Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Cristina Sambado, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Ronen Zvulun - Reuters

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Momento-Chave
por RTP

Israel libertou mais trinta prisioneiros palestinianos

Trinta palestinianos, todos mulheres e menores detidos em prisões israelitas, foram libertados durante a noite desta quinta-feira em conformidade com o acordo de trégua entre Israel e o Hamas, anunciou a Autoridade Prisional de Israel.

Estes prisioneiros foram libertados poucas horas antes do fim previsto da trégua, após a libertação anterior pelo Hamas de oito reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza.

Desde a sua entrada em vigor, a 24 de novembro, o acordo de trégua entre Israel e o Hamas já permitiu a libertação de 110 reféns, incluindo 80 mulheres, crianças e jovens com menos de 19 anos, israelitas ou cidadãos com dupla nacionalidade.

Em troca, Israel libertou 240 prisioneiros palestinianos.
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Momento-Chave
por Lusa

ONU considera corretos os números divulgados pelo Ministério da Saude de Gaza

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que os números divulgados pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, sobre mortos e feridos no confronto atual com Israel "são fundamentalmente corretas".

A consideração foi avançada hoje por Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Israel tem criticado com frequência aqueles números, considerando-os exagerados, no que já foi secundada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, que em 27 de outubro disse que "não confiava nos números que os palestinianos estão a utilizar".

O embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, também já se queixou de que a ONU e as suas agências tomam os números do Hamas "como a palavra de Deus", enquanto desprezam os que o seu governo fornece.

Porém, os organismos da ONU presentes na Faixa de Gaza sublinharam que, em este como em conflitos anteriores, as informações fornecidas pelas autoridades da Faixa de Gaza são de confiar.

Hoje, Dujarric voltou a deixar isto claro: "Temos visto que no fundamental (esses números) são corretos".

As operações militares de Israel na Faixa de Gaza, iniciadas depois dos ataques do Hamas, que causaram 1.200 mortos em território israelita em 07 de outubro, já estão com um saldo de mais de 15 mil mortos e a deslocação forçada de 1,7 milhões de palestinianos.

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por RTP

Morreu civil israelita abatido por forças de Israel esta manhã durante tiroteio em Jerusalém

Um civil israelita morreu devido aos ferimentos que sofreu ao ser abatido por forças de segurança em Jerusalém, quando estas tentavam neutralizar dois atiradores palestinianos que abriram fogo contra transeuntes numa paragem de autocarro.

Imagens vídeo do ataque publicadas nas redes sociais mostram o civil a erguer as mãos e a implorar aos soldados para não disparar, antes de ser atingido e cair no chão, informou o jornal israelita Haaretz.

É a quarta vítima mortal do ataque.
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por RTP

Catar anuncia que 30 palestinianos vão ser libertados em troca por 10 reféns do Hamas

O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, Majed al Ansari na rede X, frisando que os dois russos libertados ontem foram incluídos na lista de hoje.
"De acordo com os termos do 7º dia do acorde de pausa humanitária, 30 palestinianos vão ser libertados hoje em troca pela libertação de 10 reféns em Gaza Os dois russos libertados ontem estão incluidos na lista", escreveu al Ansari.

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Momento-Chave
por RTP

Mais seis reféns israelitas libertados e "a caminho de Israel", anuncia exército

Os seis foram entregues pelo Hamas â Cruz Vermelha que confirmou depois a receção e passagem dos reféns a Israel.

Duas outras reféns tinham sido libertadas há algumas horas, ascendendo a oito o número total de reféns do Hamas libertados esta quinta-feira.

São ao todo sete mulheres e um homem.
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Momento-Chave
por RTP

Fonte do Hamas diz que grupo está "pronto" a prolongar as tréguas

Fonte do grupo afirmou à Agência France Press, sob anonimato, a predisposição do grupo islamita a continuar a pausa para troca de reféns por prisioneiros.
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por RTP

RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

Os enviados especiais Paulo Jerónimo e José Pinto Dias relatam a partir de Israel o processo de negociação e troca de reféns israelitas por presos palestinianos.

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Momento-Chave
por RTP

Ataque do Hamas não parou negociações para extenção do cessar-fogo

Apesar de o Hamas ter lançado um ataque em Jerusalém no meio de uma trégua, continua a ser negociada a extensão do cessar-fogo. As negociações estão a ser levadas a cabo pelo Egito e pelo Catar.

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por RTP

Atentado do Hamas matou três civis israelitas em Jerusalém

O Hamas lançou um ataque em Jerusalém em plena trégua com Israel. O atentado matou três civis israelitas e foi captado por câmaras de videovigilância. As imagens podem chocar os espectadores.

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por RTP

Blinken. EUA querem zonas "seguras" para civis no sul e centro de Gaza caso Israel retome ofensiva

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, confirmou em conferência de imprensa em Telavive que a Administração Biden tem requerido a Israel a implementação de zonas seguras para civis no sul e centro da Faixa de Gaza, próximo alvo provável das forças israelitas caso a pausa para troca de reféns seja suspensa. 

