Incidentes no aeroporto de Makhachkala fazem cerca de 20 feridos
Hamas exorta Egito a tomar uma “posição decisiva” sobre o envio de ajuda a Gaza
“O Egito não deve permanecer um espectador e contentar-se com apelos para permitir a entrada de ajuda em Gaza”, disse Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do movimento islâmico palestiniano, num comunicado.
“Esperamos que o Egipto tome uma posição decisiva, permitindo a entrada de ajuda em Gaza o mais rapidamente possível”, acrescentou.
Lisboa palco de manifestação de apoio ao povo palestiniano
Ministras espanholas em manifestação de solidariedade com a Palestina
António Guterres descreve ataque a Gaza como uma catástrofe
Israel aumenta número de tropas na Faixa de Gaza
ONU alerta para colapso da "ordem pública" em Gaza
Rússia diz ter expulsado “cidadãos não autorizados” do aeroporto de Makhachkala
Autoridades dizem que situação no aeroporto de Makhachkala está “sob controlo”
Telavive insta Moscovo a proteger israelitas e judeus no Daguestão
"O Estado de Israel encara como graves as tentativas de ferir os cidadãos israelitas e judeus em qualquer lugar", adiantou o Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
Nas últimas horas, o aeroporto de Makhachkala, na região do Daguestão, foi encerrado depois de várias dezenas de pessoas terem invadido a pista do aeroporto após a aterragem de um avião proveniente de Israel.
Avisos de retirada para o sul de Gaza são agora "urgentes"
"Nas últimas duas semanas, temos apelado aos residentes do norte da Faixa de Gaza e da cidade de Gaza para se mudarem temporariamente para o sul. A deslocação para sul é para a sua segurança pessoal", adiantou o porta-voz principal do exército, Daniel Hagari, ao final da tarde de domingo.
Na mesma declaração, o responsável sublinhou que este é "um apelo urgente".
Acrescentou ainda que o número de pessoas confirmadas como reféns na Faixa de Gaza aumentou para 239 desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro.
Joe Biden pede aumento "dramático e imediato" da ajuda a Gaza
De acordo com uma declaração da Casa Branca, Joe Biden "enfatizou a necessidade de aumentar imediata e significativamente o fluxo de assistência humanitária para satisfazer as necessidades dos civis em Gaza” num telefonema com primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O mesmo apelo foi feito também, mas em separado, ao presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, adiantou a mesma fonte.
Rússia. Aeroporto de Makhachkala encerrado após invasão de manifestantes pró-Hamas
Vários vídeos publicados nas redes sociais mostram dezenas de homens a derrubarem barreiras e a arrombarem as portas dos terminais. Algumas imagens mostram também manifestantes a tentarem verificar os passaportes das pessoas que saíam do aeroporto em busca de cidadãos israelitas.
Um dos manifestantes podia ser visto a segurar uma placa onde se lia: “Assassinos de crianças não têm lugar no Daguestão”. Outros gritavam “Allah Akbar”.
In #Dagestan, a crowd stormed the building of Makhachkala airport in search of Jews from a flight from Tel Aviv. pic.twitter.com/TaBvakBKIE
— NEXTA (@nexta_tv) October 29, 2023
De acordo com o site Flightradar, um avião da Red Wings, proveniente de Telavive, aterrou às 19h00 locais (16h00 GMT) em Makhchkala. Segundo o meio de comunicação independente russo Sota, tratava-se de um voo de ligação que deveria descolar novamente em direção a Moscovo às 21h00 (19h00 GMT).
A autoridade de aviação russa Rosaviatsia anunciou que todos os voos com destino a Makhachkala estão a ser desviados para outros aeroportos.
Israel acusa Hamas de estar a fazer “manipulação psicológica” com a libertação de reféns
“As histórias publicadas pelo Hamas fazem parte da sua manipulação psicológica e pesam muito sobre toda a nação de Israel. O Hamas usa cinicamente aqueles com quem nos importamos, ele percebe a dor e a pressão que isso causa”, disse Yoav Gallant.
Gallant acrescentou que a recente intensificação dos ataques israelitas faz parte dos esforços para resgatar os reféns. “Se o Hamas não sentir pressão militar, nada vai avançar. Eles estão à procura do colapso da sociedade israelita a partir de dentro e usam os reféns desta forma brutal", afirmou.
O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinouar, disse no sábado que estava pronto para concluir “imediatamente” uma troca dos reféns que o seu grupo detém por “todos os prisioneiros palestinianos” detidos por Israel.
De acordo com os últimos dados das autoridades israelitas, cerca de 230 reféns raptados por pelo Hamas durante o ataque de 7 de Outubro estão detidos na Faixa de Gaza.
Guterres repudia ataques de Israel em vez de tréguas para entrar ajuda humanitária
EPA
António Guterres considera totalmente inaceitável o número de mortos e feridos registados desde o passado dia 7 de outubro.
Procurador do TPI afirma que impedir o envio de ajuda humanitária a Gaza pode constituir um crime
Durante uma conferência de imprensa no Cairo, no Egito, Karim Khan também disse que Israel deve fazer “esforços percetíveis” para garantir que os civis recebem alimentos básicos e medicamentos.
#ICC Prosecutor @KarimKhanQC was at the Rafah Border Crossing between Egypt and the Gaza Strip this weekend.
— Int'l Criminal Court (@IntlCrimCourt) October 29, 2023
Watch his remarks on the current situation in Israel and the State of Palestine. 👇 pic.twitter.com/Z22DMLaAv3
Khan também anunciou que o TPI tem em curso investigações sobre alegados crimes de guerra cometidos em Israel, Gaza e na Cisjordânia.
“Estamos a investigar de forma independente a situação na Palestina. Estamos a observar os acontecimentos em Israel. Precisamos de cooperação. Precisamos de ajuda. Mas teremos a determinação, a resistência e o profissionalismo para garantir que separamos as alegações dos factos”, garantiu.
ONG israelitas pedem fim de "deslocamento forçado" de palestinianos na Cisjordânia
Essas ONG pedem também a "paragem do deslocamento forçado de palestinianos das suas terras", que se agravou nas últimas semanas.
