Um ataque russo a um miniautocarro que transportava civis no norte da Ucrânia matou nove pessoas e feriu quatro, anunciaram as autoridades regionais este sábado, um dia após as conversações entre russos e ucranianos não terem conseguido produzir tréguas.
“Um drone inimigo atingiu um autocarro perto de Bilopillia, matando nove pessoas e ferindo quatro”, disse a administração militar da região fronteiriça de Sumy na rede social Telegram, onde publicou fotos da carcaça de um miniautocarro numa estrada.
O veículo “dirigia-se para Sumy”, segundo a mesma fonte, que antes se tinha referido a “um ataque cínico dos russos a um autocarro que transportava civis”.
Ihor Tkachenko acrescentou que a operação de resgate estava a decorrer.
A polícia da Ucrânia publicou fotos de uma carrinha de passageiros azul-escura quase destruída, com o teto arrancado e as janelas estilhaçadas.
“Este não é apenas mais um bombardeamento - é um crime de guerra cínico”, disse a Polícia Nacional da Ucrânia numa publicação na mesma aplicação.
Apesar da pressão que os aliados de Kiev estão a tentar exercer, ameaçando Moscovo com novas sanções, as hostilidades continuam no terreno.
A agência de notícias estatal russa TASS informou, citando uma declaração do Ministério da Defesa, que as forças russas atingiram uma área de preparação de equipamento militar ucraniano na região de Sumy com drones.A região de Sumy, que faz fronteira com a Rússia, tem sido alvo de recrudescimento dos bombardeamentos russos desde que as forças ucranianas foram expulsas, em março, da região russa de Kursk, que fica em frente e da qual ocupavam uma pequena parte desde o verão de 2024.
As autoridades regionais de Donetsk (leste) e Kherson (sudeste) também comunicaram ataques russos, que mataram duas pessoas e uma pessoa, respetivamente, na sexta-feira.
Drones ucranianos atingem depósito de munições na Crimeia
Drones ucranianos atingiram um depósito de munições na Crimeia ocupada pela Rússia, causando uma forte detonação em armazéns onde equipamentos militares, armas e combustível estavam armazenados, disse uma fonte do serviço de segurança da Ucrânia à Reuters este sábado.
A fonte disse que o depósito pertencia à 126ª brigada da Defesa Costeira da Rússia e estava localizado na aldeia de Perevalne, na parte sul da península do Mar Negro. A Rússia tomou a Crimeia da Ucrânia em 2014.
Conversações em Istambul
Reunidos em Istambul, na sexta-feira, para as primeiras conversações de paz desde a primavera de 2022, russos e ucranianos chegaram a acordo sobre uma importante troca de prisioneiros, “mil por mil”, segundo o negociador russo Vladimir Medinski.
Mas a reunião terminou sem o anúncio de um cessar-fogo, apesar de esta ser “a prioridade” declarada por Kiev e pelos seus aliados.As duas partes devem agora “pormenorizar” a sua visão de uma trégua, disse Vladimir Medinski num breve discurso à imprensa.
O chefe da delegação ucraniana, Roustem Oumerov, e Vladimir Medinski referiram que a parte ucraniana tinha também levantado a possibilidade de um encontro entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, o que seria inédito desde o início da invasão russa.
No entanto, o negociador russo limitou-se a dizer que Moscovo tinha “tomado nota deste pedido”.
Uma fonte diplomática ucraniana entrevistada pela AFP afirmou que os negociadores russos “apresentaram exigências inaceitáveis que vão para além do que foi discutido antes da reunião”, incluindo a retirada das forças de Kiev de “grandes partes do território ucraniano” antes de poder ser estabelecido qualquer cessar-fogo.
Antes da reunião, o negociador russo Vladimir Medinski, historiador nacionalista e conselheiro do Kremlin, tinha reiterado que Moscovo queria discutir as “causas profundas” do conflito e encarava estas conversações como “a continuação” das conversações de 2022, durante as quais Moscovo tinha adotado posições maximalistas.
Em viagem à Albânia para uma cimeira europeia, o presidente francês Emmanuel Macron disse na sexta-feira que os europeus continuavam a preparar sanções contra a Rússia “em coordenação” com os Estados Unidos se Moscovo continuasse a recusar um cessar-fogo incondicional.
Os líderes da Ucrânia, Alemanha, França, Reino Unido e Polónia falaram ao telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na véspera tinha afirmado estar pronto para se encontrar com Putin “o mais rapidamente possível”, sem o que “nada acontecerá” para resolver o conflito.
