Bolsonaro vai ter a maior bancada no Senado

por RTP
Raphael Alves - EPA

O PL de Jair Bolsonaro e ex-ministros do seu Governo tiveram uma vitória expressiva nas eleições para o Senado. O partido do presidente brasileiro vai controlar a maior bancada, com 14 lugares, mais cinco do que tinha.

Ao todo, o campo político aliado ao bolsonarismo conseguiu eleger 18 senadores.

No domingo foi a votos um terço do senado.

O bloco mais à esquerda também cresceu. O PT passou de sete para nove senadores. Entre os eleitos estão os ex-governadores Camilo Santana e Wellington Dias. Em Pernambuco, Teresa Leitão foi eleita.

Um dos mais proeminentes nomes é do antigo futebolista Romário, reeleito senador pelo Partido Liberal do presidente brasileiro.

O antigo jogador ganhou mais de 2,3 milhões de votos (cerca de 29 por cento) e representará o Estado do Rio de Janeiro na câmara alta durante os próximos oito anos.

"Vou continuar a trabalhar, ainda mais do que tenho feito nos últimos 12 anos, para melhorar a qualidade de vida não só no Brasil, mas também para a população do meu Estado. Estou muito feliz", disse Romário. O mandato dos senadores é de oito anos.

O ex-juiz Sergio Moro foi também eleito senador no Brasil no domingo com 33,57 por cento de votos, num sufrágio em que mais de 156 milhões de brasileiros estavam aptos a votar.

Moro, conhecido por atuar como juiz de primeira instância na operação Lava Jato e condenar dezenas de políticos, entre eles o candidato e ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava atrás do candidato Álvaro Dias nas sondagens, mas conseguiu a preferência dos eleitores no Estado do Paraná, onde se candidatou.

Foram eleitos ainda o ex-astronauta e ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina e o ex-ministro do Desenvolvimento Rogério Marinho.

A eleição para a presidência do Senado está marcada para fevereiro e vai ser influenciada pelos resultados da segunda volta das eleições que está marcada para 30 de outubro. Os números das eleições são à imagem de um país do tamanho de um continente: além dos 11 candidatos presidenciais, concorreram ainda 224 a governador, 243 ao senado, 10.630 a deputado federal, 16.737 a deputado estadual e 610 a deputado distrital, nos 27 Estados (contando com o Distrito Federal) no país.

Dos mais de 29 mil candidatos, 1.323 procuraram a reeleição.

Com 99,99 por cento das secções eleitorais apuradas, o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva, tinha 48,43 por cento dos votos, contra 43,2 de Jair Bolsonaro.

Em terceiro lugar, mas com apenas 4,16 por cento dos votos, ficou a candidata Simone Tebet, enquanto o candidato Ciro Gomes ficou foi o quarto mais votado, com 3,04 por cento.

Soraya Tronicke (0,51 por cento dos votos), Luís Felipe D`Ávila (0,47 por cento), Padre Kelmon (0,07 por cento), Leonardo Péricles (0,05 por cento), Sofia Manzano (0,04 por cento), Vera Lúcia (0,02 por cento) e Eymael (0,01 por cento) foram os restantes candidatos às presidenciais de domingo.

Mais de 156 milhões de eleitores brasileiros foram chamados às secções de voto, onde estavam instaladas 577.125 urnas eletrónicas, espalhadas por 5.570 cidades do país.

c/ agências

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