"Apelamos à comunidade internacional para que atue urgentemente para parar a onda de violência dos colonos apoiada pelo Estado que está a levar ao deslocamento forçado de comunidades palestinianas na Cisjordânia", afirmaram estas organizações, incluindo Amnistia Internacional, Associação pelos Direitos Civis em Israel, Betselem e Combatentes pela Paz.
As cerca de 30 ONG dizem que desde que eclodiu a guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas em Gaza, em 07 de outubro, a violência dos colonos israelitas contra os palestinianos na Cisjordânia aumentou muito e os seus ataques às comunidades agrícolas palestinianas levaram ao deslocamento forçado de famílias em pelo menos 10 cidades.
Nas últimas três semanas, desde o início do conflito, "os colonos têm explorado a falta de atenção pública à Cisjordânia e a atmosfera geral de raiva contra os palestinianos para intensificar a sua campanha de ataques violentos, numa tentativa de forçar o deslocamento de comunidades palestinianas", afirmam as ONG.
"Neste período, pelo menos 13 comunidades pastoris foram deslocadas" e "muitas mais correm o risco de serem forçadas a fugir nos próximos dias se não forem tomadas medidas imediatas", alertam.
Denunciam também que o atual Governo israelita de Benjamin Netanyahu, com parceiros de extrema-direita pró colonatos, "apoia" os ataques dos colonos "e nada faz para parar a sua violência".
"Os ministros do Governo e outros responsáveis apoiam a violência e, em muitos casos, o Exército israelita está presente ou mesmo envolvido na violência, incluindo em incidentes em que os colonos mataram palestinianos", referem.
Desde que a guerra começou em 07 de outubro, estima-se que os colonos tenham matado cerca de sete palestinianos na Cisjordânia e as ONG dizem que tem havido "um número crescente de incidentes em que foi documentado que colonos atacaram usando uniformes militares e armas fornecidas pelo Governo".
Perante isto, as ONG defendem que "a única forma de acabar" com esta dinâmica no território da Cisjordânia "é uma intervenção clara, forte e direta da comunidade internacional".
Israel assumiu o controlo da Cisjordânia em 1967 e, desde então, mantém um longo regime de ocupação militar e colonização do território palestiniano.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, principalmente civil, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.
Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.
Hezbollah diz ter derrubado drone israelita no sul do Líbano
O drone foi atingido perto de Khiam, a cerca de cinco quilómetros da fronteira com Israel, e foi visto a cair em território israelita, acrescentou o Hezbollah. Duas fontes de segurança no Líbano disseram que esta foi a primeira vez que o Hezbollah anunciou ter derrubado um drone israelita.
O exército israelita e o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão, no Líbano, têm trocado tiros diariamente desde o início do conflito em Gaza, há três semanas.
Netanyahu falou com Joe Biden
Guerra no Médio Oriente. Fim de semana de protestos em várias cidades
RSF diz que assassinato de jornalista da Reuters no Líbano foi um ataque direcionado
"De acordo com a análise balística realizada pela RSF, os tiros vieram do leste de onde os jornalistas estavam, da direção da fronteira israelense", disse a RSF. "Dois ataques no mesmo lugar num espaço de tempo tão curto (pouco mais de 30 segundos), vindos da mesma direção, indicam claramente um direcionamento preciso", acrescenta.
Os militares israelitas garantiram que não visam deliberadamente os jornalistas e que estão a investigar o incidente de 13 de outubro.
Cinco palestinianos mortos pelo exército israelita na Cisjordânia
Os cinco palestinianos, com idades entre os 29 e 35 anos, morreram na sequência de disparos do exército israelita.
Dois deles morreram no campo de refugiados de Askar, em Nablus, e os outros em incidentes em Beit Rima (a noroeste de Ramallah), no campo de refugiados de Dheisheh, em Belém, e em Tamoun (a norte da cidade de Jenin).
O exército israelita afirmou que, em Beit Rima, os soldados "abriram fogo" depois de terem sido atingidos por `cocktails molotov` durante uma "operação antiterrorista" na localidade.
Em Askar, houve "trocas de tiros" entre atiradores palestinianos e uma força israelita que entrou no campo de refugiados "para demolir a casa" de um ativista, segundo a mesma fonte.
Foram também registados confrontos armados com ativistas palestinianos durante uma operação de detenção na região de Jenin.
Mais de 110 palestinianos foram mortos na Cisjordânia em operações do exército israelita desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita Hamas, que a 07 de outubro desencadeou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
A situação na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, já era tensa antes da guerra, com frequentes incursões do exército israelita.
Milicianos palestinianos mortos por tropas israelitas no norte da Faixa de Gaza
Em comunicado, o exército israelita não precisou a que grupo pertenciam os milicianos mortos, descrevendo-os como "terroristas", acrescentando que os combates continuavam na zona, com foguetes a serem disparados de Gaza.
"Nas últimas horas, as Forças de Defesa de Israel (IDF) continuaram a atingir e a matar terroristas na Faixa de Gaza. Os soldados que operam perto do cruzamento de Erez identificaram vários terroristas que saíam da boca de um túnel e enfrentaram-nos, causando várias baixas, incluindo mortos e feridos", indicaram as IDF em comunicado.
Até 07 de outubro, quando o Hamas atacou o território israelita, matando mais de 1.400 pessoas e raptando mais de 200, a passagem de Erez era o local por onde milhares de habitantes de Gaza entravam em Israel em busca de trabalho ou de tratamento médico.
De acordo com o exército israelita, o Hamas construiu túneis perto da passagem de Erez para atacar o território israelita ou as unidades militares que patrulham a zona.
Os `drones` do exército israelita "atingiram duas bases de operações do Hamas e mataram" vários militantes do grupo, refere ainda o comunicado.
Entretanto, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, afirmaram hoje em comunicado que atacaram vários veículos blindados israelitas a oeste do posto fronteiriço de Erez, alguns dos quais foram atingidos e incendiados "com as tripulações no interior".
"Os nossos combatentes estão atualmente envolvidos em violentos combates com armas automáticas e anti-tanque, contra as forças de ocupação que realizam uma incursão no noroeste de Gaza", indicaram as Brigadas Ezzedine al-Qassam.
As brigadas al-Qassam também anunciaram recentemente que dispararam "bombas e foguetes" contra uma posição militar israelita em Erez.
