Assembleia Geral da ONU condena embargo dos EUA a Cuba pelo 31º ano consecutivo

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) votou hoje, de forma esmagadora e pelo 31.º ano consecutivo, a condenação do embargo económico norte-americano a Cuba.

Lusa /

A votação da resolução alcançou 187 votos a favor dos 193 Estados-membros da ONU, com a oposição dos Estados Unidos e de Israel e a abstenção da Ucrânia.

O número de países que votaram "sim" aumentou desde os 185 no ano passado e 184 em 2021, e empatou com a votação de 2019.

O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodriguez, exortou a Assembleia antes da votação a apoiar "a razão e a justiça", a Carta da ONU e o direito internacional, e declarou: "Deixem Cuba viver sem o bloqueio!"

O governante disse que o embargo norte-americano "constitui um crime de genocídio" e "um ato de guerra económica em tempos de paz" que visa enfraquecer a vida económica de Cuba, deixando o seu povo faminto e desesperado, visando derrubar o Governo.

As resoluções da Assembleia Geral não são juridicamente vinculativas, mas refletem a posição da comunidade internacional, com a votação a dar a Cuba um palco anual para demonstrar o isolamento dos EUA nos seus esforços de décadas para isolar a nação insular das Caraíbas.

O embargo foi imposto em 1960 após a revolução liderada por Fidel Castro e a nacionalização de propriedades pertencentes a cidadãos e empresas norte-americanas. Dois anos depois foi fortalecido.

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