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Guerra na Ucrânia
"Porquinhos". Vladimir Putin insulta líderes europeus e diz que irá obter o que quer na Ucrânia
O presidente russo atacou esta quarta-feira os líderes europeus, chamando-lhes "porquinhos". Garantiu ainda que a Rússia irá alcançar os seus objetivos na Ucrânia, seja pela diplomacia, seja pela via militar.
"Os objetivos da operação militar especial serão, sem dúvida, alcançados", avisou Putin, durante uma reunião anual com o Ministério da Defesa.
O presidente russo alegou ainda que a anterior Administração norte-americana "conduziu deliberadamente" a tensão entre Kiev e Moscovo, desencadeada em 2014, "para um conflito armado", por acreditar numa capitulação ou na destruição do poder russo em pouco tempo.
Putin atacou então os líderes europeus, acusando-os de seguirem de imediato a estratégia de Joe Biden.
Esta semana ficou marcada logo de início por reuniões entre representantes de Washington e de Kiev, sobre o plano de paz para a Ucrânia, proposto pelo atual presidente norte-americano, Donald Trump. O plano inicial de Trump cedia a praticamente todas as pretensões de Moscovo e várias cláusulas, como a cedência territorial, foram de imediato denunciadas pelos aliados europeus da Ucrânia.
Se a diplomacia não funcionar, a força será a alternativa, vaticinou.
"Se não querem uma discussão substancial", disse, "então a Rússia libertará as suas terras históricas no campo de batalha".
O que quer (agora) Putin
Putin pretende que Kiev ceda as restantes partes da região leste do Donbass ainda sob controlo ucraniano, exigência rejeitada liminarmente por Kiev.
Moscovo quer ainda impor limites rigorosos ao poderio militar ucraniano, proibir a presença de tropas ocidentais em território ucraniano e o fim do apoio militar ocidental.
Já Donald Trump mostrou-se simultaneamente otimista e cético quanto aos resultados da sua iniciativa de paz.
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As palavras de Putin esta quarta-feira fazem prever o fim das negociações, já que a liderança russa recusa ceder a qualquer pressão, política, económica ou militar.
O líder russo negou na mesma ocasião que esteja a planear invadir o território da NATO, afirmando, em vez disso, que a Aliança tinha começado a preparar-se para um possível confronto militar com a Rússia, com vista a 2030.
O presidente russo alegou ainda que a anterior Administração norte-americana "conduziu deliberadamente" a tensão entre Kiev e Moscovo, desencadeada em 2014, "para um conflito armado", por acreditar numa capitulação ou na destruição do poder russo em pouco tempo.
Putin atacou então os líderes europeus, acusando-os de seguirem de imediato a estratégia de Joe Biden.
"Os porquinhos da Europa juntaram-se imediatamente aos trabalhos do anterior governo norte-americano, esperando lucrar com o colapso do nosso país", acusou.
O manifesto desprezo de Vladimir Putin para com a liderança europeia não é novo. Moscovo está sob ameaça de ver 210 mil milhões de euros em ativos russos, congelados pela União Europeia ao abrigo de sanções impostas após a invasão de 2022, serem utilizados para apoiar a Ucrânia.
Quinta e sexta-feira, a questão será debatida durante a cimeira dos líderes europeus em Bruxelas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estará presente no primeiro dia, para pressionar a decisão a seu favor.
Portugal já se manifestou a favor do uso dos ativos congelados em apoio a Kiev, com algumas cautelas.
Pressão russaEsta semana ficou marcada logo de início por reuniões entre representantes de Washington e de Kiev, sobre o plano de paz para a Ucrânia, proposto pelo atual presidente norte-americano, Donald Trump. O plano inicial de Trump cedia a praticamente todas as pretensões de Moscovo e várias cláusulas, como a cedência territorial, foram de imediato denunciadas pelos aliados europeus da Ucrânia.
Os negociadores da Administração Trump referiram que as conversações em Berlim, domingo e segunda-feira, permitiram resolver cerca de 90 por cento das questões mais complexas.
Esta quarta-feira, Vladimir Putin mostrou-se claramente indisponível para ceder nas suas exigências, que refletem pretensões de controlo da Ucrânia e levaram à agudização do conflito entre Moscovo e Kiev.
Se a diplomacia não funcionar, a força será a alternativa, vaticinou.
"Se não querem uma discussão substancial", disse, "então a Rússia libertará as suas terras históricas no campo de batalha".
O que quer (agora) Putin
Putin pretende que Kiev ceda as restantes partes da região leste do Donbass ainda sob controlo ucraniano, exigência rejeitada liminarmente por Kiev.
Moscovo quer ainda impor limites rigorosos ao poderio militar ucraniano, proibir a presença de tropas ocidentais em território ucraniano e o fim do apoio militar ocidental.
Para aceitar tais imposições, a Ucrânia exige garantias de segurança aos seus aliados, que fiquem expressas no plano de paz. Terça-feira, os líderes europeus mostraram-se disponíveis para liderar uma "força multinacional na Ucrânia", com o apoio dos Estados Unidos.
Já Donald Trump mostrou-se simultaneamente otimista e cético quanto aos resultados da sua iniciativa de paz.
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As palavras de Putin esta quarta-feira fazem prever o fim das negociações, já que a liderança russa recusa ceder a qualquer pressão, política, económica ou militar.
O líder russo negou na mesma ocasião que esteja a planear invadir o território da NATO, afirmando, em vez disso, que a Aliança tinha começado a preparar-se para um possível confronto militar com a Rússia, com vista a 2030.