Até ao momento, mais de 8.000 pessoas foram mortas e mais de 20.000 ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas em Gaza desde 07 de outubro.
Biden diz que líderes do Médio Oriente devem considerar solução de dois Estados
"Não há como voltar ao estado em que se estava em 06 de outubro", disse Biden, em declarações aos jornalistas, referindo-se ao dia anterior ao grupo islamita palestiniano Hamas, considerado terrorista por Washington e pela União Europeia, atacar Israel e desencadear a recente guerra.
Essa mensagem do Presidente dos Estados Unidos foi também transmitida, diretamente, pelo próprio ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante um telefonema entre ambos na semana passada.
"Isso também significa que, quando esta crise acabar, deve haver uma visão do que vem a seguir e, na nossa opinião, deve ser uma solução de dois Estados", afirmou Biden, considerando que um acordo nesse sentido para resolver o conflito israelo-palestiniano deveria ser uma prioridade.
Sobre a solução de dois Estados, Benjamin Netanyahu disse que poderia ser uma nova etapa "longa e difícil".
A solução de dois Estados -- em que Israel coexistisse com um Estado palestiniano independente -- tem sido tentada por presidentes dos Estados Unidos e diplomatas do Médio Oriente há décadas. A questão foi colocada em segundo plano desde que o último esforço de negociações de paz liderado pelos Estados Unidos fracassou em 2014 devido a divergências sobre a libertação de prisioneiros palestinianos e outras questões.
A criação de um Estado palestiniano é algo que Biden raramente abordou no início da sua presidência. Durante a sua visita à Cisjordânia, em 2022, Biden disse que "o terreno não está maduro" para novas tentativas de alcançar uma paz permanente, mas reiterou aos palestinianos o apoio de longa data dos Estados Unidos à criação de um Estado.
Agora, num momento de maior preocupação de que a guerra entre Israel e Hamas possa evoluir para um conflito regional mais amplo, Biden começou a enfatizar que, uma vez cessados os bombardeamentos e tiroteios, o trabalho em prol de um Estado palestiniano não deverá mais ser ignorado.
Até recentemente, Biden tinha colocado muito mais ênfase naquilo que a sua administração via como a ambição alcançável de normalizar as relações entre Israel e os seus vizinhos árabes do que em reiniciar as conversações de paz.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, principalmente civil, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.
Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.
Milhares de pessoas juntam-se em Lisboa numa marcha pró-Palestina
Hamas relata “combates violentos” com o exército israelita no norte de Gaza
“Os nossos combatentes estão atualmente envolvidos em combates pesados usando armas automáticas e antitanque com as forças de ocupação, realizando uma incursão no noroeste de Gaza”, anunciaram as Brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, num comunicado.
Gaza. Hamas diz ter lançado uma operação na retaguarda das tropas israelitas
Mais 24 camiões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza
Transportando alimentos, água e material médico, os camiões chegaram a Gaza depois de esta manhã terem chegado outros 10 camiões, tratando-se da primeira vez que dois contingentes entram no enclave num único dia desde que Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária, no passado dia 21.
Assim, são já 34 os camiões a entrar em Gaza hoje, depois de passarem a inspeção efetuada pelas autoridades israelitas no controlo fronteiriço. Os camiões fazem parte de um total de 40, encontrando-se mais seis a aguardar entrada, sem que se saiba quando o farão.
Este oitavo lote de ajuda não inclui combustível, um item vetado por Israel e considerado pelas autoridades locais fundamental para o funcionamento contínuo de hospitais, padarias e estações de purificação de água.
Com o comboio de 24 camiões, cifra-se em 118 os já entrados na Faixa de Gaza: 20 (dias 21 e 22), 14 (dia 23), oito (da 24), 12 (dia 26), 10 (dia 27) e 10 esta manhã.
O fluxo de ajuda humanitária que chega a Gaza gerou uma onda de condenações por parte das organizações não-governamentais (ONG) e da Organização das Nações Unidas (ONU), que alertou para o facto de a assistência que entra ser apenas "uma gota no oceano das necessidades" da população.
A ONU recordou também que, antes do início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, entravam diariamente em Gaza cerca de 500 camiões de ajuda humanitária, enquanto na última semana entraram em média 12 por dia.
O número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos israelitas desde o início da guerra com o Hamas, a 07 de outubro, ascende a pelo mais de 8.000, informou no domingo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Israel e o Hamas estão em guerra há três semanas, depois de o grupo islamita palestiniano ter atacado o território israelita, causando 1.400 mortos, cerca de 5.400 feridos e fazendo mais de 200 reféns, levados para Gaza.
Confrontos continuam entre forças israelitas e milícias libanesas
O porta-voz militar israelita informou em comunicado de "múltiplos lançamentos" de projéteis do território libanês em direção à área de Har Dov [como Israel intitula a zona das quintas de Cheba, reivindicadas pelo Líbano].
Em resposta, de acordo com o comunicado militar, o exército israelita "respondeu abrindo fogo contra o local de origem dos lançamentos".
Estes incidentes ocorrem após a intensa violência na zona de fronteira este sábado, que incluiu o lançamento de múltiplos foguetes e mísseis a partir do território libanês e numerosos ataques de retaliação israelitas contra diferentes alvos, muitos deles pertencentes ao grupo xiita libanês Hezbollah.
Este grupo libanês reivindicou hoje o novo ataque na fronteira, depois de sábado ter assumido a responsabilidade por duas séries simultâneas de ataques -- com foguetes e mísseis teleguiados -- contra posições militares israelitas.
Os ataques a partir do Líbano intensificaram-se no sábado após a expansão das operações terrestres israelitas na Faixa de Gaza na noite de sexta-feira, em paralelo com os piores bombardeamentos no enclave palestiniano registados desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A tensão entre as milícias do sul do Líbano e o exército israelita agravou-se a 08 de outubro, um dia após o ataque do Hamas contra o território de Israel, no qual mais de 1.400 pessoas morreram, cerca de 5.400 ficaram feridas e mais de 200 foram raptadas e levadas para a Faixa de Gaza.