O governo israelita já prometeu retomar a ofensiva contra o Hamas caso isso suceda. "Israel tem uma das forças militares mais sofisticadas do mundo. É capaz de neutralizar a ameaça colocada pelo Hamas ao mesmo tempo que minimiza os danos a homens, mulheres e crianças inocentes. E tem obrigação de o fazer", afirmou Blinken. 

O secretário de Estado apelou igualmente ao prolongamento das tréguas "por um oitavo dia e ainda mais".

"É evidente que queremos que este processo continue a avançar", disse o chefe da diplomacia de Washington, após uma visita a Israel e à Cisjordânia, a poucas horas do fim da trégua entre as partes, às 07:00 locais (05:00 em Lisboa) de sexta-feira.


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por Lusa

Reconhecimento do Estado da Palestina "é algo que deve acontecer" defende MNE

Portugal considera que o reconhecimento do Estado da Palestina "é algo que deve acontecer", mas em coordenação com "alguns parceiros próximos" e num "momento com consequência para a paz", disse hoje à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.

"Nós olhamos para o reconhecimento não como algo que pode acontecer, mas como algo que deve acontecer, sendo ainda para já indeterminado o momento correto em que deve acontecer", afirmou hoje João Gomes Cravinho, a propósito da posição do chefe do Governo espanhol e atual presidente do Conselho da União Europeia (UE), Pedro Sánchez, que admitiu a possibilidade de Espanha reconhecer o Estado palestiniano unilateralmente, à margem da UE e de outros Estados-membros do bloco comunitário.

"Temos essa disponibilidade, mas faz sentido utilizar esta carta, que só se pode jogar uma vez, de uma maneira que tenha impacto e, para ter impacto, convinha que houvesse alguma coordenação com alguns parceiros mais próximos", indicou o chefe da diplomacia portuguesa, que falava à Lusa por telefone à margem da reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que decorre hoje e sexta-feira em Skopje, Macedónia do Norte.

Gomes Cravinho comentou que "não vai haver um reconhecimento coletivo" por parte da UE, porque "diferentes países têm diferentes posições", mas, salientou, "pode haver um reconhecimento por parte de cinco ou seis países europeus e aí já faria sentido Portugal participar nesse movimento".

Nesse sentido, adiantou ter discutido quais as condições para este reconhecimento, em janeiro deste ano, com "colegas do Luxemburgo, Irlanda, Eslovénia e Bélgica", e manifestou no parlamento português essa disponibilidade de Portugal.

Por outro lado, o ministro salientou que o momento para adotar essa posição teria de ser bem escolhido.

"Que fosse um momento com consequência, que tivesse consequência em termos da promoção da paz no Médio Oriente" e para a "dinâmica dos dois Estados" - Israel e Palestina, assinalou.

"Aquilo que nos parece importante é que haja condições para se começar a discutir aqueles que são os problemas que todos conhecemos: a falta de continuidade do território palestiniano, o estatuto de Jerusalém Leste. São diversos os problemas, que são os mesmos desde sempre", elencou.

Agora, sublinhou, vive-se "uma urgência que é completamente diferente, na medida em que todos reconhecem hoje que os eventos terríveis, horríveis, das últimas semanas, voltarão a ocorrer se não houver uma solução política nesse sentido".

A posição de Portugal sobre o reconhecimento do Estado da Palestina "é de grande continuidade", disse, resumindo: "Aí, estamos muito à vontade".

Em dezembro de 2014, o parlamento português aprovou, com os votos do PSD, PS e CDS-PP, um projeto de resolução da então maioria que suportava o Governo liderado por Pedro Passos Coelho e da bancada socialista, instando o executivo a "reconhecer, em coordenação com a União Europeia, o Estado da Palestina como um Estado independente e soberano, de acordo com os princípios estabelecidos pelo direito internacional".

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por Lusa

Casa Branca "condena ataque terrorista" do Hamas em Jerusalém

A Casa Branca condenou hoje "o ataque terrorista" reivindicado pelo movimento islamita palestiniano Hamas que fez "pelo menos três mortos" em Jerusalém, indicou um porta-voz, John Kirby.

"É claro que condenamos este ataque terrorista, esta violência terrível", declarou Kirby à imprensa, acrescentando que o ataque constituiu "um novo exemplo da ameaça que o Hamas faz pesar sobre o povo israelita e a nação israelita".

O Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - reivindicou a autoria do ataque a tiro que hoje matou três pessoas em Jerusalém e apelou para uma "escalada da resistência" contra Israel.

Num comunicado, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) disse que num bairro de Jerusalém Oriental, dois irmãos, "membros das brigadas Ezzedine al-Qassam", se "sacrificaram ao levar a cabo uma operação" que "matou três colonos e feriu outros".

O grupo identificou os autores do ataque como os irmãos Murad Nemr, de 38 anos, e Ibrahim Nemr, de 30, e a polícia israelita confirmou que ambos foram abatidos a tiro.

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Momento-Chave
por Lusa

Presidente israelita aborda com homólogo dos Emirados a libertação dos reféns

O Presidente de Israel, Isaac Herzog, chegou hoje ao Dubai e reuniu-se com o seu homólogo dos Emirados, Mohamed bin Zayed, para abordar a "necessidade de atuar de qualquer forma para libertar os reféns israelitas" em poder do Hamas.

