Recep Akdag, ministro turco da Saúde, revelou esta terça-feira que as análises realizadas a vários feridos confirmam a utilização do agente neurotóxico no ataque da semana passada. A ofensiva fez mais de 80 vítimas mortais.
Com os resultados das análises ao sangue e urina de vários feridos que foram assistidos na Turquia, as autoridades de Ancara concluíram que “o gás sarin foi utilizado”, como revelou o ministro turco da Saúde numa declaração citada pela agência turca Anadolu.
Ancara, em sintonia com grande parte das potências ocidentais, culpa o regime sírio pelo ataque químico da semana passada na província de Idlib. Devido à falta de infraestruturas e medicamentos para a assistência médica, muitos dos feridos tiveram de ser assistidos nos hospitais turcos mais próximos da fronteira com a Síria.
Foi na sequência deste ataque que a Administração Trump ordenou o lançamento de 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea das forças de Damasco, a primeira intervenção direta dos Estados Unidos em território sírio desde o início da guerra civil, em 2011.
"Seria errado"
O G7 esteve reunido nos últimos dois dias em Itália a fim de discutir a eventual imposição de sanções às autoridades russas, que insistem no apoio ao regime de Bashar al-Assad, juntamente com o Governo iraniano. O grupo de líderes acabou por descartar novas punições, optando pelo caminho da diplomacia e considerando que culpar e isolar Moscovo "seria errado".
Na reunião desta terça-feira, os principais líderes declararam que a eventual aplicação de sanções só seria levada a cabo em caso de confirmação de envolvimento russo no ataque químico de dia 4 de abril. O Grupo dos Sete exclui, no entanto, qualquer envolvimento do Presidente Assad numa futura solução política para o país.
A declaração conjunta dos principais líderes ocidentais surge no mesmo dia em que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, inicia a primeira visita a Moscovo para se reunir com o homónimo russo, Sergei Lavrov. A situação na Síria deverá dominar a agenda no encontro com os dois responsáveis máximos da diplomacia russa e norte-americana.