O grupo dos sete não conseguiu chegar a acordo sobre a aplicação de novas sanções económicas a Moscovo, no sentido de reprovar o apoio que Putin tem fornecido a Bashar al-Assad.
No entanto, o grupo de líderes concordou que o afastamento do Presidente sírio é um ponto essencial para que seja encontrada uma solução do conflito.
A poucas horas da primeira visita a Moscovo, o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson diz mesmo que a Rússia "vai ter de escolher" entre os Estados Unidos e Bashar al-Assad, uma vez que Washington não vê qualquer papel que o atual Presidente sírio possa representar no futuro do país.
Isolar a Rússia "seria errado"
Sabe-se agora que a proposta de sanções, colocada em cima da mesa por Boris Johnson, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, incluia a penalização financeira de altas figuras militares da Rússia. Uma fonte do Governo de Londres citada pelo jornal The Guardian refere que esta proposta mantêm-se caso surja uma investigação a confirmar o envolvimento russo no ataque.
Angelino Alfano, ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, confirmou a ausência de um consenso em matéria de sanções, afirmando que qualquer ação que pudesse penalizar ou "empurrar a Rússia para um canto" seria errada.
Citado pela agência Ansa, Alfano sublinha que a intervenção dos Estados Unidos na semana passada à base aérea de Shayrat, a primeira intervenção direta de Washington em território sírio desde o inicio da guerra civil, em 2011, potenciou uma nova “janela de oportunidade para construir novas condições positivas para o processo político na Síria”.
A intervenção ordenada durante a madrugada de sexta-feira pela Administração Trump surgiu em resposta ao ataque químico na província de Idlib, atribuído pelo G7 ao regime de Assad, e que fez mais de 80 mortos.
"Consideramos que os russos têm a força necessária para pressionar Assad e levá-lo a estudar os compromissos no sentido de alcançar um cessar-fogo", acrescentou o ministro italiano.
O encontro do G7 que decorreu entre segunda e terça-feira em Lucca, na região italiana da Toscânia, previa determinar uma posição conjunta das potências ocidentais antes da viagem do chefe da diplomacia de Donald Trump à capital russa, que se realiza esta terça-feira.