"O cerne da reunião do Presidente [israelita] com o Presidente dos Emirados Árabes Unidos [EAU] foi a necessidade de atuar de qualquer forma possível para libertar os reféns israelitas cativos" do Hamas, sendo sublinhado que essa libertação "é um dever humanitário para toda a família das nações e os líderes da região em particular", indicou um comunicado da presidência israelita.

Herzog apelou a Bin Zayed, que apelidou de "amigo", para utilizar "todo o seu peso político em promover e acelerar o regresso a casa dos reféns".

Por sua vez, o Presidente dos EAU e dirigente do Abu Dhabi, sublinhou "a obrigação e a necessidade de enviar ajuda humanitária a Gaza", de acordo com o comunicado israelita.

Herzog manterá diversas reuniões diplomáticas e vai participar e intervir na Cimeira de líderes mundiais que se inicia na sexta-feira, a par da Cimeira do clima COP28, onde poderá cruzar-se com o líder da Autoridade palestiniana, Mahmoud Abbas, apesar de a sua presença não estar confirmada.

Os Emirados Árabes Unidos normalizaram as relações com Israel em 2020 com os Acordos de Abraão, impulsionados pela administração do ex-presidente dos EUA Donald Trump.

Desde o início da mais recente guerra na Faixa de Gaza, iniciada na sequência do sangrento ataque do Hamas em 07 de outubro, que os EAU condenam as ações e a escalada do Estado judaico contra o enclave palestiniano controlado pelo Hamas, e que tem sido desde então bombardeado de forma indiscriminada.

O Egito e o Qatar, mediadores decisivos entre Israel e o Hamas, anunciaram hoje que intensificaram os esforços para prolongar a trégua na Faixa de Gaza em vigor desde sexta-feira passada por mais dois dias, e antes do fim do segundo prolongamento de apenas 24 horas.

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por RTP

John Kirby garante apoio contínuo dos EUA a Israel

O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, John Kirby, garantiu que a Administração Biden vai manter o apoio ao governo israelita contra o Hamas. 

"Continuamos a acreditar que Israel tem o direito e a responsabilidade de perseguir o Hamas. Disseram claramente que, quando estas pausas acabarem, tencionam recomeçar a fazê-lo. E ao tomarem a sua decisão, irão continuar a encontrar apoio dos Estados Unidos", afirmou. 

"Não irei falar das suas operações mas (o presidente Joe) Biden tem sido claro publicamente e com o gabinete de guerra de que irão ter o apoio americano", acrescentou Kirby.

O responsável norte-americano sublinhou contudo que a Administração Biden tem também sido "muito consistente e clara com Israel" quanto a uma movimentação para o sul de Gaza. "Não o apoiamos a menos ou até que possam proteger adequadamente a vida dos civis inocentes" do enclave, afirmou, lembrando que "há agora muitos mais deles do que havia ali há uma ou duas semanas".

"O que estamos a urgir Israel a fazer é garantir que isso é tido em linha de conta de forma adequada e de que serão ali implementadas medidas de segurança adicionais", frisou Kirby.

Garantias deixadas quando o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, está de visita ao Médio Oriente, tendo-se reunido com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a quem pediu para refrear os atos de violência cometidos por colonos israelitas na Cisjordânia.

 De acordo com a CNN, Antony Blinken condenou ainda o ataque a tiro, perpetrado por dois palestinianos armados, contra uma paragem de autocarros em Jerusalém, esta manhã, reivindicado pelo Hamas e no qual morreram três civis israelitas.

Em comunicado, a Casa Branca condenou depois oficialmente o tiroteio da manhã, comprometendo-se a manter esforços com o Catar e o Egito para procurar manter a pausa humanitária que tem estado a decorrer para troca de reféns israelitas do Hamas por prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
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por RTP

As polémicas declarações de Pedro Sanchez que estão a aumentar a tensão entre Jerusalém e Madrid

O chefe de governo espanhol afirmou ter dúvidas que Israel esteja a cumprir a lei internacional e apelou ao reconhecimento do Estado da Palestina. Em resposta, o governo israelita chamou a sua embaixadora em Madrid.
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por RTP

Hamas quer mil camiões e milhões de litros de combustível entregues por dia em Gaza

Um gabinete do Hamas avançou que a situação na Faixa de Gaza requer a chegada de mais ajuda humanitária e uma quantidade maior de combustível. Afirma que é necessária a entrada, diariamente, de mil camiões e de cerca de um milhão de litros de combustível.

O grupo invoca o retorno da operacionalidade dos hospitais e outros organismos essenciais no enclave, como moinhos de farinha, estações de combustível, a estação de dessanilização e as padarias, para explicar as necessidades. 

A comunicação também adverte que milhares de corpos jazem ainda nos escombros da Faixa de Gaza e que as equipas de resgate têm sido incapazes de trabalhar devido à falta de equipamento, assim como de combustível para os veículos e equipamento que estavam a usar.
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por RTP

Blinken condena ataque a paragem de autocarro de Jerusalém

O secretário de Estado norte-americano condenou o tiroteio que deixou três mortos numa paragem de autocarro de Jerusalém, e que já foi reivindicado pelo Hamas. 

