Em direto
Lacerda Sales ouvido na Comissão de Inquérito ao caso das gémeas

Brasil e China defendem solução política para a guerra na Ucrânia

por Lusa
Brasileiros e chineses querem acabar com estas imagens Sergey Kozlov - EPA

Os governos do Brasil e da China apelaram a uma solução política para a guerra na Ucrânia, numa declaração conjunta que visa estabelecer condições para um retorno à paz.

Reduzir a escalada da guerra e criar condições para o diálogo político são a base da proposta elaborada durante a visita à China do conselheiro especial da presidência e ex-chefe da diplomacia do Brasil, Celso Amorim, que se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

No documento, divulgado pela presidência brasileira, os dois países defendem que o diálogo e as negociações "são a única solução viável para a crise na Ucrânia" e pedem que Moscovo e Kiev não criem mais frentes de guerra, evitem a intensificação dos combates e "aumentem a ajuda humanitária".

Brasília e Pequim apelam também a que se evitem ataques contra civis e pedem mais proteção especial para as mulheres, crianças e prisioneiros de guerra.

No documento, os altos funcionários brasileiros e chineses propõem a realização de uma conferência internacional de paz a ser reconhecida por ambas as partes e apelam à comunidade internacional para que apoie todas as medidas necessárias para promover as conversações.

A proposta surge semanas antes da Conferência de Paz na Ucrânia, que se realiza na Suíça a 15 e 16 de junho. O evento deve contar com a presença de mais de 70 chefes de Estado, incluindo vários líderes latino-americanos, com exceção do Brasil, Nicarágua, Cuba e Venezuela.

A Rússia não foi convidada para o evento, que foi coordenado com o governo ucraniano.

Desde a invasão da Ucrânia, há mais de dois anos, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, tem mantido uma posição de neutralidade e defendido uma solução pacífica.

 

Tópicos
pub