Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos quer que ações dos talibãs sejam vigiadas

por Antena 1

Reuters

Perante a execução de civis no Afeganistão às mãos do movimento talibã e as restrições aos direitos das mulheres, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos defende a criação de um mecanismo da ONU para acompanhar de perto a situação no país. A União Europeia anunciou o aumento da ajuda humanitária.

Michelle Bachelet considera urgente vigiar as ações dos talibãs no Afeganistão. A Alta Comissária confirmou esta manhã em genebra que já há relatórios credíveis que apontam para civis e soldados executados pelo grupo fundamentalista islâmico.

Também ouvido em Genebra, o Embaixador afegão nas Nações Unidas, nomeado pelo governo deposto, denunciou que milhões de pessoas vivem com medo sob o regime talibã e temem pelas próprias vidas.

O diplomata sublinha que está em curso uma crise humanitária no Afeganistão e apelou à criação de um amplo governo que inclua todos os grupos étnicos do país e mulheres.
União Europeia vai reforçar o apoio humanitário
A verba disponível vai passar dos 50 para mais de 200 milhões de euros.

O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, através da rede social Twitter.

Ursula von der Leyen escreveu que esta ajuda é dirigida ao povo afegão.



No entanto, o fluxo de dinheiro fica dependente do respeito pelos direitos humanos, no país, em particular das mulheres e crianças.

Para esta tarde, está agendada uma reunião do G7.

Os líderes dos países mais industrializados do mundo vão debater a relação futura com o movimento talibã e o acolhimento de refugiados do Afeganistão.

Esta manhã, o movimento talibã nomeou um novo ministro das finanças para o país, que vai assumir também a pasta da Administração Interna, de forma provisória.
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