Ao lado do ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, em Telavive, Antony Blinken considerou o sucedido um "ataque terrorista" e lamentou a perda de vidas inocentes.

 "Este dia começou de uma forma terrível e muito negativa com outro ataque terrorista que tirou a vida a israelitas inocentes em Jerusalém - uma lembrança daquilo que Israel e todos os cidadãos israelitas têm de enfrentar todos os dias. Condenamos-lo e também lamentamos a perda destas vidas inocentes como lamentamos a morte de qualquer vida inocente", afirmou Blinken, de acordo com a CNN.
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por Lusa

União Europeia disponível para retirar pacientes de hospitais mediante pedido

A Comissão Europeia disse hoje que a União Europeia (UE) está disponível para retirar pacientes de hospitais na Faixa de Gaza mediante pedido das autoridades palestinianas, dados os bombardeamentos de Israel, após ter feito evacuações médicas na Ucrânia.

"Implementámos sistemas de evacuação médica em resposta à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Ainda não foi criado nenhum sistema de evacuação médica para Gaza, mas poderá ser considerado, se for recebido um pedido", disse a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

Discursando hoje perante os ministros europeus da tutela -- incluindo o português, Manuel Pizarro - que não prestou declarações aos jornalistas --, a responsável lamentou a atual "catástrofe humanitária de proporções sem precedentes para a população de Gaza".

"As prioridades urgentes continuam a ser a saúde, a alimentação, a água e o saneamento, os abrigos e os artigos não alimentares - os requisitos mais básicos para a vida. Precisamos de corredores humanitários que permitam a circulação de pessoas e a prestação de assistência em Gaza e o direito humanitário internacional deve ser respeitado, nomeadamente no que concerne aos trabalhadores humanitários e às infraestruturas civis, como os hospitais", apelou Stella Kyriakides.

Até ao momento, através de uma ponte aérea com o Egito, a UE já realizou 21 voos com ajuda humanitária para Gaza, que levaram mais de 900 toneladas de carga, depois transportada por camião.

Estão a ser planeados mais voos humanitários.

Ao mesmo tempo, a UE tem estado a coordenar, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, voos de repatriamento, assistência em espécie e apoio logístico, nomeadamente após ofertas de medicamentos e equipamento médico feitas pela Suécia, Espanha, Áustria e Polónia, que já estão a ser canalizadas para o Egito.

"As necessidades mais urgentes são de equipamento crítico para cuidados intensivos ou equipamento médico para traumas. Estamos prontos para canalizar mais assistência, conforme necessário", adiantou apelou Stella Kyriakides.

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela UE e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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por Antena 1

Médio Oriente. Tensão entre Israel e Espanha é cada vez maior

Foto: Reuters

Cresce a tensão diplomática entre Israel e Espanha. Em causa, declarações do presidente do governo Pedro Sanchéz. A embaixadora israelita em Espanha volta a ser convocada e Eli Cohen mostrou desagrado pelas posições que têm sido assumidas pelo primeiro-ministro espanhol.

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por RTP

Emmanuel Macron celebra libertação de refém franco-israelita, Mia Schem

Mia Schem, de 21 anos e com dupla nacionalidade, francesa e israelita, foi ferida e feita refém pelo Hamas durante o assalto ao festival de música. Foi uma das duas reféns libertadas esta quinta-feira ao início da noite em Gaza, conforme imagens publicadas na rede social X.

"Partilho esta grande alegria com a sua família e o povo de França", reagiu o presidente francês, Emmanuel Macron, na rede X. 

O líder francês prometeu continuar a trabalhar pela libertação e todos os reféns do Hamas.
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por RTP

Papa Francisco. "É proibido responder ao terror com o terror"

O jornal norte-americano Washington Posto revela que o chefe da Igreja católica telefonou ao presidente de Israel, Isaac Hetzog, a quem disse ser "proibido responder ao terror com o terror". 

Hertzog, refere a publicação, citando uma fonte israelita anónima que estará a par dos detalhes, protestou contra as palavras do Papa Francisco, reiterando a posição israelita de direito à auto-defesa. O Papa em resposta afirmou que os responsáveis pelo massacre de dia 7 de outubro deveriam ser responsabilizados, mas não os civis de Gaza.
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por RTP

Reféns do Hamas vão ser libertados um a um

Até agora, os reféns eram entregues em grupos.

Fontes israelitas afirmaram à CNN que as duas reféns libertadas há pouco tiveram prioridade sobre outros oito porque estes estarão detidos em locais diversos.
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por RTP

Duas reféns israelitas libertadas pelo Hamas

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que dois reféns israelitas foram entregues à Cruz Vermelha e estão a caminho de Israel.

"Com base nas informações recebidas da Cruz Vermelha, dois reféns israelitas foram transferidos e estão a caminho do território israelita".