Dez camiões com ajuda humanitária entram na Faixa de Gaza
"Hoje recebemos dez camiões dos nossos irmãos do Crescente Vermelho egípcio, através da passagem de Rafah, informou a organização humanitária palestiniana no Facebook, numa mensagem citada pela agência Europa Press.
De acordo com a publicação, no carregamento há alimentos e material médico.
O Crescente Vermelho da Palestina destacou que até ao momento entraram 94 camiões com ajuda humanitária desde o início do atual conflito, no dia 07 de outubro, quando anteriormente entravam na Faixa de Gaza aproximadamente uma centena de camiões diários.
A organização informou que "até ao momento não se permitiu a entrada de combustível", vital para o funcionamento dos geradores que abastecem os hospitais de Gaza com eletricidade.
O grupo islamita Hamas desencadeou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, matando mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e sequestrando mais de 200.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Netanyahu critica responsáveis pela segurança num ´tweet`que depois apaga e pede desculpa
"Nunca, em circunstância alguma, o primeiro-ministro foi alertado para as intenções beligerantes do Hamas", escreveu Benjamin Netanyahu na rede X (antigo Twitter).
"Todos os oficiais de segurança, incluindo o chefe dos serviços secretos militares e o chefe da segurança interna, sentiram que o Hamas tinha medo de agir e procurava um acordo. Esta é a avaliação que foi apresentada várias vezes ao primeiro-ministro e ao Conselho de Ministros por todos os oficiais de segurança e pela comunidade dos serviços secretos. Até ao momento em que a guerra rebentou", continuou o chefe do Governo.
O tweet, que foi publicado a meio da noite após uma conferência de imprensa de Netanyahu, foi retirado de manhã e já não aparece no X, tendo sido substituído alguns minutos depois por um tweet com um pedido de desculpas.
"Eu estava errado. O que eu disse depois da conferência de imprensa não devia ter sido dito e peço desculpa. Apoio totalmente todos os responsáveis pela segurança. Apoio o chefe do Estado-Maior, os comandantes e os soldados do Tsahal (exército israelita) que estão na frente a lutar pela nossa casa. Juntos venceremos", escreveu Netanyahu.
טעיתי. דברים שאמרתי בעקבות מסיבת העיתונאים לא היו צריכים להיאמר ואני מתנצל על כך. אני נותן גיבוי מלא לכל ראשי זרועות הביטחון. אני מחזק את הרמטכ״ל ואת מפקדי וחיילי צה״ל שנמצאים בחזית ונלחמים על הבית. יחד ננצח.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 29, 2023
Na conferência de imprensa com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e Benny Gantz, membro do pequeno gabinete de guerra, o primeiro-ministro admitiu "um terrível fracasso".
"Houve aqui um fracasso terrível e será analisado até ao fim. Prometo que não ficará pedra sobre pedra. Para já, a minha missão é salvar o país e conduzir os soldados a uma vitória total sobre o Hamas e as forças do mal", declarou Netanyahu antes de publicar o tweet a incriminar os chefes militares.
Muitos analistas políticos em Israel acreditam que a carreira política de Netanyahu foi seriamente comprometida pela sua incapacidade de assegurar a proteção da população, um dos seus slogans eleitorais.
A gota de água para o líder do partido de direita Likud, que detém o recorde de maior mandato de um primeiro-ministro em Israel, sair poderá ser uma comissão de inquérito independente determinar a sua responsabilidade pela negligência que precedeu o massacre de 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, a maioria civis e a maior parte deles no dia do ataque do Hamas, segundo as autoridades locais.
No poder em Gaza desde 2007, o Hamas afirma que mais de 8.000 palestinianos, na maioria civis, morreram na sequência dos bombardeamentos desde o início dos conflitos.
A mensagem publicada por Netanyahu e o seu desmentido foram amplamente comentados hoje pela classe política e pelos meios de comunicação israelitas, e até o Hamas reagiu.
Protestos em Beirute em solidariedade com palestinianos de Gaza
A manifestação, organizada conjuntamente pelo grupo palestiniano Hamas, que controla Gaza, e pelo grupo islamita sunita libanês Jama'a Islamiya, inspirado na Irmandade Muçulmana, teve lugar perto da Praça dos Mártires, avança a Reuters.
Os manifestantes agitaram bandeiras palestinianas e as bandeiras das brigadas Al-Qassam, o braço armado do movimento Hamas, durante a manifestação, que ocorreu no momento em que as forças israelitas expandiram as suas operações terrestres em Gaza, parte do que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamou a segunda fase de uma guerra que já dura há três semanas.
"Parem o genocídio de Gaza", lia-se uma faixa.
Os manifestantes também entoaram cânticos: "Deus é o nosso objetivo, a jihad é o nosso caminho".
"Dizemos ao Egito que tem hoje a melhor oportunidade para reclamar a liderança do mundo árabe e islâmico, assumindo uma posição clara e corajosa", disse Omar Haymour, vice-secretário-geral da Jamaa Islamiya, à multidão, instando o Cairo a abrir a passagem fronteiriça de Rafah para a ajuda humanitária a Gaza.
O grupo acrescentou que o seu braço armado levou a cabo um ataque com foguetes contra Israel durante os últimos confrontos na fronteira libanesa, onde o Hezbollah, apoiado pelo Irão, também tem trocado tiros com as forças israelitas nas últimas semanas.
Haymour apelou ainda aos países árabes que assinaram acordos de paz com Israel para expulsarem os embaixadores israelitas e instou a Síria, que não tem um acordo de paz com Israel, a juntar-se à guerra ao lado do Hamas.
A televisão estatal síria afirmou que os ataques aéreos israelitas visaram os aeroportos internacionais de Alepo e Damasco no início deste mês. O presidente Bashar al-Assad não comentou os ataques.
Atriz acusada de publicar fotografias relacionadas com ataque do Hamas
A atriz Abdel Hadi, que vive na cidade de Nazaré, no norte de Israel, foi detida na segunda-feira e mantida sob custódia policial durante 48 horas por ter, segundo a polícia israelita, publicado na sua página do Facebook uma fotografia de um `bulldozer` a romper a vedação entre a Faixa de Gaza e Israel no início do ataque do Hamas a Israel, que matou mais de 1.400 pessoas, a maioria civis.
