O presidente do Brasil ameaçou que não vai entregar a faixa presidencial caso se considere ter existido fraude nas eleições de 2022, e voltou a defender o voto impresso.
Na transmissão, o chefe de Estado referiu-se ao antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, ao afirmar que "o ladrão" só será eleito com "fraude".
"Tiraram o Lula da cadeia, os crimes são inacreditáveis. (...) Tiraram o ladrão da cadeia, tornaram o ladrão elegível, no meu entender para ser presidente na fraude, porque no voto ele não ganha de ninguém", alegou.
"Não quero problemas e nem dezenas de milhões de brasileiros que vão às urnas. Estou apresentando, via Congresso, uma maneira de não termos como desconfiar do resultado final das eleições. Não podemos enfrentar eleições do ano que vem com essa urna que está aí", reforçou.
Lula da Silva, que recentemente viu anuladas as condenações no âmbito do processo Lava Jato, recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível.
O antigo presidente brasileiro lidera agora a corrida para as presidenciais de 2022, de acordo com as últimas sondagens, e poderia derrotar Bolsonaro na primeira volta.
Nem Lula, nem Bolsonaro, cuja popularidade tem diminuído muito nos últimos meses, confirmaram oficialmente a candidatura em 2022, mas ambos já admitiram essa possibilidade.
Críticas generalizadas
Na quinta-feira, Bolsonaro troçou do "super pedido" de destituição, entregue na quarta-feira na Câmara dos Deputados, e que uniu vários partidos políticos, parlamentares da oposição, ex-aliados e movimentos sociais.
Bolsonaro criticou ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que decorre no Senado brasileiro para investigar alegadas falhas do Governo na gestão da pandemia de covid-19, classificando-a de "vergonha".