko, e com o presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk.
Visita a Kiev tem "significado especial"
Luís Montenegro falou aos jornalistas à chegada à estação ferroviária de Kiev, dois dias depois de um Conselho Europeu que aprovou um apoio de 90 mil milhões de euros para a Ucrânia nos próximos dias.

"Esta visita é sobretudo a expressão - e não propriamente um anúncio - de um apoio que tem sido continuado desde o primeiro minuto em que a agressão injustificada, injusta da Rússia se iniciou, que Portugal tem estado ao lado da Ucrânia e dos ucranianos", afirmou.

Montenegro admitiu que, apesar de já ter feito várias viagens neste ano e meio à frente do Governo PSD/CDS-PP, esta visita à Kiev tem "um significado muito especial por estarmos num país que foi agredido, está a ser agredido, invadido, está sob guerra".

"Mais do que qualquer outro, está naturalmente mais carente da nossa solidariedade e da nossa proximidade, para não dizer mesmo do nosso afeto, é isso que nós também trazemos", afirmou.

O primeiro-ministro português acrescentou que, nesta altura, "a Ucrânia precisa de apoio financeiro, não vale a pena ignorá-lo".

"Portugal tem-no feito do ponto de vista bilateral, Portugal tem ajudado a Ucrânia em múltiplos programas da mais variada índole: do ponto de vista humanitário, do ponto de vista social, do ponto de vista militar, do ponto de vista político, mas Portugal tem também uma relação que é uma relação de proximidade entre as nossas comunidades e os governos também têm a obrigação de representar e expressar pelo povo aquilo que o povo todo sente", afirmou.

c/ Lusa
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