De acordo com ainda coma a polícia, Abdel Hadi, 37 anos, também publicou no Instagram uma fotografia de uma refém idosa, uma das cerca de 230 pessoas raptadas e levadas para Gaza, com a legenda: "esta senhora vai viver a aventura da sua vida".
Em comunicado, o Ministério da Justiça declarou que as fotografia evidenciavam "simpatia, incitamento e apoio a atos terroristas", sendo que, por enquanto, não foi marcada uma data para o julgamento.
Desde o início da guerra desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, numerosas testemunhas têm afirmado que pessoas da minoria árabe israelita e palestinianos de Jerusalém Oriental foram despedidos, expulsos das universidades ou presos por escreverem e postarem fotografias nas redes sociais, exprimindo a sua solidariedade para com os palestinianos da Faixa de Gaza.
Israel abre conduta de água em Gaza
A decisão foi tomada na sequência da crise da água em Gaza e destinava-se a conceder a Israel crédito internacional pelas suas ações militares contínuas na parte norte da Faixa.
Jerusalém está a tentar transferir a responsabilidade do abastecimento de água de Gaza para um segundo país.
Israel deve distinguir entre terroristas e civis
Numa entrevista à CNN, Sullivan apelou também ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu para "controlar" a violência dos extremistas judeus contra pessoas inocentes na Cisjordânia.
Reservas baixas de comida e combustível deixam Líbano à beira de desastre
"Entre o que está disponível no país agora, aquilo que está a chegar aos portos de Beirute e Tripoli e o que está para chegar nas próximas semanas, eu diria que temos reservas para dois ou três meses", diz em entrevista à Lusa o ministro.
A 22 de outubro, o governo libanês anunciou que está a desenvolver um plano de contingência, caso o país mergulhe numa guerra, face às ameaças do grupo xiita libanês Hezbollah, financiado pelo Irão, de atacar Israel.
Algumas das medidas neste plano incluem assegurar infraestruturas chave como o aeroporto de Beirute, que foi bombardeado por Israel durante a última guerra com o Hezbollah em 2006, e também as autoestradas principais e os portos do país, que fecharam durante esse conflito.
Dado que o Líbano é quase unicamente dependente de importações que chegam na sua grande maioria por via marítima, uma das preocupações principais do governo é assegurar as reservas de bens essenciais para os próximos meses. O ministro da Economia, responsável por esta área, explica à Lusa as dimensões deste desafio.
"Em 2006, quando começou a guerra, a Síria estava aberta. Tínhamos importações e exportações a entrar e a sair do país, as pessoas estavam a deixar o Líbano através da Síria após o nosso aeroporto ser atingido. Mas agora o aeroporto [de Damasco] também está a ser bombardeado e está fechado", diz Salam.
Portanto, diz o ministro, num cenário de guerra o Líbano poderá ficar isolado, e dependente das poucas reservas existentes no país, que foram altamente reduzidas após a explosão do porto de Beirute em 2020 e a consequente destruição dos silos onde estava "a única reserva nacional" de grãos e trigo.
Amin Salam diz que o governo está neste momento a tentar aumentar as importações, mas "os exportadores estão a pedir ao setor privado que pague à cabeça e estão a pedir liquidação em dinheiro para assegurar os pagamentos daquilo que estão a vender". Dada a vasta crise económica que assola o Líbano desde 2019, o setor privado não tem a capacidade de adiantar estes pagamentos.
Os efeitos da guerra em Gaza e dos conflitos entre o Hezbollah e Israel a sul do Líbano já se fazem sentir na economia. As companhias de seguro para a indústria marítima já começaram a cobrar preços mais altos ("premium") ou a retirar completamente a sua cobertura.
A decisão já causou um aumento de 2% a 3% nos preços, diz o ministro. No entanto, a maior preocupação entre o governo e o setor privado é que as companhias de transporte decidam, mesmo sem uma declaração oficial de guerra, que é demasiado arriscado continuar as exportações para o Líbano sem condições de segurança e que estanquem a entrega de bens essenciais ao país.
"Se houver um embargo marítimo, tudo o que estamos a discutir está em risco, porque tudo o que precisamos de importar vem do mar", diz Salam.
Amin Salam diz que, apesar dos efeitos imediatos, o grande fator de risco é a já existente crise económica que continua a afetar a confiança de investidores e dos próprios libaneses na economia.
"Qualquer pessoa que tenha nem que seja um dólar no Líbano, ou está a gastá-lo no Líbano ou está a entrar arranjar maneira de enviá-lo para fora do Líbano", diz Salam.
"Até pessoas que têm dinheiro num cofre em casa vão estar a pensar como é que podem tirar isto daqui porque alguém pode entrar dentro das suas casas. Portanto, o que está a acontecer não está a ajudar esta situação desafiante pré-existente", disse à Lusa o ministro.
Situação catastrófica em Gaza com o colapso da "ordem civil"
As linhas telefónicas e as ligações à internet estão, lentamente, a retomar o funcionamento na Faixa de Gaza, depois de um dia de corte quase total das comunicações.
Habitantes de Gaza desesperam com falta de alimentos
França e Reino Unido querem que apoio humanitário chegue rapidamente a Gaza
Os dois presidentes sublinharam ainda que a "barbárie do Hamas" não deve "minar as legítimas aspirações do povo palestiniano", segundo Downing Street.
De acordo com o Palácio do Eliseu, "os dois líderes concordaram que partilham esta abordagem comum baseada em três pilares inseparáveis: a luta contra o terrorismo, que requer cooperação internacional; a proteção das populações civis através do respeito pelo direito humanitário internacional e do acesso urgente à ajuda humanitária; e, do ponto de vista político, o relançamento das negociações para uma solução de dois Estados".
Reiteraram igualmente "o seu apoio comum ao direito de Israel a defender-se dentro dos limites do respeito pelas regras da guerra e do direito humanitário internacional", segundo o Palácio do Eliseu.
Presidente iraniano diz que forças israelitas em Gaza foram forçadas a retirar-se
"Os sionistas atacaram ontem Gaza numa operação em grande escala sem precedentes por ar, mar e terra, mas apesar de terem o apoio económico e as armas dos Estados Unidos e de vários países europeus, foram obrigados a retirar", disse Raisi numa entrevista à Al Jazeera.
