Os bielorrussos vão às urnas este domingo para decidir quem é o próximo presidente do país. Alexander Lukashenko, na Presidência da Bielorrússia há mais de 30 anos, concorre a um sétimo mandato e já votou.
Também alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, afirmou já que a "autoproclamação de Lukashenko será uma afronta à democracia". Segundo Kaja Kallas, estas eleições não têm “qualquer legitimidade”.
E a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, enviou uma mensagem ao povo bielorrusso afirmando que têm o apoio da União Europeia para acabar com a ditadura.
O presidente bielorrusso, aliado de Moscovo, defendeu após votar nas eleições presidenciais a que concorre a um sétimo mandato, que a Bielorrússia é uma “democracia brutal”.
“Temos uma democracia brutal na Bielorrússia. Não pressionamos ninguém e não silenciamos ninguém", disse aos jornalistas o líder de 70 anos, no poder desde 1994, depois de ter votado em Minsk este domingo de manhã.
Lukashenko acrescentou que os presos políticos detidos no país podem pedir perdão, mas descartou qualquer diálogo com a oposição no exílio. Para o recandidato à Presidência bielorrussa, é lhe indiferente que o Ocidente não reconheça as eleições no país.
"Reconhecem-nos ou não os reconhecem, é uma questão de gosto. Para mim não faz qualquer diferença. O importante é que as eleições sejam reconhecidas pelos bielorrussos", disse Lukashenko, insistindo que, quer se goste ou não, o povo bielorrusso tem a última palavra: "Temos de encarar as coisas com calma”.
Quanto às relações com o Ocidente, Lukashenko afirmou que Minsk nunca se recusou a mantê-las.
"Estamos sempre prontos, mas vocês [ocidentais] não querem. Então o que devemos fazer, baixar a cabeça ou rastejar?", questionou.
Lukashenko acrescentou que a Bielorrússia está disposta a dialogar com a União Europeia (UE), "mesmo com aqueles que adotaram uma política agressiva" contra Minsk.
Cerca de sete milhões de bielorrussos são chamados às urnas este domingo para as presidenciais, dos quais 41,81 por cento (quase três milhões) já exerceram o direito de voto antecipadamente desde terça-feira. As urnas abriram 08h00 locais e encerram às 20h00, após o que serão divulgados os primeiros resultados preliminares, segundo a Comissão Eleitoral Central.
Lukashenko, o dirigente europeu há mais tempo em funções, desde 1994, decidiu candidatar-se à reeleição aos 70 anos de idade. Segundo as sondagens, 82,5 por cento dos bielorrussos tencionam apoiá-lo nas urnas, pelo que a única dúvida de hoje será a percentagem de votos que irá obter.
C/agências