Dezenas de milhares de indonésios manifestam-se para pedir fim da guerra em Gaza

por Lusa

Dezenas de milhares de indonésios manifestaram-se hoje em Jacarta para exigir o fim dos ataques do exército israelita contra a Faixa de Gaza, onde mais de 9.500 pessoas morreram nas últimas quatro semanas.

"Israel é o verdadeiro terrorista", "parem o genocídio em Gaza" e "apoiamos Gaza, Palestina livre" são algumas das mensagens nas faixas da manifestação em que muitos agitaram a bandeira palestiniana na capital indonésia, o país com o maior número de muçulmanos do mundo.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, e a candidata presidencial Anies Baswedan, bem como outros líderes políticos e religiosos, participaram na marcha que terminou no Monumento Nacional.

Vários grupos religiosos emitiram uma declaração conjunta, na qual exigem o fim imediato da guerra e uma investigação internacional sobre alegados "crimes de guerra e crimes contra a humanidade" que Israel possa ter cometido.

A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

Em 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre que já avançou até à Cidade de Gaza, a principal cidade da Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos, a Austrália, o Canadá e a União Europeia, entre outros, apelaram a pausas humanitárias para permitir a entrada de ajuda humanitária, mas Israel, que mantém um bloqueio a Gaza, recusa.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeita um eventual cessar-fogo temporário em Gaza se a libertação dos 241 reféns do Hamas não for garantida.

 

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