O chefe de Estado iraniano sublinhou que este é o "segundo fracasso" de Israel depois da "Operação Dilúvio de Al Aqsa", em que milicianos do Hamas atacaram o território israelita a 07 de outubro, matando mais de 1.400 pessoas.
"Este segundo fracasso é muito maior e mais duro que o primeiro, porque no primeiro existia o fator surpresa, mas, no segundo, atacaram com um exército armado até aos dentes, mas a resistência obrigou-os a retirarem-se. Isto é outra grande vitória da nação palestiniana", observou.
Israel, por seu lado, não fez qualquer referência à retirada das suas forças, depois de ter confirmado, há algumas horas, que mantém a presença no norte do enclave palestiniano depois de uma nova expansão da operação terrestre.
Raisi reiterou, no entanto, o "apoio e defesa da resistência palestiniana".
"Não só nós, mas todos os países do mundo islâmico e todos os países independentes do mundo que não estão sob o controlo dos EUA devem apoiar e defender o movimento de resistência palestiniano", sublinhou.
Quanto aos avisos dos EUA de que o Irão ou o Hezbollah não devem intervir no conflito, Raisi recordou que "é curioso que os americanos digam aos outros para não intervir, enquanto dão todas as armas, materiais e instalações necessárias aos sionistas para os seus atos criminosos em Gaza, perante os olhos do mundo inteiro".
UE pede envio sem obstáculos de ajuda humanitária para Gaza
"Mais uma vez, apelo às partes envolvidas que permitam o acesso humanitário sem obstáculos e seguro a Gaza, agora. Isto deve ser ampliado", escreveu o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Janez Lenarcic, na rede social X (antigo Twitter).
O dirigente europeu sublinhou que a população de Gaza "depende da ajuda humanitária para sobreviver".
"A profundidade do seu desespero está além das palavras", acrescentou.
O número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza por bombardeamentos israelitas desde o início da guerra com o grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, aumentou para 8.005, informou hoje o Ministério da Saúde de Gaza. O porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, disse, numa conferência de imprensa, que entre os mortos há pelo menos 3.342 crianças, 2.062 mulheres e 460 idosos.
Al-Qudra acrescentou que desde o início da guerra, pelo menos 25 ambulâncias foram destruídas dentro da Faixa, controlada pelo grupo Hamas, e 57 estabelecimentos de saúde foram alvo de ataques.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) informou hoje sobre a invasão de milhares de pessoas aos armazéns e centros de distribuição da organização no centro e sul de Gaza, sublinhando que foram levados suprimentos armazenados no local.
Israel e o Hamas estão em guerra desde 07 de outubro, depois de o grupo islamita ter atacado o território israelita, deixando 1.400 mortos, cerca de 5.400 feridos e cerca de 230 reféns que foram levados para Gaza.
Soldado da UNIFIL ferido na fronteira entre Israel e o Líbano
O exército israelita e o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão no Líbano, têm trocado tiros diariamente desde o início do conflito em Gaza, há três semanas.
A UNIFIL disse no sábado que o seu quartel-general perto da cidade costeira libanesa de Naqoura também foi danificado por um projétil que aterrou no interior da base.
RTP em Israel. Bombardeamentos israelitas menos intensos este domingo
Nas últimas horas, foram bombardeadas 57 instituições de saúde em Gaza.
Armazéns da ONU em Gaza alvo de pilhagens
As Nações Unidas dizem que ordem civil está a colapsar. E voltam a alertar para a catástrofe humanitária devido ao esgotamento de alimentos, água e combustível.
OMS preocupada com evacuação do hospital de al-Quds
The @PalestineRCS report of evacuation threats to Al-Quds hospital in Gaza is deeply concerning.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) October 29, 2023
We reiterate - it’s impossible to evacuate hospitals full of patients without endangering their lives.
Under International Humanitarian Law, healthcare must always be protected.
Papa apela a cessar-fogo e libertação de reféns
"Cessem o fogo! Cessem o fogo! Cessem o fogo! Parem, irmãos e irmãs. A guerra é sempre uma derrota", disse e repetiu com veemência, por várias vezes, o líder da Igreja Católica.
O apelo do Papa Francisco foi feito após rezar a oração dominical do Angelus, da janela do Palácio Apostólico e diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.
Da mesma forma, o pontífice voltou a pedir que "em Gaza, em particular, se deixe espaço para garantir a ajuda humanitária" e instou à libertação imediata dos reféns.
"Não desistamos. Continuamos a rezar pela Ucrânia, também pela grave situação na Palestina e em Israel e pelos outros territórios em guerra", afirmou.
O líder da Igreja Católica teve, esta semana, uma conversa telefónica com o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na qual expressou a posição da Santa Sé sobre a situação na Terra Santa, "esperando que se possa conseguir uma solução de dois Estados e um estatuto especial para a cidade de Jerusalém", informou o Vaticano.
Noruega diz que resposta ao ataque do Hamas foi desproporcionada
"O direito internacional estipula que a reação deve ser proporcional. Os civis devem ser tidos em conta, e o direito humanitário é muito claro a este respeito. Penso que este limite foi largamente ultrapassado", afirmou Jonas Gahr Støre à rádio pública NRK.
"Cerca de metade dos milhares de pessoas mortas são crianças", afirmou.
Israel "tem o direito de se defender e reconheço que é muito difícil defender-se de ataques provenientes de uma área tão densamente povoada como Gaza", acrescentou. "Continuam a ser disparados foguetes de Gaza para Israel, e nós condenamos isso", frisou o primeiro-ministro norueguês.
Ao contrário dos seus vizinhos nórdicos, que se abstiveram, a Noruega votou na sexta-feira a favor da resolução não vinculativa das Nações Unidas que "apela a uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada, que conduza à cessação das hostilidades".
A resolução recebeu 120 votos a favor, incluindo França e Espanha, 14 contra, incluindo Israel e os Estados Unidos, e 45 abstenções, entre os 193 membros da ONU em Nova Iorque.
Número de mortos em Gaza subiu para 8.050
Irão adverte Israel para a "entrada em ação" de outras partes
"Os crimes do regime sionista ultrapassaram as linhas vermelhas, o que pode levar todos os outros a agir", advertiu o Presidente Raissi numa mensagem publicada no X (antigo Twitter).