Os dois reféns são mulheres, informa a Reuters, citando uma autoridade palestiniana.
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por RTP

Forças israelitas detêm 23 pessoas na Cisjordânia

As forças de segurança israelitas prenderam 23 pessoas procuradas na Cisjordânia, disse o porta-voz das FDI. De acordo com o comunicado do exército, cerca de 10 dos detidos são militantes do Hamas.
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Israel convoca embaixador espanhol depois de declarações de Sánchez

Israel convocou o embaixador de Espanha depois de o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, ter dito que duvidava que Israel estivesse a respeitar a lei internacional em Gaza.

De acordo com o Haaretz, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Eli Cohen, convocasse o embaixador espanhol em Israel.
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por RTP

Gaza vive mais um dia de trégua

Ibraheem Abu Mustafa - Reuters

A decisão foi tomada em cima da hora. Israel e Hamas estenderam, na noite de quarta-feira, o cessar-fogo por mais 24 horas.

A pausa permite a libertação de mais reféns e a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Mas o primeiro-ministro israelita reitera que a guerra vai continuar.
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por RTP

Blinken insta Israel a tomar medidas para conter violência na Cisjordânia

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, enfatizou a necessidade de Israel responsabilizar imediatamente os colonos extremistas judeus pela violência contra os palestinianos na Cisjordânia ocupada.
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Atentado em Jerusalém "vem quebrar diálogo entre Israel e Hamas"

Os enviados da RTP ao Médio Oriente, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, deslocaram-se ao local, em Jerusalém, onde um atentado causou esta quinta-feira três mortos. Os presumíveis autores do ataque foram abatidos.

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por RTP

Atiradores abatidos. Atentado em Jerusalém faz três mortos

Abir Sultan - EPA

Três pessoas morreram e seis ficaram feridas num ataque a tiro junto a uma paragem de autocarro em Jerusalém. Os dois atiradores foram abatidos.

Eram irmãos e membros do Hamas, que já reivindicou o atentado.
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Afirma Netanyahu no final do encontro com Blinken
por RTP

"O Hamas tenta assassinar-nos em todo o lado"

O primeiro-ministro israelita afirmou, depois do encontro com o secretário de Estado norte-americano, que o “Hamas tenta assassinar-nos em todo o lado”.

A reação de Benjamin Netanyahu surge depois de três pessoas terem sido mortas por dois combatentes do Hamas na entrada de Jerusalém.

"Acabei de terminar uma reunião com o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken, pouco depois de os assassinos do Hamas terem assassinado israelitas aqui em Jerusalém, e disse-lhe: Este é o mesmo Hamas".

Para Netanyahu, “este é o mesmo Hamas que levou a cabo o terrível massacre de 7 de outubro, o mesmo Hamas que tenta assassinar-nos em todo o lado".
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Momento-Chave
Depois de estar com Netanyahu em Jerusalém
por RTP

Blinken em Ramallah para encontro com Abbas

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deslocou-se a Ramallah, na Cisjordânia ocupada, para se encontrar com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, noticiou a AFP.

Blinken chegou à sede da Autoridade Palestiniana num comboio blindado, pouco depois de se ter encontrado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, durante a manhã, a quem pediu que protegesse os civis do sul de Gaza.
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Em Israel e Gaza
por RTP

COP28 abre com um minuto de silêncio pelos civis mortos

O ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros, Sameh Shoukry, que presidiu à COP27, abriu a primeira sessão do dia pedindo aos participantes que se juntassem a ele para recordar dois funcionários envolvidos em cimeiras anteriores que tinham morrido recentemente de causas naturais, bem como "todos os civis que pereceram durante o atual conflito em Gaza".
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Momento-Chave
por RTP

Hamas vai libertar dez reféns israelitas, dois com nacionalidade russa

O Hamas vai libertar hoje "dez israelitas, dois dos quais têm também nacionalidade russa", disse à France-Presse (AFP) uma fonte do movimento islamita palestiniano, no âmbito do acordo de tréguas com Israel, prolongado por mais um dia.
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por RTP

Hamas reivindica autoria do ataque em Jerusalém

O movimento islâmico palestiniano Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque a tiros que fez três mortos em Jerusalém esta quinta-feira e apelou a uma “escalada da resistência” contra Israel.

“Os irmãos Mourad Nemr (38 anos) e Ibrahim Nemr (30 anos) (...), membros das brigadas Ezzedine al-Qassam de Sour Baher”, um distrito de Jerusalém Oriental “sacrificaram-se realizando uma operação” que “matou três colonos e feriu outros”, disse o Hamas em comunicado.
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por RTP

Dois feridos num ataque na Cisjordânia

Dois soldados israelitas ficaram ligeiramente feridos num ataque com um carro num posto de controlo na Cisjordânia ocupada, anunciou o exército israelita, especificando que o agressor tinha sido já “neutralizado".

“Os soldados presentes no local dispararam e neutralizaram o agressor”, afirmou o exército em comunicado, sublinhando que os dois soldados feridos foram hospitalizados.
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Líder da oposição israelita comenta "manhã triste e dolorosa" em Jerusalém

O líder da oposição de Israel e antigo primeiro-ministro, Yair Lapid, já reagiu ao ataque em Jerusalém, afirmando que se viveu “outra manhã triste e dolorosa”.

