Mundo
Guerra na Ucrânia
Macron sublinha que futuro da Ucrânia "não pode ser decidido sem ucranianos"
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou este sábado que a o futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem a participação dos ucranianos. Declarações após um telefonema com Volodymyr Zelensky, menos de uma semana da cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin, que irá decorrer a 15 de agosto no Alasca.
É mais uma reação à anunciada cimeira entre os líderes norte-americano e russo na próxima semana, no Alasca. O presidente ucraniano vincou desde logo que não haverá cedências de território a Moscovo e agora foi a vez do presidente francês, que recorreu à rede social X para reiterar a posição de Kiev, mas também da Europa.
"O futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos, que lutam pela sua liberdade e segurança há três anos. Os europeus também são necessariamente parte da solução, porque a sua segurança depende disso", afirmou Emmanuel Macron.
Na sexta-feira, Washington e Moscovo anunciaram um encontro entre o presidente norte-americano e o homólogo russo na próxima sexta-feira, no Alasca.
Vladimir Putin deverá atravessar o Estreito de Bering, entre território russo e norte-americano, para reunir com Donald Trump. Alvo de um mandado de captura por parte do Tribunal Penal Internacional, o líder russo não correrá qualquer risco nesta deslocação, uma vez que os Estados Unidos, tal como a Rússia, não são signatários.
“Os ucranianos não vão oferecer a sua terra ao ocupante”, vincou, sublinhando a importância de uma paz "real e genuína".
"O futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos, que lutam pela sua liberdade e segurança há três anos. Os europeus também são necessariamente parte da solução, porque a sua segurança depende disso", afirmou Emmanuel Macron.
O chefe de Estado francês conversou ao telefone com o homólogo ucraniano este sábado, tendo também estado em contacto com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
"Haverá troca de territórios"
Na sexta-feira, Washington e Moscovo anunciaram um encontro entre o presidente norte-americano e o homólogo russo na próxima sexta-feira, no Alasca.
Vladimir Putin deverá atravessar o Estreito de Bering, entre território russo e norte-americano, para reunir com Donald Trump. Alvo de um mandado de captura por parte do Tribunal Penal Internacional, o líder russo não correrá qualquer risco nesta deslocação, uma vez que os Estados Unidos, tal como a Rússia, não são signatários.
Quanto às negociações que terão lugar na próxima semana, Donald Trump já deixou alguns sinais de que poderá avançar com um acordo de paz para a Ucrânia a troco de cedências territoriais significativas.
"Haverá alguma troca de territórios para o bem de ambos", afirmou o presidente norte-americano na sexta-feira, sem especificar em que poderá consistir esta possibilidade.
Em resposta a estes desenvolvimentos, Volodymyr Zelensky já reiterou que este encontro no Alasca irá decorrer “muito longe” do local onde decorre a guerra e que o conflito “não pode ser terminado de forma alguma sem a Ucrânia”.
Qualquer decisão sem a participação da Ucrânia estará "morta à nascença", já que será "impraticável".
Qualquer decisão sem a participação da Ucrânia estará "morta à nascença", já que será "impraticável".
“Os ucranianos não vão oferecer a sua terra ao ocupante”, vincou, sublinhando a importância de uma paz "real e genuína".