Mundo
Guerra na Ucrânia
Avisa Kiev. Suspensão de armas dos EUA vai "encorajar" a Rússia
Kiev alertou para o facto de a interrupção do envio de armas dos EUA poder encorajar a Rússia a continuar a guerra na Ucrânia, que já vai no quarto ano. Por sua vez, o Kremlin saudou a decisão de Washington e frisa que reduzir o fluxo de armamento pode ajudar a colocar um ponto final no conflito.
O Ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros afirmou em comunicado que “qualquer atraso ou procrastinação no apoio às capacidades de defesa da Ucrânia apenas encorajaria o agressor a continuar a guerra e o terror, em vez de procurar a paz”.
O documento sublinha a necessidade de Kiev reforçar as suas defesas aéreas, uma vez que a Rússia continua a bombardear o país com mísseis e drones quase todos os dias. Dezenas de pessoas foram mortas nas últimas semanas durante os ataques aéreos russos contra a Ucrânia.
Em Kiev, a decisão de Washington de suspender alguns carregamentos de armas essenciais para a Ucrânia foi vista como uma medida que pode enfraquecer a capacidade de defesa ucraniana contra a intensificação dos ataques aéreos russos e os avanços no campo de batalha.
Na terça-feira, a Administração de Donald Trump anunciou inesperadamente que tinha deixado de entregar certas armas a Kiev, oficialmente devido a preocupações com a diminuição das reservas de munições dos EUA.Na manhã desta quarta-feira, os diplomatas ucranianos convocaram o encarregado de negócios norte-americano, John Ginkel, para lhe lembrar que "qualquer atraso ou demora no apoio às capacidades de defesa da Ucrânia só encorajaria o agressor a prosseguir a guerra e o terror".
Já o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou não ter recebido qualquer notificação oficial dos EUA sobre a “suspensão ou revisão” do fornecimento de armas e instou as pessoas a não especularem com base em informações parciais. Kiev está a tentar obter esclarecimentos dos seus homólogos americanos.
Para o Ministério ucraniano de Defesa, o caminho para o fim da guerra passa por “uma pressão consistente e conjunta sobre o agressor”.
O anúncio norte-americano foi recebido com alguma apreensão pelas forças ucranianas. Face a um exército russo mais bem equipado e mais numeroso, "teremos dificuldades sem as munições americanas", admitiu uma fonte militar à agência AFP.
Fedir Venislavskyi, deputado do partido no poder da Ucrânia, disse que a decisão era "dolorosa e, no contexto dos ataques terroristas que a Rússia comete contra a Ucrânia, é uma situação muito desagradável".
Desde janeiro, Donald Trump tem vindo a aproximar-se do seu homólogo russo, Vladimir Putin, pressionando-o para obter o fim dos combates, sem no entanto conseguir qualquer progresso concreto.
Por sua vez, o Kremlin saudou a notícia da redução do envio de armamento norte-americano, frisando que reduzir o fluxo de armas para Kiev ajudará a encerrar o conflito mais rapidamente.
“Quanto menor for o número de armas entregues à Ucrânia, mais próximo estará o fim da operação militar especial”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
Os EUA enviaram dezenas de milhares de milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022, o que levou alguns membros da administração Trump a manifestar a preocupação de que as reservas dos EUA sejam demasiado baixas.
As armas, munições e equipamento norte-americano- para além dos seus serviços secretos - permitiram às forças ucranianas conter o exército russo, que, no entanto, ocupa quase 20 por cento do território ucraniano.
No entanto, as autoridades norte-americanas não informaram imediatamente quais os carregamentos que estavam a ser suspensos. Segundo a televisão norte-americana NBC, as armas que estão a ser adiadas podem incluir intercetores Patriot, munições Howitzer, mísseis e lançadores de granadas.
Em declarações à AFP, uma fonte militar ucraniana afirmou que Kiev estava “seriamente dependente do fornecimento de armas americanas, embora a Europa esteja a fazer o seu melhor, mas será difícil para nós sem as munições americanas”.
Os aliados europeus da Ucrânia gastaram milhares de milhões em ajuda militar nos últimos três anos e meio.
Em Kiev, a decisão de Washington de suspender alguns carregamentos de armas essenciais para a Ucrânia foi vista como uma medida que pode enfraquecer a capacidade de defesa ucraniana contra a intensificação dos ataques aéreos russos e os avanços no campo de batalha.
Na terça-feira, a Administração de Donald Trump anunciou inesperadamente que tinha deixado de entregar certas armas a Kiev, oficialmente devido a preocupações com a diminuição das reservas de munições dos EUA.Na manhã desta quarta-feira, os diplomatas ucranianos convocaram o encarregado de negócios norte-americano, John Ginkel, para lhe lembrar que "qualquer atraso ou demora no apoio às capacidades de defesa da Ucrânia só encorajaria o agressor a prosseguir a guerra e o terror".
Já o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou não ter recebido qualquer notificação oficial dos EUA sobre a “suspensão ou revisão” do fornecimento de armas e instou as pessoas a não especularem com base em informações parciais. Kiev está a tentar obter esclarecimentos dos seus homólogos americanos.
Para o Ministério ucraniano de Defesa, o caminho para o fim da guerra passa por “uma pressão consistente e conjunta sobre o agressor”.
O anúncio norte-americano foi recebido com alguma apreensão pelas forças ucranianas. Face a um exército russo mais bem equipado e mais numeroso, "teremos dificuldades sem as munições americanas", admitiu uma fonte militar à agência AFP.
Fedir Venislavskyi, deputado do partido no poder da Ucrânia, disse que a decisão era "dolorosa e, no contexto dos ataques terroristas que a Rússia comete contra a Ucrânia, é uma situação muito desagradável".
Desde janeiro, Donald Trump tem vindo a aproximar-se do seu homólogo russo, Vladimir Putin, pressionando-o para obter o fim dos combates, sem no entanto conseguir qualquer progresso concreto.
Por sua vez, o Kremlin saudou a notícia da redução do envio de armamento norte-americano, frisando que reduzir o fluxo de armas para Kiev ajudará a encerrar o conflito mais rapidamente.
“Quanto menor for o número de armas entregues à Ucrânia, mais próximo estará o fim da operação militar especial”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
Os EUA enviaram dezenas de milhares de milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022, o que levou alguns membros da administração Trump a manifestar a preocupação de que as reservas dos EUA sejam demasiado baixas.
As armas, munições e equipamento norte-americano- para além dos seus serviços secretos - permitiram às forças ucranianas conter o exército russo, que, no entanto, ocupa quase 20 por cento do território ucraniano.
No entanto, as autoridades norte-americanas não informaram imediatamente quais os carregamentos que estavam a ser suspensos. Segundo a televisão norte-americana NBC, as armas que estão a ser adiadas podem incluir intercetores Patriot, munições Howitzer, mísseis e lançadores de granadas.
Em declarações à AFP, uma fonte militar ucraniana afirmou que Kiev estava “seriamente dependente do fornecimento de armas americanas, embora a Europa esteja a fazer o seu melhor, mas será difícil para nós sem as munições americanas”.
Os aliados europeus da Ucrânia gastaram milhares de milhões em ajuda militar nos últimos três anos e meio.
c/ agências