“Envio as minhas condolências do fundo do coração às famílias dos assassinados e desejo uma rápida recuperação aos feridos do hediondo e horrível ataque a tiros”, escreveu numa publicação no X. “As forças de segurança continuarão a operar 24 horas por dia para trazer os cidadãos de Israel para um local seguro e para lidar com os terroristas até ao último deles. Israel continuará a atacar o terror onde quer que tentem levantar a cabeça".


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por RTP

Sánchez diz duvidar que Israel respeite o direito internacional em Gaza

O primeiro- ministro espanhol, Pedro Sánchez , disse duvidar que Israel esteja respeitando o direito internacional em Gaza. 

“As imagens que estamos a ver e o número crescente de crianças que morrem, tenho sérias dúvidas de que [Israel] esteja a cumprir o direito humanitário internacional”, disse numa entrevista à emissora estatal espanhola TVE. 

“O que estamos a ver em Gaza é inaceitável".
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por RTP

Tiroteio em paragem de autocarro de Jerusalém faz três mortos

Foto: Ronen Zvulun - Reuters

Em Israel, um tiroteio na cidade de Jerusalém fez três mortos e oito pessoas ficaram feridas. Dois palestinianos dispararam contra várias pessoas que estavam junto a uma paragem de autocarro.

Segundo a polícia, os dois atiradores foram neutralizados pelas forças de segurança e por um civil que se encontrava perto do local.

As forças de segurança de Israel descreveram os autores dos disparos como "terroristas".
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por RTP

Forças israelitas retaliam ataque transfronteiriço do Líbano

Os militares israelitas retaliaram, esta quinta-feira, um ataque transfronteiriço lançado do sul do Líbano, testemunhou à Reuters uma autoridade das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).
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Trégua "a produzir resultados"
por RTP

Secretário de Estado norte-americano manifesta vontade de ver o cessar-fogo prolongado

Durante um encontro com o presidente israelita, Isaac Herzog, em Telavive, Antony Blinken quis sustentar que, na última semana, foi possível testemunhar "um desenvolvimento muito positivo de reféns a regressarem a casa, a reunirem-se com as suas famílias".

"Isto deve continuar hoje. Também permitiu um aumento na assistência humanitário a civis inocentes em Gaza, que precisam dela desesperadamente", prosseguiu o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que manifestou ainda a esperança de que este processo "possa continuar".
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Itamar Ben-Gvir
por RTP

Ministro israelita da Segurança visita local do atentado em Jerusalém e afirma que Hamas só pode ser travado "pela guerra"

"Este tipo de incidente prova, uma vez mais, como não podemos mostrar fraqueza, como temos de falar para o Hamas apenas através de intenções, apenas pela guerra", clamou Itamar Ben-Gvir.

O ministro israelita, figura de proa do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, disse ainda que o atentado desta manhã demonstra a necessidade de os civis israelitas estarem armados.
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por Carla Quirino - RTP

Símbolos palestinianos. O que significam a melancia, o ramo de oliveira e o keffiyeh preto e branco

Representação de melancia. Protestos solidários com os palestinianos de Gaza, em Melbourne, na Austrália Joel Carrett - AAP Image via Reuters

Nas últimas semanas, por todo mundo, multiplicaram-se as manifestações em solidariedade com o povo palestiniano. Para além da bandeira verde, vermelha, preta e branca, as multidões inundam os protestos contra a guerra envergando o tradicional keffiyeh e a empunharem representações de fatias de melancia.

São os símbolos de identidade e resistência palestiniana à ocupação israelita.

À medida que o mundo testemunha o aumento das manifestações globais contra os ataques israelitas na Faixa de Gaza, o uso do keffiyeh palestiniano está a crescer, tornando-se um símbolo global que prevalece nas marchas solidárias. Os manifestantes colocam o lenço preto e branco geralmente no pescoço ou na cabeça.
Xadrez do Keffiyeh

O icónico lenço de algodão preto e branco conhecido como keffiyeh é usado em muitas partes do mundo árabe por homens e mulheres palestinianas. Em formato quadrado com um padrão xadrez distinto, passou a simbolizar a luta palestiniana pela autodeterminação, justiça e liberdade.

Entre os motivos do lenço de fundo branco estão folhas de oliveira a preto, que representam a perseverança, força e resiliência. O padrão de rede remete para os pescadores palestinianos e a ligação do povo ao Mediterrâneo. As linhas a negrito, que correm entre os padrões correspondem às rotas comerciais com mercadores vizinhos da Palestina.

Manifestante com o keffiyeh a cobrir a cabeça numa marcha de solidaridade com o povo palestiniano, Belgrado, Sérvia | Marko Djurica- Reuters

Por todo o Médio Oriente, as vestes compridas e largas serviam para proteger as pessoas do calor e do Sol. Na década de 1930, essa roupagem ganhou uma dimensão simbólica durante a revolta árabe contra o domínio colonial britânico.