"Washington pediu-nos para não fazermos nada, mas continua a dar um amplo apoio a Israel", acrescentou.
Numa entrevista ao canal Al Jazeera, Raissi afirmou que o Irão considera ser seu dever apoiar o "eixo da resistência", que inclui grupos armados como o Hamas e o Hezbollah no Líbano.
"Mas os grupos de resistência são independentes nas suas opiniões, decisões e ações", acrescentou.
Washington responsabilizou o Irão por alguns dos ataques contra as tropas americanas na Síria e no Iraque nos últimos dias, que feriram cerca de vinte soldados americanos.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, enviou "uma mensagem direta" ao líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, avisando-o contra novos ataques destes grupos.
"Os Estados Unidos conhecem muito bem as nossas capacidades militares" e "sabem que são impossíveis de derrotar", avisou Raissi, na entrevista ao canal do Qatar.
O Irão é um firme apoiante do Hamas, que está em guerra com Israel desde 07 de outubro, data em que o movimento islamita lançou um ataque surpresa contra o sul do estado hebraico com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que fizeram 1.400 mortos e 230 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel tem vindo a efetuar bombardeamentos incessantes na Faixa de Gaza, que intensificou recentemente.
O Irão saudou o ataque do Hamas de 07 de outubro como "um sucesso", mas negou ter tido qualquer envolvimento.
O Hamas, que está no poder em Gaza desde 2007, afirma que mais de 8.000 palestinianos, na sua maioria civis, foram mortos pelos bombardeamentos israelitas.
Para Raissi, "os países que não apoiam os palestinianos devem explicar por que razão não defendem aqueles que estão a ser mortos a defender legitimamente o seu país e a sua terra".
Exército israelita aumenta número de tropas em Gaza
"Durante a noite [de sábado para hoje], aumentámos" o número de forças do exército na Faixa de Gaza e estas tropas "juntaram-se às que já lá estão a lutar", declarou o contra-almirante Daniel Hagari.
"Estamos a aumentar gradualmente as operações terrestres e a extensão das nossas forças na Faixa de Gaza", acrescentou.
Durante a noite de sábado para hoje, um soldado israelita ficou gravemente ferido por morteiros no norte da Faixa de Gaza, e outro ficou com ferimentos ligeiros durante combates com membros do Hamas, havia indicado anteriormente o exército israelita.
Se for eleito. Trump garante apoio a 100% à causa israelita
Foto: Caroline Brehman - EPA
Israel pede evacuação imediata do hospital de al-Quds
❌Urgent: @PRCS has just received serious threats from the occupation authorities to immediately #evacuate Al-Quds Hospital in the #Gaza Strip, as it is going to be #bombarded. Since this morning, there has been raids 50 meters away from the hospital
— PRCS (@PalestineRCS) October 29, 2023
📢Please share widely.… pic.twitter.com/hmfbRVr1lg
"Desde esta manhã, tem havido ataques a 50 metros do hospital", acrescentou.
Israel vai permitir mais ajuda a Gaza
"Na próxima semana, planeamos aumentar a quantidade de assistência" dirigida a Gaza a partir do Egito, afirmou o coronel Elad Goren do Cogat, a agência do Ministério da Defesa israelita que coordena com os palestinianos.
"Marcámos uma zona humanitária no sul da Faixa de Gaza, na zona de Khan Younis, continuamos a recomendar que a população civil que foi retirada se dirija para esta zona", disse à imprensa durante um briefing online.
Goren não disse se a zona humanitária era nova ou uma área já existente.
Guterres alerta para situação "cada vez mais desesperada" em Gaza
Reiterando o seu apelo a um “cessar-fogo humanitário imediato” na Faixa de Gaza, o secretário-geral da ONU apelou “à entrega de ajuda humanitária sustentada numa escala que satisfaça as necessidades da população” do território palestiniano.
“O mundo está a testemunhar uma catástrofe humanitária que se desenrola diante dos nossos olhos”, afirmou António Guterres.
“Mais de dois milhões de pessoas, que não têm para onde ir em segurança, são privadas dos bens básicos da vida – comida, água, abrigo e cuidados médicos – enquanto são sujeitas a bombardeamentos implacáveis”, acrescentou o secretário-geral das Nações Unidas.
Crescente Vermelho avança que Israel pediu para evacuar hospital al-Quds
Milhares de pessoas invadiram armazéns da ONU em Gaza para levar alimentos e artigos de sobrevivência
Thomas White, diretor da agência da ONU em Gaza, disse no domingo que a invasão foi "um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a colapsar", após três semanas de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A UNRWA fornece serviços básicos a centenas de milhares de pessoas em Gaza.
As suas escolas espalhadas pelo território foram transformadas em abrigos que estão lotados com palestinianos deslocados pelo conflito.
Três palestinianos mortos hoje em ataques israelitas na Cisjordânia
Os três palestinianos foram mortos durante confrontos com o exército israelita respetivamente em Beit Rima, na região de Ramallah, em Tamoun, e no campo de refugiados de Askar, no norte da Cisjordânia, precisou o ministério.
O Exército israelita não fez qualquer comentário.
Mais de 110 palestinianos foram mortos na Cisjordânia na sequência de operações do exército israelita desde o início da guerra na Faixa de Gaza com o grupo islamita Hamas em 07 de outubro.
A guerra foi desencadeada pelo ataque mortal sem precedentes do movimento palestiniano em Israel.
A situação na Cisjordânia, ocupada desde 1967 por Israel, já era tensa antes desta guerra, com ofensivas regulares realizadas pelas forças de Talavive e também ataques de colonos israelitas contra a população palestiniana.
No sábado, um palestiniano de 40 anos que colhia azeitonas foi morto por um colono israelita numa aldeia na região de Nablus, segundo o Ministério da Saúde e o responsável local.
Netanyahu afirma que guerra vai ser longa e difícil
Netanyahu esteve reunido com familiares de reféns do Hamas
O Hamas mantém 220 reféns, que foram capturados no dia do massacre em Israel a 7 de outubro.
