Volodymyr Zelensky e Donald Trump confiantes antes da sua reunião

O presidente ucraniano chegou à residência de Donald Trump na Florida, Mar-a-Lago, cerca das 18h30 em Portugal. Ambos falaram brevemente com os jornalistas antes de entrar.

RTP /

Trump explicou que tanto Zelensky como o presidente russo, Vladimir Putin, estão ambos a "falar a sério" sobre um plano de paz.

Garantiu ainda que a Ucrânia terá garantias de segurança "sólidas" em caso de plano de paz, acrescentando que que não tem outro prazo para além do fim da guerra. "Ou acabamos com isto ou muito mais pessoas vão morrer. Ninguém quer isso", afirmou Trump, referindo que se está "nas últimas etapas" de um plano de paz.

Donald Trump garantiu também que a Ucrânia receberá garantias de segurança "sólidas" caso seja alcançado um plano de paz para pôr fim à guerra que começou há quase quatro anos com a invasão russa.

"Haverá garantias de segurança. Serão sólidas. E os países europeus estão muito envolvidos", disse o presidente norte-americano.
O presidente dos EUA disse esperar uma reunião rápida, recordando que os dois irão ainda falar com os líderes europeus, antes de voltar a falar com os jornalistas. "Também vou ligar de volta ao presidente Putin depois da reunião, e continuaremos com as negociações", disse Trump.

Volodymyr Zelensky mostrou-se também otimista, afirmando que as equipas de negociação dos dois países sobre o plano de 20 pontos de Trump, apresentado há cerca de um mês, trabalharam com afinco e conseguiram bons resultados.

Questionado sobre os recentes ataques violentos da Rússia a Kiev, Donald Trump desvalorizou os bombardeamentos, recordando que também a Ucrânia tem atacado Moscovo.

Esta tarde, duas horas antes de se reunir com Zelensky, Trump falou com Putin ao telefone, referindo simplesmente que foi "boa e muito produtiva".

Washington e Moscovo "partilham a opinião" de que um cessar-fogo temporário "apenas prolongaria o conflito", referiu depois o Kremlin, levantando o véu sobre o eventual recado que Trump irá dar a Zelensky. Instou também Kiev a tomar "uma decisão corajosa" sobre o Donbass, para "pôr fim" à guerra.

O Kremlin acrescentou que os dois presidentes, russo e norte-americano, voltarão a falar ao telefone após o encontro do norte-americano com o ucraniano.


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