O veículo “dirigia-se para Sumy”, segundo a mesma fonte, que antes se tinha referido a “um ataque cínico dos russos a um autocarro que transportava civis”.
Ihor Tkachenko acrescentou que a operação de resgate estava a decorrer.
A polícia da Ucrânia publicou fotos de uma carrinha de passageiros azul-escura quase destruída, com o teto arrancado e as janelas estilhaçadas.
“Este não é apenas mais um bombardeamento - é um crime de guerra cínico”, disse a Polícia Nacional da Ucrânia numa publicação na mesma aplicação.
Apesar da pressão que os aliados de Kiev estão a tentar exercer, ameaçando Moscovo com novas sanções, as hostilidades continuam no terreno.
A agência de notícias estatal russa TASS informou, citando uma declaração do Ministério da Defesa, que as forças russas atingiram uma área de preparação de equipamento militar ucraniano na região de Sumy com drones.A região de Sumy, que faz fronteira com a Rússia, tem sido alvo de recrudescimento dos bombardeamentos russos desde que as forças ucranianas foram expulsas, em março, da região russa de Kursk, que fica em frente e da qual ocupavam uma pequena parte desde o verão de 2024.
As autoridades regionais de Donetsk (leste) e Kherson (sudeste) também comunicaram ataques russos, que mataram duas pessoas e uma pessoa, respetivamente, na sexta-feira.
Drones ucranianos atingem depósito de munições na Crimeia
Drones ucranianos atingiram um depósito de munições na Crimeia ocupada pela Rússia, causando uma forte detonação em armazéns onde equipamentos militares, armas e combustível estavam armazenados, disse uma fonte do serviço de segurança da Ucrânia à Reuters este sábado.
A fonte disse que o depósito pertencia à 126ª brigada da Defesa Costeira da Rússia e estava localizado na aldeia de Perevalne, na parte sul da península do Mar Negro. A Rússia tomou a Crimeia da Ucrânia em 2014.
Conversações em Istambul
No final de uma semana de grande tensão, Kiev e Moscovo mantiveram finalmente as suas primeiras conversações diretas em três anos, o que evidenciou sobretudo o fosso que é necessário colmatar para pôr fim ao conflito desencadeado pela invasão russa em grande escala em fevereiro de 2022.
Este sábado, um dia depois das primeiras conversações de paz diretas entre as duas partes, o Kremlin revelou que um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é “possível” desde que Moscovo e Kiev cheguem previamente a “acordos”.
“Essa reunião, fruto do trabalho de ambas as partes e da conclusão de acordos, é possível. Mas apenas após acordos entre os dois lados”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
“Essa reunião, fruto do trabalho de ambas as partes e da conclusão de acordos, é possível. Mas apenas após acordos entre os dois lados”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
Mas a reunião terminou sem o anúncio de um cessar-fogo, apesar de esta ser “a prioridade” declarada por Kiev e pelos seus aliados.As duas partes devem agora “pormenorizar” a sua visão de uma trégua, disse Vladimir Medinski num breve discurso à imprensa.
O chefe da delegação ucraniana, Roustem Oumerov, e Vladimir Medinski referiram que a parte ucraniana tinha também levantado a possibilidade de um encontro entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, o que seria inédito desde o início da invasão russa.
No entanto, o negociador russo limitou-se a dizer que Moscovo tinha “tomado nota deste pedido”.
Uma fonte diplomática ucraniana entrevistada pela AFP afirmou que os negociadores russos “apresentaram exigências inaceitáveis que vão para além do que foi discutido antes da reunião”, incluindo a retirada das forças de Kiev de “grandes partes do território ucraniano” antes de poder ser estabelecido qualquer cessar-fogo.
Antes da reunião, o negociador russo Vladimir Medinski, historiador nacionalista e conselheiro do Kremlin, tinha reiterado que Moscovo queria discutir as “causas profundas” do conflito e encarava estas conversações como “a continuação” das conversações de 2022, durante as quais Moscovo tinha adotado posições maximalistas.
Em viagem à Albânia para uma cimeira europeia, o presidente francês Emmanuel Macron disse na sexta-feira que os europeus continuavam a preparar sanções contra a Rússia “em coordenação” com os Estados Unidos se Moscovo continuasse a recusar um cessar-fogo incondicional.
Os líderes da Ucrânia, Alemanha, França, Reino Unido e Polónia falaram ao telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na véspera tinha afirmado estar pronto para se encontrar com Putin “o mais rapidamente possível”, sem o que “nada acontecerá” para resolver o conflito.
O Kremlin concordou na sexta-feira que essa cimeira era “certamente necessária”.
c/ agências