Na segunda metade do século XX, o então líder palestiniano Yasser Arafat popularizou o keffiyeh, que usava dobrado em forma de triângulo e pendurado sobre os ombros, cobrindo a cabeça. 

Atualmente, o keffiyeh está presente nas manifestações que apoiam a causa palestiniana.
Oliveira: economia e paz
Há séculos que se conhece a importância da oliveira por terras da Palestina. As árvores são resistentes a períodos de secas e a temperaturas extremas e por isso passaram a representar a resiliência palestiniana contra a ocupação israelita.

A ligação à terra do povo palestiniano também está vincada na perspetiva económica através do cultivo e apanha da azeitona. O fruto da oliveira garante sustento a perto de 100 mil famílias que se dedicam a colhê-la nos meses de outubro e novembro.

Em tempo de guerra, os palestinianos aproveitam estes dias de tréguas no conflito entre Israel e o Hamas para conseguirem obter algum rendimento com a colheita, vendendo-a para produção de azeite e sabão.


Apanha das azeitonas em Khan Younis, no sul de Gaza, durante os dias de tréguas | Saleh Salem - Reuters

Os ramos da oliveira têm ainda sido associados à paz e à prosperidade. Esse simbolismo ganhou grande visibilidade quando Yasser Arafat, então líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1974, dirigindo-se à Assembleia Geral das Nações Unidas exclamou: “Hoje venho com um ramo de oliveira numa mão e a arma do combatente da liberdade na outra. Não deixem o ramo de oliveira cair da minha mão. Repito, não deixem o ramo de oliveira cair da minha mão”.
Melancia:o símbolo de protesto
Desde Gaza a Jenin, a terceira maior cidade da Cisjordânia e um importante centro agrícola palestiniano, a melancia corresponde à fruta cultivada mais icónica da nação muçulmana.

Quando Israel assumiu o controlo da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e anexou Jerusalém Oriental, após a guerra de 1967, o governo de Telavive proibiu exposição da bandeira palestiniana ao longo do território ocupado.

Como a melancia partilha as mesmas cores da bandeira palestiniana – vermelho, verde, branco e preto –a fruta, de casca verde e polpa vermelha, passou a ser usada para protestar contra a supressão das bandeiras por parte de Israel e a representar a identidade palestiniana.

A melancia ganhou o título de símbolo de resistência e passou a fazer parte de uma iconografia artística. Usada em camisolas, graffitis, cartazes e agora, mais recentemente nas redes sociais, o emoji de melancia aparece associado a mensagens de apoio à causa e protesto contra Israel.

Já em 2023, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, deu indicações à polícia para confiscar bandeiras palestinianas de locais públicos. Logo a seguir, em Junho, o parlamento israelita, o Knesset, começou a discutir-se um projeto de lei para proibir a bandeira palestiniana em instituições financiadas pelo Estado.

Em resposta, a Zazim, uma organização para a paz árabe-israelita, colocou a bandeira palestiniana – em forma de melancia – numa dúzia de táxis de Telavive.


"É uma fatia de resistência", dizem os manifestantes | X/@zazim_org_il


“A nossa mensagem para o governo é clara. Se quiserem impedir-nos, encontraremos outra forma de nos expressarmos”, afirmou Amal Saad, uma palestiniana de Haifa que organizou a campanha da melancia, no verão passado.
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Momento-Chave
por RTP

Trégua em Gaza prolongada. Manhã marcada por atentado em Jerusalém

Os enviados especiais da RTP ao Médio Oriente, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estão a acompanhar os desenvolvimentos do prolongamento do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, por 24 horas, e do ataque com armas de fogo perpetrado em Jerusalém, que visou uma paragem de autocarro.

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por Lusa

ONU alerta para possíveis surtos de hepatite e outras infecções em Gaza

O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU alertou hoje para a situação sanitária na Faixa de Gaza, onde já se registaram surtos de hepatite e outras infeções.

As más condições de higiene e a sobrelotação dos abrigos da ONU, onde vivem cerca de 946 mil pessoas, aumentaram a incidência de doenças respiratórias e cutâneas, bem como de diarreia e piolhos, reconheceu o OCHA no relatório diário.

O documento referiu ainda que, apesar da trégua, que permitiu a libertação de reféns israelitas e de outros reféns e prisioneiros palestinianos, o norte de Gaza continua a não ter acesso a água potável, o que poderá aumentar os surtos epidémicos e os casos de desidratação.

Em 29 de novembro, caravanas humanitárias conseguiram chegar ao norte da Faixa de Gaza, alvo de operações militares de Israel, com ajuda humanitária, incluindo mantimentos para dois dos poucos hospitais que ainda funcionam nessa região, o Al Ahli e o As Sahaba.

Dois outros hospitais que foram palco de violentos combates durante dias, o de Shifa e o Hospital Indonésio, reabriram as unidades de diálise, referiu o relatório.

A trégua, que entrou em vigor a 24 de novembro e foi prolongada hoje por mais um dia, está a permitir a recuperação de corpos dos escombros. De acordo com a ONU, cerca de 160 corpos foram retirados nos dias 27 e 28 de novembro.