Novo balanço aponta para 8 mil mortos em Gaza desde o início da guerra
"O balanço de mortos na sequência da agressão israelita ultrapassa os 8.000, dos quais a maioria são crianças", indicou o ministério à AFP no sábado à noite.
O último balanço divulgado, no sábado de manhã, dava conta de 7.703 mortos e 18.967 feridos.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, matando mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e sequestrando mais de 200.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Exército israelita lança ataques perto do maior hospital de Gaza
Moradores disseram à agência de notícias Associated Press (AP) que os mais recentes ataques aéreos destruíram a maior parte das estradas que levam ao hospital, na Cidade de Gaza, que está lotado de pacientes e dezenas de milhares de palestinianos em busca de abrigo.
Um palestiniano refugiado no Sifa, Mahmoud al-Sawah, disse à AP por telefone que "chegar ao hospital tornou-se cada vez mais difícil". "Parece que eles querem isolar a área", acrescentou.
Outro residente da Cidade de Gaza, Abdallah Sayed, disse à agência que os bombardeamentos israelitas nos últimos dois dias foram "os mais violentos e intensos" desde o início da guerra, a 07 de outubro.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) não fizeram até ao momento qualquer comentário sobre os alegados ataques perto do Hospital Shifa.
Na sexta-feira, o porta-voz das IDF apresentou uma série de fotos aéreas e uma reconstituição em computador de como seria o dispositivo montado pelo Hamas nos hospitais do enclave, especialmente em Shifa.
O contra-almirante Daniel Hagari apresentou ainda gravações de áudio de interrogatórios de combatentes do Hamas capturados, que poderiam ter falado sob coação.
O governo do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, rejeitou as alegações como "mentiras" e disse que eram "um precursor de um ataque" ao hospital.
Em 17 de outubro, uma explosão destruiu um outro hospital de Gaza, o Hospital Al Ahli. O Hamas acusou Israel de ter atacado o hospital com um míssil e provocado cerca de 500 mortos.
O exército israelita divulgou depois uma série de provas, incluindo imagens e conversas intercetadas, para negar qualquer responsabilidade e atribuiu a explosão a um disparo falhado de um foguete pelas milícias palestinianas em Gaza.
Um relatório dos serviços secretos norte-americanos estima que terão morrido entre 100 e 300 pessoas na explosão.
Acesso à Internet restabelecido na Faixa de Gaza
"Dados de rede em tempo real mostram que a ligação à Internet está a ser restabelecida na Faixa de Gaza", disse na rede social X (antigo Twitter) a Netblocks, que monitoriza a conectividade dos utilizadores e a censura na Internet.
⚠️ Confirmed: Real-time network data show that internet connectivity is being restored in the #Gaza Strip; service was disrupted on Friday amid heavy bombardment by Israel, leaving most residents cut off from the outside world at a critical moment 📈 pic.twitter.com/I7hBa9L9I9
— NetBlocks (@netblocks) October 29, 2023
Um colaborador da agência de notícias France-Presse na Cidade de Gaza confirmou que conseguia aceder à Internet e à rede móvel, assim como contactar pessoas no sul do enclave palestiniano.
A empresa palestiniana de telecomunicações Paltel, a única operadora que presta serviço em Gaza, confirmou na sexta-feira o "corte completo" dos serviços de comunicações, telemóvel e internet, devido aos intensos bombardeamentos.
O corte poderia "servir para ocultar atrocidades em massa" na Faixa de Gaza, sujeita a uma iminente invasão terrestre israelita, alertaram no sábado dois grupos de defesa dos direitos humanos.
Num comunicado, uma responsável da organização não governamental (ONG) Human Rights Watch, Deborah Brown disse que "este apagão de informação" poderia "servir para ocultar atrocidades em massa e contribuir para a impunidade das violações dos direitos humanos".
Também a Amnistia Internacional avisou que seria "ainda mais difícil obter informações e provas essenciais sobre as violações dos direitos humanos e crimes de guerra cometidos contra civis palestinianos em Gaza, e ouvir diretamente aqueles que sofrem essas violações".
"Os civis palestinianos já estão sitiados na Faixa de Gaza e agora também estão presos num completo apagão de comunicações", lamentou no sábado a ONG de defesa dos direitos humanos, que disse ter perdido contacto com o seu pessoal no enclave.
O primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Shtayé, denunciou na sexta-feira o corte total da internet na Faixa de Gaza como uma tentativa de Israel para "obscurecer" o que se passa no enclave palestiniano, controlado pelo movimento islamita Hamas.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinianos manifestou a sua preocupação com a segurança dos jornalistas que trabalham na Faixa de Gaza, após os cortes.
O sindicato denunciou a situação como um prelúdio de novos massacres que Israel planeia levar a cabo na Faixa de Gaza, "longe das câmaras dos jornalistas", tal como noticiado pela agência de notícias palestiniana WAFA.
O Crescente Vermelho palestiniano alertou na sexta-feira que perdeu completamente o contacto com a sala de operações em Gaza e todas as suas equipas que aí se encontram.
Ponto da situação
- Israel reitera o aviso à população no norte da Faixa de Gaza. O exército vai intensificar as operações por terra, ar e mar.
- Um porta-voz diz que as forças de Israel estão a passar à próxima fase da guerra contra o Hamas. Os palestinianos devem dirigir-se para sul onde estão, diz, os esforços de ajuda humanitária vão ser reforçados este domingo.
- Os ataques aéreos israelitas estão a atingir áreas perto do maior hospital de Gaza, destruindo estradas que levam ao local. Este tem sido um importante abrigo para palestinianos que fogem dos bombardeamentos.
- Em vinte e quatro horas atacaram mais de 450 alvos, identificados como sendo do Hamas.
- A operação de Telavive é descrita pelo grupo terrorista e por vários residentes como "os mais violentos desde o início da guerra", a 7 de outubro.
- As incursões israelitas acontecem na Faixa de Gaza mas também na Cisjordânia. Esta noite foram mortos três palestinianos em raides aéreos nas cidades de Nablus, Ramallah e Tubas. Sobe para cento e catorze o número de palestinianos mortos na região.
- Tendo em, conta o agravar da situação, o Conselho de Segurança da ONU agendou uma reunião de emergência para a tarde desta segunda-feira, a pedido dos Emirados Árabes Unidos.