ADN encontrado no local da morte de apoiante de Trump pertence a suspeito

Foram recolhidos vestígios de ADN em dois objetos encontrados perto do local do homicídio do ativista conservador Charlie Kirk que, segundo o diretor do FBI, Kash Patel, correspondem ao do suspeito detido na semana passada.

Inês Moreira Santos - RTP /
Foto: Jim Urquhart - Reuters

Os vestígios recolhidos na arma encontrada enrolada numa toalha correspondem ao jovem de 22 anos que se confessou autor do crime e foi detido pelas autoridades. Cinco dias após o drama que abalou os Estados Unidos, a investigação estreita-se em torno de Tyler Robinson, o jovem de 22 anos detido na noite de quinta-feira e que não tem colaborado com os investigadores.

Foram recolhidas diversas provas pela polícia, para além da arma, "incluindo uma chave de fendas, que foi encontrada no telhado" do `campus` universitário do Utah (oeste), onde o atirador estaria posicionado.

"Posso anunciar hoje que os vestígios de ADN da toalha enrolada na arma de fogo e o ADN presente na chave de fendas correspondem ao suspeito atualmente detido", afirmou o chefe da polícia federal.

Criticado pela atuação desde o início do caso, o diretor do FBI referiu ainda uma nota deixada pelo suspeito antes do ataque.

"O suspeito escreveu, em resumo: `tenho a oportunidade de eliminar Charlie Kirk e vou aproveitá-la`", disse, acrescentando que o FBI dispõe de provas dessa nota, entretanto destruída.

Os ivestigadores do caso acreditam que o jovem pode ter sido "radicalizado" nas plataformas online. De acordo com as autoridades, a munição encontrada na arma usada para matar Kirk incluía gravuras com linguagem antifascista e da cultura dos memes. Os registos da investigação, a que a AFP teve acesso, mostram que uma das balas tinha a mensagem: "Ei, fascista! Toma!"

Embora Robinson tivesse "uma ideologia de esquerda", segundo o governador do Utah, ainda não foi avançado qualquer motivo concreto para o homicídio de Kirk. A imprensa norte-americana avança ainda que a família e amigos do suspeito afirmam que Robinson passava muito tempo ligado aos "cantos escuros da internet". 

O presumível homicida, um antigo aluno brilhante do liceu, criado na fé mórmon por pais republicanos, deverá ser formalmente acusado na terça-feira.

O assassínio de Kirk, um dos jovens ativista mais populares da direita norte-americana, assinala um recrudescimento da violência política nos Estados Unidos.

Donald Trump, próximo de Kirk, confirmou que vai participar no domingo numa cerimónia de homenagem organizada no Arizona, num estádio com mais de 63 mil lugares.

O ativista conservador, que os republicanos consideram que teve um importante papel na atração do eleitorado jovem para o campo conservador nas últimas presidenciais, foi atingido a tiro no pescoço na quarta-feira, durante um debate ao ar livre na Universidade Utah Valley.

 

C/Lusa

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