Embora as hostilidades tenham cessado quase por completo, o relatório refere disparos de navios de guerra israelitas contra a costa da Faixa de Gaza, no sul, que não terão causado vítimas.

Há também relatos, sobretudo nos primeiros dias da trégua, de disparos das forças israelitas contra palestinianos que tentavam atravessar do sul para o norte de Gaza, algo que foi proibido pelas forças de ocupação.

Estes confrontos causaram "um certo número de vítimas", principalmente nos dias 24, 25 e 26 de novembro, refere a ONU, sem especificar números.

As Nações Unidas recordam que 1,8 milhões de pessoas, cerca de 80% da população de Gaza, estão deslocadas internamente devido ao conflito, no qual mais de 46 mil casas foram destruídas e outras 234 mil foram danificadas, o que representa 60% dos terrenos residenciais da Faixa.

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Momento-Chave
Novo balanço
por RTP

Atentado em Jerusalém fez três mortos e seis feridos

As autoridades israelitas avançaram com novo balanço do atentado com armas de fogo perpetrado na manhã desta quinta-feira em Jerusalém. Dois atiradores visaram uma paragem de autocarro da cidade, provocando três vítimas mortais. Outras seis pessoas ficaram feridas.

O serviço de segurança israelita Shin Bet revelou, entretanto, que os presumíveis autores do atentado são os irmãos Murad e Ibrahim Namer, de 38 e 30 anos, respetivamente. Residiam em Jerusalém oriental e seriam militantes do Hamas, tendo cumprido, no passado, penas de prisão.

Segundo a polícia israelita, dois soldados e um civil armado abateram os atacantes.
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por Lusa

Antony Blinken está de volta ao Médio Oriente

Blinken procura manter viva a ajuda humanitária a Gaza Clemens Bilan - EPA

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, regressa esta quinta-feira a Israel e à Cisjordânia ocupada, naquela que será a sua terceira visita ao Médio Oriente desde o início da guerra entre Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas.

"Nas reuniões no Médio Oriente, o secretário de Estado irá sublinhar a necessidade de manter o aumento do fluxo de ajuda humanitária a Gaza, garantir a libertação de todos os reféns e melhorar a proteção dos civis em Gaza", afirmou, na véspera da visita, um porta-voz do Departamento de Estado.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, país envolvido juntamente com o Qatar e o Egito na mediação de uma trégua humanitária para troca de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas, também pretende sublinhar nesta visita a importância de "estabelecer um Estado palestiniano independente" e evitar que a guerra de Gaza se transforme num conflito regional, acrescentou a mesma fonte.

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Momento-Chave
Ponto de situação
por RTP

Cessar-fogo em Gaza prolongado por um dia

  • O cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi prolongado por um dia. O exército israelita confirmou que a extensão da trégua vai continuar esta quinta-feira, pelo sétimo dia, para permitir a libertação de reféns. Por cada dia, o movimento radical palestiniano liberta 12 pessoas e o Estado hebraico cerca de 30 prisioneiros palestinianos;

  • O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirma que, apesar do cessar-fogo, o objetivo de erradicar o Hamas se mantém;

  • Duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas, das quais cinco com gravidade, num ataque com arma de fogo perpetrado na manhã desta quinta-feira numa paragem de autocarro do oeste de Jerusalém, segundo o mais recente balanço da polícia israelita. Os presumíveis atacantes foram atingidos a tiro. Um deles morreu;

  • O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, veio entretanto defender a abertura de mais fronteiras para que seja possível fazer chegar mais ajuda humanitária à Faixa de Gaza;

  • Na noite de quarta-feira, dez reféns israelitas e outros quatro de nacionalidade tailandesa retornaram a território de Israel, ao abrigo do acordo mediado pelo Catar. Duas mulheres com dupla nacionalidade russa e israelita cativas do Hamas haviam sido libertadas pouco antes;

  • O serviço prisional israelita indicou, por sua vez, ter libertado mais 30 prisioneiros palestinianos;

  • Dois menores israelitas, de oito e 14 anos, foram abatidos a tiro durante uma incursão do exército israelita em Jenin, na Cisjordânia ocupada. Na mesma operação, que visou o campo de refugiados local, foi abatido um comandante da Jihad Islâmica. O Tsahal deteve ainda 17 militantes;

  • A ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo Hamas contra Israel fez pelo menos 1.200 mortos. O movimento tomou como reféns 240 pessoas. A contraofensiva israelita em Gaza causou já mais de 14.800 mortos, entre os quais pelo menos seis mil crianças.
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Momento-Chave
por RTP

RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

Os enviados especiais Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estão em reportagem a partir de Telavive.

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Momento-Chave
por RTP

"Catástrofe humanitária épica". Secretário-geral da ONU condena situação em Gaza

Foto: Justin Lane - EPA

António Guterres disse que a catástrofe humanitária é épica e sem precedentes.

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Momento-Chave
por RTP

Família de português refém em Gaza apela a intervenção de Portugal

Foto: José Pinto Dias - RTP

Idan estava no festival de música no sul de Israel quando foi raptado pelo Hamas a 7 de outubro. O irmão conseguiu escapar e falou com os enviados especiais da RTP.

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